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Domingo, 31 Março 2013 07:29

Corucão - Chordeiles nacunda

O Corucão - (Chordeiles nacunda) é uma ave da ordem Caprimulgiformes da família Caprimulgidae, que habita os cerrados da Venezuela e Colômbia até a Bolívia e Argentina, bem como todo o Brasil. Também são conhecidas pelos nomes de sebastião, tabaco-bom e tiom-tiom.

Características

Chegam a medir até 29,5 cm de comprimento e 71 cm de envergadura, possuindo ainda uma plumagem marrom-escura com branco na garganta, ventre e asas. A barriga branca fica escondida, contra o solo e as costas acinzentadas confundem-se com o ambiente. Mesmo a garganta branca é pouco visível na ave pousada. Ao levantar vôo, surpreende pelo tamanho e envergadura. Em vôo, o branco da ponta das asas e da cauda (no macho), chamam a atenção.

O maior dos bacuraus, pode ser várias vezes observado voando à luz do dia quando perturbado em seu ponto de repouso. Entretanto é no cair da tarde que inicia seus vôos de caça de insetos, quando patrulha seguidamente uma área e faz mudanças bruscas de direção. Sobrevoa em vôos de caça, algumas vezes em grupos de várias dezenas, destacando-se pelo tamanho e silhueta de asas longas com pontas finas. Seus pousos diurnos estão nos campos com capins baixos surgidos ao longo dos corixos e baías. Camufla-se muito bem na paisagem, apesar do tamanho.

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filatelia3O Zoológico de Curitiba completou 30 anos no dia 28 de março. O espaço abriga 1.836 animais em uma área de 589 mil m² no bairro Alto Boqueirão, na capital. O zoo recebe aproximadamente 650 mil visitantes por ano, de acordo com a prefeitura de Curitiba. A moradora mais antiga é a girafa Pandinha, que está no zoo há 22.

O zoológico de Curitiba tem um leão, quatro leoas, dois ursos de óculos, um casal de girafas, um tigre de bengala, uma onça pintada, um chimpanzé, três hipopótamos, três jacarés, além de macacos, aves e tartarugas, entre outros.

O zoológico é aberto ao público de terça a domingo, das 9 às 17 horas, e a entrada é gratuita. Além das visitas livres, o zoo oferece visitações agendadas e programas especiais, como o acantonamento ecológico e a zooterapia. No acantonamento, uma casa dentro do zoológico pode receber até 40 crianças de 9 a 12 anos, para realizar atividades que incluem uma trilha interpretativa em meio à mata nativa, pomar, horta e um minizoo de animais domésticos.

Sobre os Selos – Na festa pelos 30 anos do Zoológico de Curitiba foi feito o lançamento oficial de um conjunto de quatro selos comemorativos realizados em parceria com a Empresa Brasileira de Correios. Com tiragem limitada, “os selos vão fazer o registro da história do zoológico de maneira inusitada”, destaca o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e diretor do Museu da História Natural, Alfredo Trindade.

Os selos trazem a imagem de três animais. “O ‘Simba’ – o leão nascido no zoológico, o ‘Chimpanzé Bob’ – que é o animal favorito das crianças e da Arara, além de uma imagem estilizada do local, que completa o conjunto”, conta Trindade. “É motivo de orgulho e satisfação participar desta festa que celebra a vida, pois o zoológico é vida” comentou o representante da diretoria dos Correios do Paraná, Altevir dos Santos. “Que esse sentimento se renove a cada década do zoológico”.

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Domingo, 03 Junho 2012 16:48

Iraúna-grande - Molothrus oryzivorus

irauna-grandeA Iraúna-grande (Molothrus oryzivorus) é uma ave Passeriforme da família IcteridaeConhecida também como chico-preto, graúna, iraúna, lau-na-ná (nome indígena - Mato Grosso), melrão (Rio de Janeiro), rexenxão e vira-bosta-grande. 

Características

O macho mede de 35 a 38 cm de comprimento, a fêmea de 30 a 33 cm; pesam de 130 a 176 g. Além de maior, o macho apresenta um prolongamento das penas na região do pescoço, o qual está ausente na fêmea.

Não faz ninho; durante a reprodução ocupa ninhos de outras espécies, como japus e japiins. Tem em média 2 ninhadas por estação com 2 ovos cada uma.

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Segunda, 28 Maio 2012 18:54

Brasil lança selos da Rio + 20

filatelia4Os Correios lançam, em 01/06, emissão especial Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, incluindo folha com 24 selos se-tenant, cartão-postal, envelope de 1º dia de circulação e minifolha com três selos, idealizados pela ONU. A arte e o design das peças harmonizam-se com os objetivos da conferência.

A emissão divulga os temas da Rio + 20 e reforça a relação indissociável entre as três dimensões do desenvolvimento: econômica, social e ambiental. Seu lançamento será oficializado em cerimônia prevista para 05/06, Dia do Meio Ambiente.

A folha, com valor facial de R$ 1,10 por selo, tem tiragem limitada de 12.500 unidades, totalizando 300.000 selos. Serão emitidos 30.000 blocos, com valor facial de R$ 6, 00 (R$ 2,00 cada selo).

As 24 peças da folha compõem uma paisagem integrada, que parte da nascente de um rio, passa pelo perímetro urbano e chega ao oceano. Cada selo aborda um subtema da Conferência, incluindo sustentabilidade, meio ambiente, clima, energia, transporte, alimentação e valores cívicos.

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rio5Selos da ONU – Os selos da minifolha foram idealizados pela Administração Postal das Nações Unidas (UNPA), com design de Gail Armstrong, Shailesh Khandeparkar e Fei. Única Organização Internacional a emitir selos postais, a ONU tem autorização para emitir selos nas suas sedes em Nova York, Genebra e Viena, em moeda local (dólar americano, franco suíço e euro).

Rio + 20 – Realizada de 20 a 22 de junho, duas décadas após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD) – também conhecida como ECO-92, Rio-92 –, a Rio+20 busca um comprometimento global renovado, além de avaliar progressos e lacunas na implementação das políticas internacionais para o desenvolvimento sustentável.

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Sábado, 05 Maio 2012 17:38

Búfalos da Ilha de Marajó

filatelia5A Ilha de Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, palco da mais famosa pororoca do mundo e fenômeno de formação de ondas gigantescas no encontro da águas. Ela pode ter sido o primeiro ponto do território brasileiro a ser visitado pelos europeus dois anos antes da expedição portuguesa chegar a Cabrália, mas se o cartógrafo e navegador Duarte Pacheco Pereira passou mesmo por aqui, se fez desapercebido. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, pisava em território espanhol.

A ilha também se destaca por sua cultura, danças do carimbo e lundu e a cerâmica marajoara, além de também ser conhecida como a terra dos búfalos, devido a enorme população de búfalos, que é maior do que a de habitantes.

O Búfalo é o animal símbolo da Ilha de Marajó. Dócil e de fácil manejo, apresenta uma carne com 50% menos colesterol que a dos bovinos. Conta a lenda que, em meados do século XIX, um navio francês carregado de búfalos naufragou nas costas do Marajó, quando se dirigia para a Guiana Francesa. Os animais sobreviventes nadaram até a ilha iniciando a sua povoação. Devido à sua cor preta (que absorve muito o calor) e à baixa quantidade de glândulas sudoríparas, o búfalo precisa ficar imerso na água para se resfriar.

Cerâmica MarajoaraPouco conhecida, a Ilha de Marajó é um dos mais preservados santuários ecológicos da Amazônia, tendo como meios de transporte mais comuns, pesando cerca de meia tonelada, o búfalo.

Suas belezas naturais se dividem entre a planície coberta de savana e as densas florestas. Praias de rio, lagos de diversos tamanhos, igarapés, dunas, florestas e uma rica fauna fazem da Ilha de Marajó um dos maiores santuários ecológicos.

Os cenários são transformados de seis em seis meses, devido a grande quantidade de chuva, principalmente no primeiro semestre, quando as matas e os campos ficam embaixo das águas. No segundo semestre, o período da seca acaba e a visitação se torna mais favorável pela melhor observação dos animais e da vegetação. Praias com dunas claras, praticamente inexploradas são o grande atrativo.

Uma lista anotada de 361 espécies registradas para a ilha de Marajó, é o paraíso das aves, uma verdadeira arca do tesouro de pássaros. Quando o “inverno” chega ao fim e o verão (estação da seca) começa, as árvores e pastagens se transformam em uma massa incomparável de cor. O céu se torna vermelho com o fantástico guará (Eudocimus ruber), branco, com garça-branca grande (Casmerodius albus, anteriormente Egretta alba) e rosa, com os colhereiros (Ajaia ajaia). Centenas de espécies cruzam a ilha, a caminho de seus ninhos. Milhares de pássaros, em todas as cores do arco-íris, transformam a paisagem em uma pintura que a mão humana não poderia reproduzir.

Búfalos da Ilha do MarajóEspécies estampadas nos selos:

Colhereiro ( Platalea ajaja ) destaca-se pelas cores vivas do exemplar adulto. O colhereiro é uma ave indicadora da boa qualidade ambiental, pois é muito sensível e não resiste à poluição e à contaminação do meio ambiente, principalmente da água.

Garça-moura (Ardea cocoi) que, apesar de ser bastante comum, esteve fortemente ameaçada de extinção, no início do século XX. Geralmente solitária e pouco ativa, muitas vezes não é percebida. Está presente tanto nas matas como em áreas abertas, alimentando-se exclusivamente de pequenos vertebrados e de vertebrados aquáticos.

Podendo ser encontrada em toda a ilha, a Garça-branca-grande (Casmerodius albus) vive em grupos de vários animais à beira de rios, lagos e banhados. É migratória, realizando pequenos deslocamentos locais ou mesmo se deslocando para além dos Andes durante os períodos de enchentes anuais. Alimenta-se de peixes, lagartos, anfíbios e insetos. Foi muito caçada para a retirada de egretas, penas especiais que se formam no período reprodutivo. 

Na Cerâmica Marajoara está representada uma coruja.

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Búfalos da Ilha de Marajó

Sábado, 05 Maio 2012 13:21

Pantanal Mato-Grossense - Fauna e Flora

filatelia6O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia (que é chamado de chaco boliviano).

Espécies estampadas nos selos:

Guará (Eudocimus ruber): também conhecida como íbis-escarlate, guará-vermelho, guará-rubro e guará-piranga. É considerada por muitos uma das mais belas aves brasileiras, por causa da cor de sua plumagem.

Cabeça-seca (Mycteria americana): Conhecido também como passarão, cabeça-de-pedra (Mato Grosso), jaburu-moleque, trepa-moleque (Mato Grosso) e padre. Era uma das aves aquáticas mais comuns da Amazônia, mas teve seu número reduzido devido à caça. São encontrados em quase todo o Brasil, principalmente no Pantanal e na costa do Nordeste.

Maguari (Ciconia maguari): É conhecida ainda pelos nomes de cauanã, cauauá, cauauã(Paraná), cegonha, jaburu-moleque, joão-grande, maguarim, mauari, tabujajá, tapucaiá e tubaiaiá(Pantanal e Mato Grosso). Mede até 1,4m de altura com uma envergadura de mais de 2m. Pesando até 4,5Kg. Possui plumagem branca, rêmiges, coberteiras superiores e cauda negras, região perioftálmica e base do bico nuas e vermelhas.

pantanal5Uma das mais espetaculares aves do Pantanal, o Colhereiro ( Platalea ajaja ) destaca-se pelas cores vivas do exemplar adulto. O colhereiro é uma ave indicadora da boa qualidade ambiental, pois é muito sensível e não resiste à poluição e à contaminação do meio ambiente, principalmente da água.

Tuiuiú ou jaburu (Jabiru mycteria), uma das maiores aves da América do Sul e o símbolo do Pantanal. Ave de corpo robusto e chega a medir 1,15m de altura, com bico grosso e afilado na ponta, tem 30 cm de comprimento. O pescoço é preto e a parte do papo, dotada de notável elasticidade, é vermelha.

O Cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana),  conhecido também como galo-da-campina, cabeça-de-fita e cabeça-vermelha. Mede cerca de 17,2cm. Plumagem de cabeça vermelha, curta e ereta, sobretudo na nuca do macho. Partes superiores cinzentas exceto o dorso anterior que é composto de penas negras no ápice e brancas na base, o que dá ao conjunto um aspecto escamoso de negro e branco. Dorso posterior e coberteiras superiores das asas manchadas de negro; maxila anegrada, mandíbula cinzento-clara.Pássaro de extraordinária beleza física.

Garça-branca-grande (Ardea alba):Podendo ser encontrada em todo o Pantanal, a  vive em grupos de vários animais à beira de rios, lagos e banhados. É migratória, realizando pequenos deslocamentos locais ou mesmo se deslocando para além dos Andes durante os períodos de enchentes anuais. Alimenta-se de peixes, lagartos, anfíbios e insetos. Foi muito caçada para a retirada de egretas, penas especiais que se formam no período reprodutivo.

A Garça-moura (Ardea cocoi) que, apesar de ser bastante comum, esteve fortemente ameaçada de extinção, no início do século XX. É a maior das garças do Pantanal, com mais de um metro de altura. Geralmente solitária e pouco ativa, muitas vezes não é percebida. Está presente tanto nas matas como em áreas abertas, alimentando-se exclusivamente de pequenos vertebrados e de vertebrados aquáticos.

Outras espécies estampadas nos selos

O jacaré-do-pantanal (Caiman crocodilus yacare) é um dos maiores representantes da fauna de répteis, com 2,5 metros de comprimento, em média. Maior roedor do mundo, a capivara (Hydrochoerus hydrochoeris) forma no Pantanal grupos de até 40 indivíduos com um macho dominante e várias fêmeas. Habita os capões de mata, os campos abertos e passa várias horas do dia dentro d'água. É uma ótima nadadora. Exclusivamente herbívora, tem como principais predadores as onças e os as sucuris. A Onça-pintada (Panthera onca) , onça, onça-canguçu, canguçu, jaguar, jaguar-canguçu (“canga” cabeça, “cangua” cabeça redonda e “açu” grande), é o maior felino do Brasil e o terceiro maior do mundo. Ela representa muito bem a fauna pantaneira. O cervo-do-pantretal (Blastocerus dichotomus) é característico de áreas inundáveis e de varjões de cerrado, onde se alimenta de capim e plantas palustres, está ameaçado de extinção devido a caça ilegal.

A flora do Pantanal também é surpreendentemente rica e diversificada. Estima-se a existência de cerca de 1800 espécies de plantas, sendo que cerca de 250 são aquáticas. Algumas flutuam ao sabor das correntes, outras são fixas. Algumas vivem sobre outras plantas e outras são submersas. É impossível falar de plantas aquáticas do Pantanal sem citar o aguapé (Eichornia crassipes). É uma planta herbácea, aquática, perene. A palmeira-buriti (Mauritia flexuosa) é uma das mais singulares palmeiras do Brasil. Quando os Ipês-roxo ou Piuvas (Tecoma sp.) estão em flor, o Pantanal fica todo pintado de amarelo e rosa.

Pantanal Mato-Grossense - Fauna e FloraO que é um Máximo Postal?

Peça filatélica que possui, necessariamente, três elementos nos quais deve ocorrer concordância de motivos (temáticas): 
- Cartão Postal ou Bilhete Postal, chamados de suportes; 
- Selo; 
- Carimbo de 1º Dia de Circulação, Comemorativo ou datador de unidades postais que possuam referência com o selo.

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Segunda, 30 Abril 2012 14:44

Pantanal - Fauna e Flora

filatelia7SOBRE OS SELOS

Cartela de selos auto-adesivos, prestam uma bela homenagem a essa obra-prima da natureza. São dez selos, cada um, focalizando uma espécie diferente que forma uma bela paisagem. Desenhados a aquarela e tratados por computação gráfica, os selos desta cartela foram distribuídos criando no espaço central uma panorâmica, tendo como pano de fundo o Maciço do Urucum, emoldurando a planície alagada. Algumas imagens formam closes, de modo que as que estão em segundo plano fiquem proporcionais às do primeiro plano. Em vista da grande diversidade biológica desse bioma, foram escolhidos elementos da fauna e da flora bastante representativos do Pantanal, dentre peixes, animais terrestres e vegetação. 

Uma das mais espetaculares aves do Pantanal, o Colhereiro ( Platalea ajaja ) destaca-se pelas cores vivas do exemplar adulto. O colhereiro é uma ave indicadora da boa qualidade ambiental, pois é muito sensível e não resiste à poluição e à contaminação do meio ambiente, principalmente da água.

Espécie típica do Pantanal, a Biguatinga (Anhinga anhinga) é uma ave que se alimenta de insetos aquáticos, crustáceos e peixes. Quando mergulha, usa os pés vigorosamente para tomar impulso e seu pescoço longo permite que dê botes rápidos e certeiros como os de uma cobra. Vive em casais e constrói ninhos sobre árvores formando grandes colônias mistas.

A Garça-moura (Ardea cocoi) que, apesar de ser bastante comum, esteve fortemente ameaçada de extinção, no início do século XX. É a maior das garças do Pantanal, com mais de um metro de altura. Geralmente solitária e pouco ativa, muitas vezes não é percebida. Está presente tanto nas matas como em áreas abertas, alimentando-se exclusivamente de pequenos vertebrados e de vertebrados aquáticos.

Podendo ser encontrada em todo o Pantanal, a Garça-branca-grande (Casmerodius albus) vive em grupos de vários animais à beira de rios, lagos e banhados. É migratória, realizando pequenos deslocamentos locais ou mesmo se deslocando para além dos Andes durante os períodos de enchentes anuais. Alimenta-se de peixes, lagartos, anfíbios e insetos. Foi muito caçada para a retirada de egretas, penas especiais que se formam no período reprodutivo. 

O Frango-d'água azul (Porphyrula martinica) vive nas margens dos rios e lagoas com densa vegetação flutuante. Geralmente aos pares, chega a formar grupos de até 50 indivíduos. Os adultos possuem forte coloração azul na cabeça e pescoço que contrastam com o bico vermelho e com a extremidade amarela. Alimenta-se de sementes de capim, insetos e outros invertebrados. 

O Tuiuiú ou jaburu (Jabiru mycteria), uma das maiores aves da América do Sul e o símbolo do Pantanal. Ave de corpo robusto e chega a medir 1,15m de altura, com bico grosso e afilado na ponta, tem 30 cm de comprimento. O pescoço é preto e a parte do papo, dotada de notável elasticidade, é vermelha.

Outras espécies estampadas na cartela 

O jacaré-do-pantanal (Caiman crocodilus yacare) é um dos maiores representantes da fauna de répteis, com 2,5 metros de comprimento, em média. Maior roedor do mundo, a capivara (Hydrochoerus hydrochoeris) forma no Pantanal grupos de até 40 indivíduos com um macho dominante e várias fêmeas. Habita os capões de mata, os campos abertos e passa várias horas do dia dentro d'água. É uma ótima nadadora. Exclusivamente herbívora, tem como principais predadores as onças e os as sucuris. Dentre os peixes da região, está o Pseudoplaystoma fasciatum, que pertence à família Pimelodidae. Esta espécie, conhecida por cachara, sorubim ou surubim, possui corpo alongado, roliço e revestido de couro com numerosas pintas inclusive nas nadadeiras, cabeça grande e achatada, coloração acinzentada no dorso, ventre esbranquiçado, faixas verticais alongadas e freqüentemente unidas umas às outras. Outro peixe que também se encontra no Pantanal é o Leporinus macrocephalus, uma espécie pertencente à família Anostomidae. Estes peixes, popularmente conhecidos por piau ou piavuçu, são herbívoros, porém podem consumir outros alimentos, como caramujos e caranguejos. 

A flora do Pantanal também é surpreendentemente rica e diversificada. Estima-se a existência de cerca de 1800 espécies de plantas, sendo que cerca de 250 são aquáticas. Algumas flutuam ao sabor das correntes, outras são fixas. Algumas vivem sobre outras plantas e outras são submersas. É impossível falar de plantas aquáticas do Pantanal sem citar o aguapé (Eichornia crassipes). É uma planta herbácea, aquática, perene. Reproduz-se sexuadamente ou por multiplicação vegetativa Em águas fluviais e lacustres mais quentes, é grande o seu desenvolvimento vegetativo, chegando a povoar uma extensa superfície livre em poucos dias. Purificando a água, o aguapé contribui para a sua reoxigenação.

Clique nas imagens para ver em tamanho grande:

Pantanal

Pantanal

 

papa-moscas-do-campoO Papa-moscas-do-campo (Culicivora caudacuta) é uma ave Passeriformes da família Tyrannidae

Está ameaçado por perda de habitat.

Características

Possui uma cauda longa e estreita, com dorso marrom claro com listras pretas, o peito é amarelo claro e o alto da cabeça preto. Alimenta-se de insetos. É uma ave campestre que habita os capinzais altos, úmidos ou secos, a meia altura nos colmos e se alimentam de insetos, vivendo em pequenos bandos.

Agradecimento ao Sergio Messias que nos indicou o local exato onde se encontrava esta maravilhosa espécie, eram 03 indivíduos.

Registro feito em São José dos Pinhais e também no Parque Nacional da Canastra

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Sábado, 28 Abril 2012 14:48

Preservação da Caatinga Nordestina

filatelia8

SOBRE O SELO

O selo destaca a paisagem da caatinga nordestina, representada pela área vermelha demarcada no mapa. A sutileza gestual da mão humana sugere responsabilidade e preocupação com a preservação desse importante ecossistema e sustenta o vigor do cacto (desenhado de forma estilizada), que aparece em contraste com a paisagem aparentemente sem vida. O clima quente e a aridez do ambiente servem de hábitat para o Jacucaca (Penelope jacucaca) - ave de aspecto elegante, porém, em risco de extinção devido à caça e ao desmatamento. Foram utilizadas as técnicas de desenho a mão, lápis de cor e recursos de computação gráfica.

Jacucaca (Penelope jacucaca)

Espécie endêmica do Brasil. A Jacucaca é uma ave galliforme da família Cracidae.

A jacucaca, endêmica da Caatinga, é a maior espécie de cracídeo deste bioma, vivendo preferencialmente na Caatinga arbórea e nas matas secas. Ocorria em quase todos os Estados do Nordeste brasileiro e em Minas Gerais, aproximando-se da costa em alguns locais.

caatingaAmeaçada de extinção devido ao desmatamento e à caça indiscriminada.

CARACTERÍSTICAS

Grande, possui cor canela bem escuro, com riscos brancos. Testa preta, com largas sobrancelhas brancas unidas na frente. Coberteiras alares (penas que cobrem as asas), escapulares (penas dos ombros) e penas do peito orladas de branco. É bastante terrícola e corre mostrando o dorso bronze-brilhante. Mede aproximadamente 73 centímetros de comprimento.

HÁBITOS

Nas caatingas, prefere as áreas mais úmidas e próximas dos rios, temporários ou não. Tolera algum tipo de perturbação em seu ambiente, mas é bastante sensível à caça.

Pode ser visto sozinho, aos pares ou em pequenos grupos, que se deslocam rapidamente pelo solo ou pelas árvores, fazendo grande barulho. Essas aves vocalizam principalmente de madrugada e ao crepúsculo, quando se reúnem para dormir.

lange-capaCartas da Mata Atlântica, por André de Meijer 
Boa leitura! 
abraços 
Fernando C.Straube 
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Carta X. Frederico Lange de Morretes 

Teses e dissertações universitárias nas ciências exatas costumam ser meio indigestas para quem não atua no campo tratado. Mas nas ciências humanas, às vezes, surgem trabalhos universitários que se deixam ler como livros, despertando interesse no leigo também. 


Como consequência do meu recente interesse em conchas marinhas li dois trabalhos universitários na área de sociologia: a tese de Corbin 1989 e a dissertação de Salturi 2007. O último trabalho trata da vida social do pintor-cientista Frederico Lange de Morretes e o considero leitura obrigatória para qualquer pessoa interessada na história da paisagem, arte e poder paranaense. Através desse ótimo trabalho, muito bem ilustrado, acabei me apaixonando pelo objeto do seu estudo. Que pessoa intrigante e magnífica foi este Frederico! Deixe-me relatar alguns fatos da vida dele, extraídas da referida dissertação. 


Em 1892 nasceu na cidade de Morretes, como Frederico Lange. O pai dele, um imigrante alemão, foi engenheiro e obteve um cargo de chefia na estrada de ferro Curitiba-Paranaguá (é lembrado pelo nome da estação de trem Engenheiro Lange). Assim, Frederico morou dos 2 aos 9 anos num dos locais mais lindos do Paraná, bem próximo à atual Casa do Ipiranga, onde o histórico Caminho de Itupava se cruza com a estrada de ferro. A infinita paixão daquele homem pela natureza paranaense nasceu e cresceu no paraíso! 
Ainda criança, de 1907 a 1910, Frederico teve aulas de desenho e pintura de Alfredo Andersen, o imigrante norueguês que hoje é chamado “o pai da pintura paranaense”. De 1910 a 1920 o nosso jovem permaneceu na Alemanha, onde estudou desenho, pintura e zoologia. Ali se casou, em 1917, com Bertha, uma cantora lírica e parenta próxima do famoso compositor Richard Strauss (1864-1949). 


lange2A primeira filha do casal, Berta (sem o “h” da mãe), nasceu em 28 de junho de 1917, dois meses depois do Brasil ter rompido as relações diplomáticas com o bloco germânico (assim o Brasil se tornou inimigo da Alemanha). 


Na Alemanha, Frederico percebeu que o seu sobrenome, Lange (que significa: pessoa alta), está entre os mais comuns naquele país. Nas aulas de zoologia aprendeu que um nome bom, além de ser descritivo, tem de ser discriminante (o que “Lange” não é, pois a maioria dos alemães são altos) e também prático (por esta razão gêneros muito ricos em espécies tendem a ser subdivididos).



Assim, no seu retorno ao Brasil ele tomou uma atitude corajosa: mandou um cirurgião especializado mudar o seu gênero num subgênero! Seu pai Rudolf não aprovou, mas se continuasse vivo, hoje teria falado que Frederico agiu bem, pois em apenas duas gerações o sobrenome Lange de Morretes ganhou destaque, pelo grande contribuição do filho às artes e à zoologia e também pelo trabalho da neta, Berta, que hoje está entre as biólogas mais ilustres do país (a) (veja: http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/professora-mais-velha-da-usp-tem-93-anos-20110526.html?question=0 ). 


langeA maioria das pinturas de Frederico Lange de Morretes retratam paisagens paranaenses sem a presença de seres humanos (como é o caso nas minhas “Cartas da mata”), o que não significa que ele viveu como monge. Na realidade, todo homem de carne e osso necessita de uma musa para se inspirar e Lange teve pelo menos duas ao longo da sua vida de artista-cientista. Já que ambas as mulheres eram muito mais novas que ele, ele lhes dedicou um amor paternal, mas sem dúvida se sentiu atraído por elas também. A primeira foi Erna, imigrante tchecoslovaca de origem rural, que lhe serviu de modelo de 1927 a 1930. Frederico era muito preocupado com a devastação das florestas de araucária, o que ele expressou em palavras, (b) mas também na tela “Alma de Floresta”, de tamanho enorme (cerca de 3 x 2 m) e produzido no período de 1927 a 1930 (em 1930 foi adquirida pela Assembleia Legislativa de Curitiba onde pode ser admirada até hoje) (c). Neste quadro magnífico, Erna se prostra sobre o toco de um pinheiro recém-abatido, na intenção de morrer junto à árvore. Na imagem, o seu corpo nu permanecerá aderido ao toco para sempre, sendo colado pela seiva grudenta misturada às lagrimas.(d) Aquela morte acabou sendo quase ‘verdadeira’, pois Erna resolveu retornar à terra natal. Segundo alguns críticos, aí acabou a melhor fase artística do nosso pintor. 


Pessoas muito sensíveis (como todos os bons artistas), quando sensatas desenvolvem um campo de interesse paralelo. Assim, quando ficam feridas ou decepcionadas numa área (sempre ocasionado por indivíduos da nossa própria espécie) poderão continuar numa outra, para tentar voltar quando a ferida for curada ou a decepção superada. Já que Frederico tinha estudado zoologia, a partir deste momento começou a se dedicar ao estudo de moluscos. Ele se entregou de corpo e alma ao novo campo e não tardou para ser convidado a trabalhar no Museu Paulista, onde ingressou em 1936. Foi naquele prédio que ele conheceu Maria Aparecida (“Cidinha”), a auxiliar do Museu que datilografou os seus manuscritos científicos e literários e que se tornou uma segunda musa. 


Em 1940 Frederico saiu daquele emprego e voltou a pintar a todo vapor em 1942, após uma década inteira de descanso e recargo artístico (apenas em 1934 produziu alguns quadros). Em 1946 retornou definitivamente ao Paraná, enquanto a sua esposa e os filhos permaneceram em São Paulo, já que todos estavam trabalhando e estudando ali. Foi depois desta volta à terra natal que ele publicou, nos Arquivos do Museu Paranaense, o seu mais importante trabalho sobre moluscos brasileiros: um catálogo geral (Morretes 1949) e uma adenda a este catálogo (Morretes 1953a). Durante a sua carreira científica, ele descreveu várias espécies de moluscos novos para a ciência e a última delas foi nomeada Thais mariae (Lange de Morretes 1954a). Conheço T. mariae muito bem, pois não é rara na margem lodosa da Baia de Paranaguá.


Thais-mariaeCuriosamente, a sua concha abandonada é sempre habitada por um ermitão (Decapoda - Anomura), que vive no seu interior sem querer ser vista. Creio que Frederico teve um motivo especial na escolha desta espécie para imortalizar a sua musa: conseguiu se enxergar como o cientista ‘ermitão’ que secretamente habitava a alma desta jovem.(e) Na última fase da sua vida, Frederico foi um “contratado” do Museu Paranaense, muito bem pago, assim pode desenvolver grande atividade de campo na área de Malacologia. Entre os seus colegas no museu estava o paleontólogo Frederico Waldemar Lange (diretor da Seção de Mineralogia e Geologia) e ainda havia o entomólogo Frederico Lane, de São Paulo, publicando regularmente nos Arquivos do Museu Paranaense também. Menciono este detalhe apenas para evitar que estes três Fredericos sejam confundidos. 


Lange de Morretes fumava como uma locomotiva, o que acabou destruindo os seus pulmões. No último ano da sua vida ele teve dificuldades até em subir os degraus para sua sala de trabalho no Museu Paranaense (ficava na Rua Buenos Aires N.˚ 200, no bairro Batel) e acabou morrendo demasiadamente cedo.

Ele repousa no cemitério de Morretes, ao lado direito de quem entra, no canto extremo do muro divisório entre a antiga e a nova parte. A sua cova pode ser enxergada de longe, pois nela cresce um palmito-jussara (Euterpe edulis), de frutificação farta. Na cova vegeta também um lindo exemplar de guaimbê (Philodendron bipinnatifidum) e a sua margem é ornamentada com uma fileira de conchas vazias do jatutá, grande caracol nativo do gênero Megalobulimus, tratado na sua última publicação (Morretes 1954b).(f) Conforme o seu desejo, foi enterrado em pé, com o rosto voltado para o amado Pico Marumbi, que ele teve o prazer de escalar em 1928, com o amigo e cineasta João Baptista Groff. 

Lendo sobre a vida desse homem grandioso, me veio à mente uma pergunta intrigante. Por que, em toda esta vastidão de natureza exuberante e inspiradora do litoral norte paranaense englobando Antonina, Guaraqueçaba e Morretes, somente o município de Morretes tem gerado e alojado artistas consagrados? Uma das razões pode estar no fato que até a poucas décadas as primeiras duas cidades permaneceram meio isoladas, tendo pouco contato com os grandes centros comerciais e intelectuais (Curitiba e Paranaguá), pois um escritor pode se tornar conhecido somente quando consegue publicar seu trabalho e um artista plástico só consegue se sustentar expondo e vendendo algo da sua produção. Creio que esta seja a razão da produção artística de Antonina e Guaraqueçaba ter se dirigido principalmente às manifestações populares: o Carnaval em Antonina e o fandango em Guaraqueçaba (existe em Morretes também), sem maiores preocupações em criar obras ‘eternas’ (veja Tabela 1). 


Pessoalmente gosto demais da vista da silenciosa baía de Guaraqueçaba e Antonina e das ruínas do complexo Matarazzo. Não entendo como estas duas cidades conseguem permanecer tão tranquilas nos mesmos dias em que Morretes se enche de turistas. Sei que em Morretes o turismo maciço do fim de semana está começando a incomodar alguns residentes mais sensíveis e concordo com Valério (2011) que se esse município não se cuidar, a totalidade da classe artística acabará migrando para as, ainda pacatas, cidades de Antonina e Guaraqueçaba. 

Tabela 1
Artista Ano do nascimento e da morte
William Michaud 1829-1902 Vevey (Suiça) + 
José Gonsalves de Moraes 1849-1909 Morretes++ 
José Francisco da Rocha Pombo 1857-1933 Morretes++ 
Domingos Virgílio Nascimento 1863-1915 Guaraqueçaba + 
Ricardo Pereira de Lemos 1871-1932 Morretes + 
Manoel Azevedo da Silveira Netto 1872-1942 Morretes+++
João Zanin Turin 1878-1949 Morretes + 
Frederico Lange de Morretes 1892-1954 Morretes+++
Theodoro de Bona 1904-1990 Morretes +
Sinibaldo Trombini 1909-1992 Morretes+++
Lúcio Borges 1916-2000 Morretes+++
Arlindo de Castro 1918-1967 Muzambinho, MG
Eros Maichrowicz 1941-2013  Morretes +
Mirtillo Trombini 1919 Morretes + 
Claus Luiz Berg 19.. Antonina + 
Carlos Alberto Xavier de (‘Nego’) Miranda 1945 Curitiba + 
Liz Szczepanski 1946 Campo Largo, PR ++ 
Eduardo Nascimento 1951 Antonina ++ 
Carlos Eduardo Zimmermann 1952 Antonina + 
Geraldo Leão 1952 Antonina + 
Isaurina Maria Valério (‘Sarika’) 1960 Natal, RN + 
Daniel William Conrade 1983 Morretes ++ 
Marcelo da Cruz Fernandes da Conceição 1986 Antonina + 
(1)  Município nativo Morretes
(2) Antonina Guaraqueçaba 
(1) Foram incluídos na tabela somente os artistas com mais que dez anos de residência nestes municípios. Assim, foram excluídos Júlio Alvar, Miguel von Behr, Carlos Renato Fernandes , que realizaram lindos trabalhos de desenho (Alvar & Alvar 1979), fotografia (Behr 1998, Fernandes 2003) , em Guaraqueçaba (Alvar, Behr e Fernandes) e Morretes (Fernandes e Maichrowicz). 
(2) Fonte: Hunzicker (s.d.) e outros.

A lista de nomes na Tabela 1 não deve ser completa; se você tiver dados complementares, me mande, por favor. 

(a) Ela continue bastante lúcida, como mostrou numa entrevista com Salturi (2007) feita em dezembro de 2006. Seguem exemplos de algumas respostas (BLM = Berta Lange de Morretes) às perguntas (LAS = Luis Afonso Salturi): 
LAS – Como a sua mãe encarou a morte de seu pai? 
BLM – Como toda e qualquer pessoa de uma família bem estruturada – com tristeza. 
Esta pergunta é idiota. Parece de um jornalista recém-formado, sensacionalista, que é chamado foca. 
LAS – Os seus pais passaram para os filhos essa aproximação com as artes, já que vocês seguiram carreiras científicas? 
BLM – Sim. Todos os filhos gostam de arte: música, desenho, pintura e escultura, e, detestam cantores contorcionistas e ginastas, bem como
metaleiros e pichadores. Para nós, arte é algo sério! 


(b) ”O Pinheiro representa botanicamente árvore que veio do passado. Se cuidados não forem tomados, tende a desaparecer da nossa vegetação, apesar de ainda hoje cobrir grandes regiões do Estado sulino. A devastação dos pinheirais assusta todos os homens sensatos, especialmente os cientistas e artistas. Não são poucas as advertências, as súplicas e as lamentações feitas em prosa, verso, música e pintura.” (Morretes 1953b). 


(c) Quem quer ver este quadro, que está na Salão Nobre (fechado) da Assembléia Legislativa do Paraná, pode telefonar ou escrever para o Ceremonial (fone 41-3350.4007; e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)) e marcar um horário para a visita. 


(d) Não há dúvida de que a mulher retratada neste quadro seja Erna; veja Assembléia Legislativa do Paraná 1992 (citado em Salturi 2007: 173). 


(e) ”Thais (Thaisella) mariae sp.n. é nomeada em homenagem a Maria Aparecida de Faria Cardoso, grande e incansável colaboradora e credora de toda minha gratidão.” (Morretes 1954a). 


(f) Neste ultimo artigo, escrito em linguagem jornalística, ele mostra que naquela época Megalobulimus era muito abundante no litoral, inclusive em torna das residências. Lamentavelmente, hoje foi quase totalmente substituído pelo exótico Achatina fulica, introduzido no Brasil em 1988. 

AGRADECIMENTOS 
Estou muito grato aos amigos Elisabeth Lemes e Eric Hunzicker, de Morretes, por terem me informado a respeito da dissertação de Salturi. 

REFERÊNCIAS 
Alvar, J. & J. Alvar. 1979. Guaraqueçaba, mar e mato. UFPR, Curitiba. 2 Vol. (Vol. 1: p. 1-207; Vol. 2: lâminas 1-233). 
Assembléia Legislativa do Paraná. 1992. Alma da Floresta: Lange de Morretes (1930). Curitiba Cultura. (folheto). 
Behr, M. von. 1998. Guarakessaba Paraná - Brasil: passado - presente - futuro. Empresa das Artes, São Paulo. 143 pp. 
Corbin, A. 1989. O território do vazio : a praia e o imaginário ocidental (Translated by P. Neves from the original [Le territoire du vide : L’Occident et le desir du rivage (1750-1840). Aubier, Paris. 1988]). Companhia das Letras, São Paulo. 385 pp. 
Fernandes, C.R. 2003. Floresta Atlântica: Reserva da Biosfera = Atlantic Rain Forest: Biosphere Reserve. Edição do autor, Curitiba. 299 pp. 
Hunzicker, E.J. [Sem data]. Morretes, terra de personalidades. Prefeitura de Morretes, Secretaria de Turismo e Cultura. (folheto). 
Morretes, F.L. de. 1949. Ensaio de Catálogo dos moluscos do Brasil. Arq. Mus Paranaense 7: 5-216. 
Morretes, F.L. de. 1953a. Adenda e corrigenda ao Ensaio de Catálogo dos moluscos do Brasil. Arq. Mus. Paranaense 10: 37-76. 
Morretes, F.L. de. 1953b. O pinheiro na arte. Ilustração Brasileira, Ed. Comemorativa do Centenário do Paraná, (Rio de Janeiro), ano XLIV, n. 224. 
Morretes, F.L. de. 1954a. Nova Thais do Brasil. Arq. Mus. Paranaense 10: 339-342. 
Morretes, F.L. de. 1954b. Sobre Megalobulimus paranaguensis Pilsbry& I[h]ering. Arq. Mus. Paranaense 10: 343-344. 
Salturi, L.A. 2007. Frederico Lange de Morretes, liberdade dentro de limites: trajetória do artista-cientista. Thesis, M.Sc., Universidade Federal do Paraná (Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes), Curitiba. 255 pp. Disponível em:  http://www.pgsocio.ufpr.br/docs/defesa/dissertacoes/2007/Luis-Afonso-Salturi.pdf
Valério, L. 2011. Porque conhecer Morretes? Em: Conrade, D. Luz: arte& poesia morretense. Edição do autor, Morretes, pp. 127-133. 

(André de Meijer, 13 de abril de 2012) 

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Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada. 

Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.


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