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carcara

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Quarta, 01 Fevereiro 2012 13:50

Aves Autóctones: Coruja e Pica-pau

filatelia18Pica-pau-do-Parnaíba (Celeus obrieni)
 
O pica-pau-do-Parnaíba, que tem o nome científico de Celeus obrieni, é uma daquelas aves que encantam os pesquisadores por suas características peculiares. Primeiramente, o seu topete vermelho é muito vistoso, juntamente com os tons marrons vivos da plumagem do corpo. O tamanho também é razoável, chegando a quase 30cm.
 
 Não existem, ainda, estudos sobre o comportamento e a biologia do Pica-Pau-do-Parnaíba, mas é provável que seus hábitos reprodutivos e alimentares não sejam muito diferentes daqueles dos seus parentes mais próximos. Em geral, comem insetos e suas larvas. Várias adaptações, incluindo audição acurada e uma língua muito comprida e pegajosa na ponta, auxiliam os pica-paus nessa tarefa. Pescoço, coluna, bico e crânio reforçados ajudam na capacidade de fazer do corpo um perfeito martelo, capaz de perfurar madeira facilmente. Esse hábito faz com que os pica-paus prestem, muitas vezes, o importante serviço ecológico de livrar árvores de insetos nocivos. Os pica-paus também utilizam as árvores para construir ninhos, e os machos martelam árvores mortas para demarcar e defender seu território de outros machos.
 
O mais interessante desse pica-pau, é o fato de que os cientistas passaram 80 anos sem avistar um único exemplar da espécie. Depois de 1926, quando um exemplar foi coletado pelo naturalista Emil Kaempfer, em Uruçuí, município do estado do Piauí, a ave nunca mais foi vista. Dúvidas surgiram. A partir de análises do exemplar depositado no Museu de História Natural de Nova Iorque, os ornitólogos, em 2005, concluíram que o Pica-Pau-do-Parnaíba era mesmo uma espécie. Em 2006, fazendo um levantamento de avifauna no município de Goiatins, estado de Tocantins, o biólogo Advaldo do Prado reencontrou a espécie, confirmando sua existência, e, por conseguinte, a não extinção.
 
Até 2007, um total de 23 indivíduos foi encontrado, e a área de ocorrência se estendeu do município de São Pedro da Água Branca, no Maranhão, até Dianópolis, no Tocantins. Dado o número baixo de indivíduos, e o isolamento das populações, a espécie está ameaçada de extinção. A carência de estudos e a rápida perda de habitat, pelo desmatamento e pela expansão da agroindústria, tornam a preservação da espécie, principalmente por meio da conservação dos ambientes onde vive, ainda mais importante.
 

AvesAutoctones_CorujaanimadCoruja-do-mato (Strix virgata)

 

coruja-do-mato, Strix virgata, é uma espécie bastante comum, que ocorre desde o México até a Argentina. Tem entre 28 e 38cm de comprimento, e pode pesar até 320g. Os mexicanos a chamam de búho café, por causa de sua cor marrom predominante. Já o seu nome em inglês é Mottled owl, que significa coruja pintada, numa referência à plumagem cheia de pintas na tonalidade marrom escuro.
 
A grande variedade de habitats que consegue ocupar explica a ampla distribuição da espécie, que vive desde as florestas altas e fechadas até as áreas abertas com árvores esparsas, bem como em plantações de cacau e café, e mesmo dentro de cidades. Os ninhos são feitos geralmente em ocos de árvores vivas ou em palmeiras, podendo ocupar também ninhos abandonados de outras aves, onde põe 1 ou 2 ovos. A alimentação também é variada, de insetos maiores, como besouros e gafanhotos, a pequenos mamíferos, morcegos, pequenos répteis, incluindo cobras venenosas, e também anfíbios. Sua visão aguçada, com olhos voltados para frente, e a capacidade de girar a cabeça em um ângulo de até 270°, a torna uma caçadora implacável.
 
As corujas, notadamente uma espécie tão comum quanto a Coruja-do-Mato, desempenham juntamente com outros predadores a importante função de manter as populações de suas presas sob controle. Com relação às populações urbanas de corujas, sua atividade de caça é diretamente benéfica para as pessoas, ajudando a controlar as populações de insetos e ratos. O fato de caçarem à noite, possibilita, por exemplo, consumirem cobras venenosas como jararacas e cascavéis.
 
Embora não se encontre classificada como espécie ameaçada, a Coruja-do-Mato, em todos os países em que ocorre, sofre com os mesmos problemas que ameaçam tantas espécies: a caça, o envenenamento, a poluição e a perda de habitat natural por desmatamento e expansão das atividades agrícolas e das áreas urbanas. A coruja, símbolo da sabedoria em algumas culturas, precisa ser reconhecida como fator importante na dinâmica da biodiversidade, assim como o papel que cada espécie desempenha na manutenção dos ecossistemas.
 
Os Correios, por meio dos selos postais, divulgam e esclarecem sobre a importância de se preservar as espécies animais, ao mesmo tempo em que registram o compromisso assumido com os países do Mercosul, de mostrar suas peculiaridades sob o prisma desses temas/motivos.
Terça, 31 Janeiro 2012 15:26

Homenagem ao Parque Nacional da Tijuca/RJ

filatelia19

Na ilustração de fundo, a mata simbolizando o Parque, a artista utilizou a cor verde em várias tonalidades para criar um efeito harmonioso ao sobrepor os elementos compreendidos nos selos, espécies típicas da fauna e da flora: o Beija-florde- fronte-violeta (Thalurania glaucopis), Saíra-sete-cores (Tangara seledon), Ouriço- cacheiro (Coendou insidiosus) e Laelia lobata (Hadrolaelia lobata), orquídea símbolo do Parque Nacional da Tijuca, espécie endêmica e ameaçada de extinção. Na parte superior à esquerda, a logomarca do Ano Internacional das Florestas e, à direita, a logomarca divulgando a Exposição Filatélica “Brasiliana 2013”. O desenho foi produzido pela técnica de ilustração digital, simulando a técnica guache.

O Parque Nacional da Tijuca, com seus 3.951 hectares de área, é um fragmento do bioma da Mata Atlântica e parte integrante da Reserva da Biosfera do Rio de Janeiro. Criado em 6 de julho de 1961, é atualmente o parque nacional mais visitado do Brasil, recebendo mais de 2 milhões de visitantes por ano. Representa cerca de 3,5% da área do município do Rio de Janeiro e é dividido em quatro setores: Floresta da Tijuca, Serra da Carioca, Pedra Bonita/Pedra da Gávea e Pretos Forros/Covanca. Situado no centro de uma metrópole com aproximadamente seis milhões de habitantes, para a qual oferece inúmeros serviços ambientais como a manutenção do manancial hídrico, o controle da erosão, a amenização de enchentes, a atenuação das variações térmicas, a regulação climática local, a redução das poluições atmosférica e sonora e a manutenção da estética da paisagem natural, o Parque destaca-se por constituir-se de um grande “maciço verde”. Possui uma beleza cênica única, contrastando o verde da mata com as superfícies rochosas e o mar, apresentando um relevo montanhoso e escarpas muito íngremes, com destaque ao Pico da Tijuca, com 1.021m, à Serra da Carioca, onde se localizam o Corcovado, com 710m, ao conjunto da Pedra Bonita/Pedra da Gávea e à Serra Pretos Forros/Covanca.

No decorrer dos anos, o Parque tornou-se uma importante área de lazer, proporcionando meios para a prática de esportes e a contemplação da natureza. A existência de alguns marcos e símbolos da cidade do Rio de Janeiro, e mesmo do País, como a estátua do Cristo Redentor, a Pedra da Gávea, a Vista Chinesa, a Capela Mayrink, a Mesa do Imperador e o Parque Lage, transformaram-no em um ponto de atração turística de nível internacional.

Com as múltiplas interfaces entre a cidade e a floresta, a gestão do território apresenta-se de maneira complexa e intensa. O dia-a-dia da unidade é permeado pela coexistência de temas tão diversos quanto segurança pública, incêndios florestais, pesquisa, monitoramento, manejo, imprensa, produções cinematográficas, esportes, turismo, assistência social, educação ambiental, fiscalização, política e outros.

Para enfrentar esse desafio o Parque é subordinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, autarquia do Ministério do Meio Ambiente, e sua gestão é realizada de maneira compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal.

Nesse sentido, a relação harmoniosa com a cidade do Rio de Janeiro, e seus interesses, torna-se crucial para que o Parque Nacional da Tijuca cumpra com seu objetivo básico de criação que é “a preservação do ecossistema natural, possibilitando a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”.

Com a emissão desse bloco, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos dissemina a missão do Parque de conservar o ecossistema, proporcionando mecanismos sustentáveis, vitais à manutenção e à evolução da biodiversidade.

MARIA DE LOURDES DE OLIVEIRA ANDRADE FIGUEIRA 
Chefe do Parque Nacional da Tijuca

bloco_tijuca

 

cuspidor-de-mascara-pretaO Cuspidor-de-márcara-preta (Conopophaga melanops) é uma ave Passeriformes da família Conopophagidae. Conhecido também como chupa-dente-de-máscara.

Características

É endêmico da Mata Atlântica e mede cerca de 11,5 cm de comprimento. O macho e a fêmea apresentam plumagens diferentes principalmente na cabeça (a fêmea tem uma estria branca sobre os olhos) e na coloração das partes inferiores (cinza no macho e laranja-ferrugíneo na fêmea). Existem duas subespécies. A subespécie Conopophaga melanops melanops ocorre no Sul e Sudeste brasileiro, enquanto que a Conopophaga melanops nitidifrons é exclusiva da Mata Atlântica nordestina.

Registro feito em Morretes-PR.

cuspidor-de-mascaraclique

Segunda, 23 Janeiro 2012 11:19

Gavião-do-banhado - Circus buffoni

gaviao-do-banhado

O Gavião-do-banhado (Circus buffoni) é uma ave da ordem Accipitriformes da família Accipitridae. Também conhecida como gaviao-do-alagado.

 
Gavião em estado de extinção no sudeste do país pela perda de habitat.
Gavião em estado de extinção no sudeste do país pela perda de habitat. 

Características

Mede de 46 a 60cm de comprimento. Inconfundível ave paludícola de asas e cauda extremamente compridas.
Colorido muito variável exceto o padrão das asas e cauda; macho de partes superiores ardósias, fronte e so brancelhas brancas, rêmiges, coberteiras e cauda cinza-claras barradas de negro, uropígio e barriga branca, sendo a últimapontilhada de negro. Fêmea e imaturo marrom-escuros estriados nas partes inferiores, calções ferrugíneos. * Há uma mutação negra ou marrom-escura (polimorfismo; em ambos os sexos) sendo que o padrão das asas e caudas permanece inalterado.( Sick, Helmut, 1910-1991).

Registro feito em Curitiba no Parque Iguaçu.

gaviao-do-banhado

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andorinhao-temporalO  Andorinhão-do-temporal (Chaetura meridionalis) é uma ave Apodiformes da família Apodidae.  

Características

Mede 11 centímetros. Apresenta asas longas, cauda relativamente curta e uma distinta área bege clara no uropígio, com supracaudais do mesmo tom. Espécie muito vocal.

Registro feito  no Parque Iguaçu e visto na cidade inteira.

andorinhao-do-temporal

 

andorinhao-do-temporal

 

 

ferreirinho-relogioO Ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) é uma ave Passeriformes da família Rhynchocyclidae. recebe este nome vulgar devido ao seu canto que lembra o ato de dar corda em um relógio. É também conhecido como relógio, sebinho-de-dorso-cinza, sebinho-relógio e sibiti.

Características

O vivo contraste entre o cinza azulado escuro da cabeça com a parte ventral amarela chama a atenção quando observado. O restante das partes superiores são lavadas de tom oliváceo, enquanto as penas longas das asas são bordejadas de amarelo. A cauda é escura, mas, vista por baixo, nota-se que as penas laterais possuem uma grande área branca na ponta. Os olhos são amarelo ouro, destacados contra a área mais escura da parte frontal da cabeça, quase uma máscara. Bico longo e chato, escuro e também notável.

Registro feito  no Parque Iguaçu na companhia de Lenice Amaral e Osmar Zarpelão de Marissol-SP

ferreirinho-relogio

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ferreirinho-relogio

 

 

ruinasA história da Ornitologia no Paraná agora tem livro 

Hoje, 11 de janeiro, foi lançado o primeiro número do e-book “Ruínas e urubus: história da Ornitologia no Paraná”, que reúne menções sobre a
avifauna paranaense publicadas entre os anos de 1541 e 1819. Com mais outros cinco volumes previstos, contém informações colhidas durante mais de 25 anos por seu autor, Fernando C.Straube. 

É uma revisão das espécies de aves que foram tratadas em centenas de fontes (livros, mapas, relatórios) que, ao longo do tempo, ficaram quase esquecidas na literatura e também dos próprios pesquisadores. 

O trabalho não pretende apenas servir de subsídio para os estudiosos. Fugindo do padrão normal de apresentação, inclui dados biográficos sobre os personagens que contribuíram para o atual panorama de conhecimento da Ornitologia no Paraná e muitos detalhes sobre como, quando e porquê essas pessoas se dedicaram ao assunto, direta ou indiretamente. Quadros cronológicos são cuidadosamente incluídos ao longo do texto, permitindo que o leitor tenha uma noção bastante completa sobre os principais fatos políticos, científicos e factuais que ocorriam na época em que cada personagem aparece. 

Este primeiro número aborda o intervalo entre o Descobrimento e as últimas consequências da Reforma da Universidade de Coimbra, período que antecede a visita de naturalistas em decorrência da Abertura dos Portos (1808). São lembrados exploradores e cronistas como Alvar Nuñez Cabeça de Vaca, Hans Staden e Ulrich Schmidel, mas também cartógrafos como João Teixeira Albernás e políticos como Ouvidor Pardinho, Botelho Mourão, Afonso Botelho e Martim Lopes de Saldanha. Representantes da revolução científica ocorrida na Europa
no fim do século XVI também estão inseridos na obra, nas pessoas de Félix de Azara, Joaquim Antonio Lopes, Martim Francisco da Andrada, Joaquim de Amorim e Castro. Precursores documentais do período seguinte fecham o volume, com a avaliação do legado dos padres Chagas Lima e Aires de Casal. 

A proposta de um estudo como esse aponta para a necessidade de se pesquisar documentação antiga, que traz informações valiosíssimas e muitas vezes curiosa. Destaque especial é a primeira ave descrita como ocorrente no Paraná, o atobá, encontrado na ilha dos Currais em 1550. O emblemático guará também é indicado várias vezes, não somente como um dos mais belos representantes da natureza paranaense mas também como alvo das primeiras leis para a proteção da avifauna brasileira. 

O livro é uma iniciativa editorial da Hori Consultoria Ambiental, por meio da série Hori Cadernos Técnicos (www.hori.bio.br) e pode ser baixado
gratuitamente nos sites das Atualidades Ornitológicas (www.ao.com.br), Coave-Clube de Observadores de Aves do Vale Europeu (www.coave.org.br) e Revista Birdwatcher (www.birdwatcher.com.br).

 

Clique na imagem para ver o livro de uma forma interativa:

Ruínas e urubus: 3 HISTÓRIA DA ORNITOLOGIA NO PARANÁ

Sábado, 24 Dezembro 2011 15:17

Passarinhada em Londrina 16 de dezembro

grupo_fazenda_colorado

O Luiz não pode nos acompanhar na sexta-feira. Contamos com o Renan  e  para nos guiarem à reserva da Fazenda Colorado. Uma mata bastante preservada e que abriga muitas espécies animais e um local onde mais registramos a presença de espécies de aves. A estrada que corta a reserva é bem conservada e nos permitiu chegarmos de carro até lá.

Iniciamos a observação em torno das 7 da manhã e fomos recepcionados pelos bandos de Maritacas-Verdes que voavam apressadas por entre as copas das árvores. E muitas dessas espécies vegetais são mesmo imponentes. Muitas das perobas que lá vimos cresciam majestosas projetando-se no topo da floresta. Muitas delas servindo de parada para as Jandaias-de-testa-vermelha. A trilha seguia e a cada metro uma novidade nos atraia a atenção. Ora era um casal de Beneditos-de-testa-amarela que bicavam os troncos à procura de refeição ora eram os Anambés-de-bochecha-parda e os Anambés-brancos-de-rabo-preto. O Renan nos levou a um ponto da trilha onde costumam ser observados os Tietingas. Uma pequena chamada e eles apareceram por entre as ramagens. Aves lindas e admiráveis, não possuem um colorido chamativo, mas sua plumagem branca e preta impressiona quem tem a sorte de avistá-la. É interessante comentar que o uso de playbacks atraem os ties-do-mato-grosso e optamos por não usá-lo. O Chocão-carijo foi outra espécie que ficava atravessando nosso caminho todo curioso, mas não permitiu uma boa posição para fotografá-lo. Chegamos ao final da trilha, que para nossa surpresa acabava em uma imensa plantação de soja. Pode parecer contraditório uma mata toda cercada de soja... e pensar que não há muito tempo atrás eram as plantações é que eram cercadas de mata!

parque_ecolgico_dr_daisaku_ikedaNo retorno, paramos para fazer nosso lanche, já que passava do meio dia. Nosso almoço teve que ser interrompido pois um pequeno  bando de Araçaris-poca pousaram em uma árvore próxima. Após o episódio dos araçaris, seguimos a trilha em direção à entrada da mata e durante a caminhada, observamos a presença do Limpa-folha-ocráceo. No começo da trilha existe uma vegetação mais baixa composta de bambus e capins, que são um atrativo para aves como a Choca-barrada que ficava pulando por entre os ramos. Nesse local avistamos a Marianinha-amarela que voava muito rápido mas que com paciência, conseguimos registrar.

Nossa missão na mata havia terminado e em nosso retorno, programamos nossa segunda parada do dia: O Parque Daissaku Ikeda que fica na metade do caminho. Esse parque guarda um charme especial pois ai fora construída uma pequena represa que em outros tempos gerava energia e hoje é uma área onde as pessoas vem contemplar a natureza. Em nossa chegada, observamos diversas Andorinhas-do-rio pousadas nos corrimões da ponte sobre a represa. Mas nosso objetivo nesse local era bem claro: Encontrar o Carão, aquele mesmo que vimos no parque do Lago Igapó. Segundo o Renan, seria fácil encontra-lo por entre a vegetação na beira do lago. Seguimos pela trilha dos Curimbas, margeando o lago. Logo no início, encontramos uma Choca-barrada fêmea que carregava folhas para a confecção do seu ninho. Logo adiante, fomos recompensados com um bando de cinco indivíduos se alimentando. O Carão foi nossa melhor recompensa nesse local. Ainda vimos mas sem possiblilidade de registro um Fogo-apagou que vocalizava muito na copa das árvores. Ao final da trilha, paramos para admirar a paisagem e descansar antes do retorno.

Diante da nossa sorte, decidimos encerrar a passarinhada e voltarmos, pois já ia tarde. Ah... nesse local também encontramos um charmoso telefone público em forma de garça!

parque_ecolgico_dr_daisaku_ikeda

parque_ecolgico_dr_daisaku_ikeda

abominavel-homem-da-soja

telefone_publico maitaca-verde jandaia-de-testa-vermelha
peroba_gigantesca benedito-de-testa-amarela tietinga
aracari-poca choca-barrada marianinha-amarela
andorinha-do-rio carao

Sábado, 24 Dezembro 2011 14:20

Passarinhada em Londrina 15 de dezembro

Grupo Londrina

Para finalizarmos o ano, decidimos passarinhar em um local diferente. Escolhemos Londrina, no norte do Paraná devido a sua geografia e por terem sido registradas aves de diferentes ecossistemas como a Mata atlântica  e o cerrado.

Saímos na quarta-feira e durante todo o trajeto, o sol brilhou forte. Sinal que teríamos tempo bom. Ouvíamos o tempo todo o canto dos tico-ticos ao longo da estrada. Em uma parada de beira-de-estrada, vimos Andorinhas-grande-de-casa sobrevoando sobre a construção onde faziam seus ninhos. Já passava das 3 da tarde quando chegamos a Londrina sob forte chuva... pois é, o tempo quente fez desabar aquele temporal. Mas não perdemos o ânimo. Descarregamos as malas e aguardamos. Lá pelas 5 da tarde, o temporal se foi e com isso saímos para explorar as imediações do Lago Igapó, tradicional ponto de encontro da população Londrinense. Ali registramos a presença do Bem-te-vi rajado e uma grande quantidade de Pombas-de-bando. Na extremidade oposta de onde estávamos, um grupo de pescadores dividia espaço com as Garças que de tão habituadas ao convívio humano permitia que chegássemos muito perto. Assim, terminamos o dia já ansiosos pela manhã seguinte, onde nosso destino seria aquele onde esperávamos encontrar mais espécies.

entrada_da_mata_dos_godoyA quinta-feira ainda não havia amanhecido e estávamos de pé para irmos à Mata do Godoy. Nosso guia essa saída seria o Luiz Veríssimo, um passarinheiro que havíamos contactado e convidado para a empreitada. Cedinho encontramos o Luiz e seu filho o Lucas e nos dirigimos ao local destinado.

A mata do Godoy é uma das últimas reservas naturais de mata nativa do norte do Paraná. Abriga em seus 690 hectares de área 180 espécies de aves silvestres e 65 de mamíferos. Lá é possível encontrar jacús, papagaios, tucanos, anambés. Há três trilhas ecológicas abertas à visitação: Trilha do Projeto Madeira, Trilha Interpretativa ou das Perobas e Figueiras e Trilha Álvaro Godoy ou dos Catetos. A primeira tem um percurso linear de 540 metros. Começa no centro de visitantes, passa por uma área de reflorestamento de espécies nativas e acaba na área de descanso (Choupana).

Já na entrada do parque fomos recepcionados por um grande bando de Andorinhas-de-dorso-acanelado que pousadas nos fios formavam um varal de passarinhos!

Chegamos ao prédio da administração, fizemos nosso cadastro e partimos para a observação. Ali perto, encontramos um beija-flor Besourinho-de-bico-vermelho que visitava as flores. Nesse mesmo local uma vocalização diferente chamou a atenção. Como não conhecíamos a avifauna local, fizemos alguns registros e descobrimos tratar-se da Saíra-de-papo-preto fêmea. Um grande começo! Guiados pelo Luiz veríssimo em uma trilha, ouvimos o som de vários cantos das aves que acordavam com o raiar do dia... Nesta trilha, encontramos o amigo Renan Oliveira, outro colega de passarinhada, acompanhado do Gustavo Sanchez. Foi nessa hora que ouvimos o canto do Saci. Saímos todos à procura do pássaro que deu o maior trabalhão pra ser encontrado em meio aos galhos e o capim colonião. Mesmo assim fizemos o registro.

telefone_publicoAo longo das trilhas ouvimos vocalizações já conhecidas de saíras, do pula-pula, maritacas e dos Surucuás-variado. Nestas trilhas fizemos o registro do Variado. De volta ao nosso ponto inicial, avistamos outras duas aves. Segundo o que informou o Luiz, uma era a Maria-Cavaleira que pulava entre os galhos próximos e mais ao topo, uma Saíra-de-chapéu-preto. Não podemos deixar de assinalar o telefone público do parque em forma de tucano. Muito bom gosto! O sol ia alto e combinamos de depois do almoço nos encontrarmos no Lago Igapó. O Renan e o Luiz iriam nos guiar à procura do Carão, ave que queríamos muito encontrar. E assim foi feito. As 14h30min chegamos ao Igapó e fomos vasculhando ao longo da mata ciliar. Encontramos ai aves já nossas conhecidas como o Alegrinho, mas também registramos o Figuinha-de-rabo-castanho. Andamos até a represa e ai avistamos o Martim-pescador-verde, o Pica-pau-branco e uma família de Socozinhos... nada do Carão. Sem desanimar, fomos aos recantos mais afastados com a missão de encontrar a ave, mas novamente encontramos Pombas-de bando, as Andorinhas-do-rio e ao longe um Sovi voou e parou nos eucaliptos na outra margem do lago.

Nossa ultima tentativa foi feita na margem oposta do lago e aí finalizar do dia, caso não encontrássemos a ave.

E nossa procura foi recompensada. Ele estava pousado nas árvores próximas e voou. Mas ao menos avistamos o bicho... não era uma lenda!

esquina_em_londrina

pescadores_no_igapo

alegrinho

andorinha-grande-de-casa besourinho-de-bico-vermelho andorinha-de-dorso-acanelado
garca-branca-grande garca-branca-grande garca-branca-grande
figuinha-de-rabo-castanho5 saira-do-chapeu-preto saira-do-papo-preto
maria-cavaleira pica-pau-branco martim-pescador-verde
bem-te-vi-rajado surucua-variado surucua-variado
socozinho sovi sovi
andorinha-do-rio saci pomba-de-bando

Sábado, 24 Dezembro 2011 14:13

Saci - Tapera naevia

saci

O Saci (Tapera naevia),  é uma ave da ordem Cuculiformes da família Cuculidae. Também conhecido por verão, peitica, buraco-feio, crispim, fem-fem (Amazônia), martimpererê, martinra-pereira, mati-taperê, matintaperera, sem-fim, seco-fico, sêde-sêde, tempo-quente e entre outros mais.

Características

O padrão rajado das costas, cabeça e cauda, misturando linhas negras com faixas marrom escuras dificulta sua localização. Na cabeça, a risca branca do olho até a nuca e sob o olho é característica, mantendo as penas da cabeça eriçadas. Barriga e peito de cor branca ou creme.

 
Rapidamente reconhecido pelo seu canto mais característico, emitido de forma contínua, ao longo do dia, no período reprodutivo e mais espaçadamente no resto do ano. Esse canto é entendido em diferentes partes do Brasil conforme cada um de seus nomes comuns.
O padrão rajado das costas, cabeça e cauda, misturando linhas negras com faixas marrom escuras dificulta sua localização. Na cabeça, a risca branca do olho até a nuca e sob o olho é característica, mantendo as penas da cabeça eriçadas. Barriga e peito de cor branca ou creme.
Rapidamente reconhecido pelo seu canto mais característico, emitido de forma contínua, ao longo do dia, no período reprodutivo e mais espaçadamente no resto do ano. Esse canto é entendido em diferentes partes do Brasil conforme cada um de seus nomes comuns.

Registro feito em Londrina-PR, observado também em Curitiba no Parque Iguaçu

saci

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Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada. 

Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.


Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).

Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.