Aconteceu no dia 11 de outubro, na Agência Filatélica dos Correios, o lançamento dos selos comemorativos e do carimbo referente aos 70 anos de fundação da Sociedade Filatélica de Curitiba - SOFICUR. Dentre os selos que foram apresentados, um deles, de autoria do filatelista Otto Schneck foi um destaque. Trata-se de uma obra que retrata uma coruja, com requintes de arte e bom gosto.
Foi em 11 de outubro de 1943 que um grupo de filatelistas paranaenses decidiu fundar uma Sociedade Filatélica que, através de reuniões e eventos não só possibilitasse a troca de informações e material entre eles, o que resultaria em um aprimoramento de suas coleções individuais mas também, acima de tudo, em uma divulgação junto á sociedade curitibana e, porque não, brasileira, de todos os benefícios que a prática da arte da filatelia trás a todos que a praticam.
SOBRE OS SELOS
Os selos retratam aves ameaçadas de extinção nas Filipinas, representada pela Águia Filipina, e no Brasil, pela Águia Cinzenta, por meio das ilustrações dos corpos inteiros e dos detalhes das cabeças das águias. A Águia Filipina é a mais conhecida espécie de ave existente unicamente nas Filipinas. Já a Águia Cinzenta é considerada um gavião de grande porte da fauna brasileira. Os nomes das espécies foram impressos em microletras. Foram utilizadas as técnicas de computação gráfica e fotografia.
As Filipinas, oficialmente República das Filipinas, são um grupo de 7.107 ilhas localizadas no Sudeste da Ásia (leste do Vietnã e norte de Bornéu), com cerca de 105 milhões de habitantes. A sede do governo, um sistema presidencial democrático, fica na cidade de Manila, em Luzon, que abriga cerca de metade de toda a população. Os filipinos são de descendência malaia com uma pitada de sangue chinês, espanhol, americano e árabe.
A águia filipina (Pithecophaga jefferyi) é a mais conhecida espécie de ave existente unicamente nas Filipinas, e, por isso, é o pássaro nacional. Também chamada de “Haribon” (“Haring Ibon” ou pássaro rei), é considerada a maior dentre as águias que existem no mundo, em termos de comprimento, e uma das mais raras aves de rapina. Com plumagem marrom e branca e uma crista desgrenhada castanho claro, a águia filipina mede de 86 a 102 centímetros, e pesa de 5 a 8 quilos, em média. A ave adulta com as asas abertas mede de 184 a 220 centímetros e pode mergulhar para capturar a sua presa a velocidades superiores a 100 quilômetros por hora. A cara é de cor escura, com olhos cinza aço e um grande bico cinza escuro. Os pés são amarelos, com garras extremamente grandes.
Já a águia cinzenta (Urubitinga coronata) é considerada um gavião de grande porte, de característica crepuscular, podendo atingir o peso de 3 kg e 85 cm de comprimento. Sua principal fonte de alimento são animais de médio porte e carniça. O período de reprodução dessa ave no Cerrado é entre julho e novembro, quando utiliza árvores altas para a construção de um ninho para somente um ovo. Os casais, normalmente, permanecem juntos durante todo o ano. É uma espécie que prefere áreas abertas.
Com essa emissão, Brasil e Filipinas ratificam, por meio da Filatelia, o propósito de defender e preservar o meio ambiente, ao mesmo tempo em que ressaltam as boas relações e os laços de amizade e de cooperação que unem os dois países.
O bloco apresenta em 2 selos a paisagem típica do cerrado brasileiro, de áreas alagadas com buritizais, terra plana e céu aberto. Há, também, imagens do capim dourado, da mata ciliar e de sertanejos. A parte superior foi ilustrada com produtos artesanais e industrializados tais como: cestas e chapéus trançados, cremes, pomadas e sabonetes, além do doce de buriti e o óleo, ambos utilizados na culinária. O primeiro selo traz a copa da palmeira buriti (Mauritia flexuosa L.f.), com folhas grandes e exuberantes, cachos e, em destaque, um fruto com desenhos geométricos em sua casca, que lembram “escamas”. No segundo selo, constam a formação do buritizal e a revoada de Araras-canindé (Ara ararauna), que se alimentam dos frutos do buriti. A técnica empregada foi desenho com lápis de cor sobre papel.
Quer mais informações sobre a Arara-canindé (Ara ararauna) clique aqui
O bloco com dois selos exibe o Emblema Oficial da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013 e o Troféu Oficial do torneio. O Emblema Oficial traz a ave-símbolo do Brasil, o sabiá-laranjeira, em uma arte com as cores inspiradas na bandeira nacional, que, simultaneamente, faz alusão à fauna colorida do país. O voo do pássaro simboliza a hospitalidade e o espírito acolhedor do povo brasileiro. O Troféu Oficial é de bronze, banhado a ouro. Duas faixas envolvem a base e sobem em espiral até abraçar o globo e apresentam o tema do torneio ‘Festival dos Campeões.’ Foi utilizada a técnica de computação gráfica.
O Sabiá-laranjeira, (Turdus rufiventris) é uma ave Passeriformes da Família Turdidae. Também conhecido como sabiá-amarelo ou de peito-roxo é uma ave popular, citada por diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor ou seja, a primavera. VEJA MAIS SOBRE ESTA ESPÉCIE...
O Zoológico de Curitiba completou 30 anos no dia 28 de março. O espaço abriga 1.836 animais em uma área de 589 mil m² no bairro Alto Boqueirão, na capital. O zoo recebe aproximadamente 650 mil visitantes por ano, de acordo com a prefeitura de Curitiba. A moradora mais antiga é a girafa Pandinha, que está no zoo há 22.
O zoológico de Curitiba tem um leão, quatro leoas, dois ursos de óculos, um casal de girafas, um tigre de bengala, uma onça pintada, um chimpanzé, três hipopótamos, três jacarés, além de macacos, aves e tartarugas, entre outros.
O zoológico é aberto ao público de terça a domingo, das 9 às 17 horas, e a entrada é gratuita. Além das visitas livres, o zoo oferece visitações agendadas e programas especiais, como o acantonamento ecológico e a zooterapia. No acantonamento, uma casa dentro do zoológico pode receber até 40 crianças de 9 a 12 anos, para realizar atividades que incluem uma trilha interpretativa em meio à mata nativa, pomar, horta e um minizoo de animais domésticos.
Sobre os Selos – Na festa pelos 30 anos do Zoológico de Curitiba foi feito o lançamento oficial de um conjunto de quatro selos comemorativos realizados em parceria com a Empresa Brasileira de Correios. Com tiragem limitada, “os selos vão fazer o registro da história do zoológico de maneira inusitada”, destaca o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e diretor do Museu da História Natural, Alfredo Trindade.
Os selos trazem a imagem de três animais. “O ‘Simba’ – o leão nascido no zoológico, o ‘Chimpanzé Bob’ – que é o animal favorito das crianças e da Arara, além de uma imagem estilizada do local, que completa o conjunto”, conta Trindade. “É motivo de orgulho e satisfação participar desta festa que celebra a vida, pois o zoológico é vida” comentou o representante da diretoria dos Correios do Paraná, Altevir dos Santos. “Que esse sentimento se renove a cada década do zoológico”.
Os Correios lançam, em 01/06, emissão especial Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, incluindo folha com 24 selos se-tenant, cartão-postal, envelope de 1º dia de circulação e minifolha com três selos, idealizados pela ONU. A arte e o design das peças harmonizam-se com os objetivos da conferência.
A emissão divulga os temas da Rio + 20 e reforça a relação indissociável entre as três dimensões do desenvolvimento: econômica, social e ambiental. Seu lançamento será oficializado em cerimônia prevista para 05/06, Dia do Meio Ambiente.
A folha, com valor facial de R$ 1,10 por selo, tem tiragem limitada de 12.500 unidades, totalizando 300.000 selos. Serão emitidos 30.000 blocos, com valor facial de R$ 6, 00 (R$ 2,00 cada selo).
As 24 peças da folha compõem uma paisagem integrada, que parte da nascente de um rio, passa pelo perímetro urbano e chega ao oceano. Cada selo aborda um subtema da Conferência, incluindo sustentabilidade, meio ambiente, clima, energia, transporte, alimentação e valores cívicos.
Selos da ONU – Os selos da minifolha foram idealizados pela Administração Postal das Nações Unidas (UNPA), com design de Gail Armstrong, Shailesh Khandeparkar e Fei. Única Organização Internacional a emitir selos postais, a ONU tem autorização para emitir selos nas suas sedes em Nova York, Genebra e Viena, em moeda local (dólar americano, franco suíço e euro).
Rio + 20 – Realizada de 20 a 22 de junho, duas décadas após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD) – também conhecida como ECO-92, Rio-92 –, a Rio+20 busca um comprometimento global renovado, além de avaliar progressos e lacunas na implementação das políticas internacionais para o desenvolvimento sustentável.
A Ilha de Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, palco da mais famosa pororoca do mundo e fenômeno de formação de ondas gigantescas no encontro da águas. Ela pode ter sido o primeiro ponto do território brasileiro a ser visitado pelos europeus dois anos antes da expedição portuguesa chegar a Cabrália, mas se o cartógrafo e navegador Duarte Pacheco Pereira passou mesmo por aqui, se fez desapercebido. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, pisava em território espanhol.
A ilha também se destaca por sua cultura, danças do carimbo e lundu e a cerâmica marajoara, além de também ser conhecida como a terra dos búfalos, devido a enorme população de búfalos, que é maior do que a de habitantes.
O Búfalo é o animal símbolo da Ilha de Marajó. Dócil e de fácil manejo, apresenta uma carne com 50% menos colesterol que a dos bovinos. Conta a lenda que, em meados do século XIX, um navio francês carregado de búfalos naufragou nas costas do Marajó, quando se dirigia para a Guiana Francesa. Os animais sobreviventes nadaram até a ilha iniciando a sua povoação. Devido à sua cor preta (que absorve muito o calor) e à baixa quantidade de glândulas sudoríparas, o búfalo precisa ficar imerso na água para se resfriar.
Pouco conhecida, a Ilha de Marajó é um dos mais preservados santuários ecológicos da Amazônia, tendo como meios de transporte mais comuns, pesando cerca de meia tonelada, o búfalo.
Suas belezas naturais se dividem entre a planície coberta de savana e as densas florestas. Praias de rio, lagos de diversos tamanhos, igarapés, dunas, florestas e uma rica fauna fazem da Ilha de Marajó um dos maiores santuários ecológicos.
Os cenários são transformados de seis em seis meses, devido a grande quantidade de chuva, principalmente no primeiro semestre, quando as matas e os campos ficam embaixo das águas. No segundo semestre, o período da seca acaba e a visitação se torna mais favorável pela melhor observação dos animais e da vegetação. Praias com dunas claras, praticamente inexploradas são o grande atrativo.
Uma lista anotada de 361 espécies registradas para a ilha de Marajó, é o paraíso das aves, uma verdadeira arca do tesouro de pássaros. Quando o “inverno” chega ao fim e o verão (estação da seca) começa, as árvores e pastagens se transformam em uma massa incomparável de cor. O céu se torna vermelho com o fantástico guará (Eudocimus ruber), branco, com garça-branca grande (Casmerodius albus, anteriormente Egretta alba) e rosa, com os colhereiros (Ajaia ajaia). Centenas de espécies cruzam a ilha, a caminho de seus ninhos. Milhares de pássaros, em todas as cores do arco-íris, transformam a paisagem em uma pintura que a mão humana não poderia reproduzir.
Espécies estampadas nos selos:
O Colhereiro ( Platalea ajaja ) destaca-se pelas cores vivas do exemplar adulto. O colhereiro é uma ave indicadora da boa qualidade ambiental, pois é muito sensível e não resiste à poluição e à contaminação do meio ambiente, principalmente da água.
A Garça-moura (Ardea cocoi) que, apesar de ser bastante comum, esteve fortemente ameaçada de extinção, no início do século XX. Geralmente solitária e pouco ativa, muitas vezes não é percebida. Está presente tanto nas matas como em áreas abertas, alimentando-se exclusivamente de pequenos vertebrados e de vertebrados aquáticos.
Podendo ser encontrada em toda a ilha, a Garça-branca-grande (Casmerodius albus) vive em grupos de vários animais à beira de rios, lagos e banhados. É migratória, realizando pequenos deslocamentos locais ou mesmo se deslocando para além dos Andes durante os períodos de enchentes anuais. Alimenta-se de peixes, lagartos, anfíbios e insetos. Foi muito caçada para a retirada de egretas, penas especiais que se formam no período reprodutivo.
Na Cerâmica Marajoara está representada uma coruja.
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O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia (que é chamado de chaco boliviano).
Guará (Eudocimus ruber): também conhecida como íbis-escarlate, guará-vermelho, guará-rubro e guará-piranga. É considerada por muitos uma das mais belas aves brasileiras, por causa da cor de sua plumagem.
Cabeça-seca (Mycteria americana): Conhecido também como passarão, cabeça-de-pedra (Mato Grosso), jaburu-moleque, trepa-moleque (Mato Grosso) e padre. Era uma das aves aquáticas mais comuns da Amazônia, mas teve seu número reduzido devido à caça. São encontrados em quase todo o Brasil, principalmente no Pantanal e na costa do Nordeste.
Maguari (Ciconia maguari): É conhecida ainda pelos nomes de cauanã, cauauá, cauauã(Paraná), cegonha, jaburu-moleque, joão-grande, maguarim, mauari, tabujajá, tapucaiá e tubaiaiá(Pantanal e Mato Grosso). Mede até 1,4m de altura com uma envergadura de mais de 2m. Pesando até 4,5Kg. Possui plumagem branca, rêmiges, coberteiras superiores e cauda negras, região perioftálmica e base do bico nuas e vermelhas.
Uma das mais espetaculares aves do Pantanal, o Colhereiro ( Platalea ajaja ) destaca-se pelas cores vivas do exemplar adulto. O colhereiro é uma ave indicadora da boa qualidade ambiental, pois é muito sensível e não resiste à poluição e à contaminação do meio ambiente, principalmente da água.
O Tuiuiú ou jaburu (Jabiru mycteria), uma das maiores aves da América do Sul e o símbolo do Pantanal. Ave de corpo robusto e chega a medir 1,15m de altura, com bico grosso e afilado na ponta, tem 30 cm de comprimento. O pescoço é preto e a parte do papo, dotada de notável elasticidade, é vermelha.
O Cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana), conhecido também como galo-da-campina, cabeça-de-fita e cabeça-vermelha. Mede cerca de 17,2cm. Plumagem de cabeça vermelha, curta e ereta, sobretudo na nuca do macho. Partes superiores cinzentas exceto o dorso anterior que é composto de penas negras no ápice e brancas na base, o que dá ao conjunto um aspecto escamoso de negro e branco. Dorso posterior e coberteiras superiores das asas manchadas de negro; maxila anegrada, mandíbula cinzento-clara.Pássaro de extraordinária beleza física.
Garça-branca-grande (Ardea alba):Podendo ser encontrada em todo o Pantanal, a vive em grupos de vários animais à beira de rios, lagos e banhados. É migratória, realizando pequenos deslocamentos locais ou mesmo se deslocando para além dos Andes durante os períodos de enchentes anuais. Alimenta-se de peixes, lagartos, anfíbios e insetos. Foi muito caçada para a retirada de egretas, penas especiais que se formam no período reprodutivo.
A Garça-moura (Ardea cocoi) que, apesar de ser bastante comum, esteve fortemente ameaçada de extinção, no início do século XX. É a maior das garças do Pantanal, com mais de um metro de altura. Geralmente solitária e pouco ativa, muitas vezes não é percebida. Está presente tanto nas matas como em áreas abertas, alimentando-se exclusivamente de pequenos vertebrados e de vertebrados aquáticos.
O jacaré-do-pantanal (Caiman crocodilus yacare) é um dos maiores representantes da fauna de répteis, com 2,5 metros de comprimento, em média. Maior roedor do mundo, a capivara (Hydrochoerus hydrochoeris) forma no Pantanal grupos de até 40 indivíduos com um macho dominante e várias fêmeas. Habita os capões de mata, os campos abertos e passa várias horas do dia dentro d'água. É uma ótima nadadora. Exclusivamente herbívora, tem como principais predadores as onças e os as sucuris. A Onça-pintada (Panthera onca) , onça, onça-canguçu, canguçu, jaguar, jaguar-canguçu (“canga” cabeça, “cangua” cabeça redonda e “açu” grande), é o maior felino do Brasil e o terceiro maior do mundo. Ela representa muito bem a fauna pantaneira. O cervo-do-pantretal (Blastocerus dichotomus) é característico de áreas inundáveis e de varjões de cerrado, onde se alimenta de capim e plantas palustres, está ameaçado de extinção devido a caça ilegal.
A flora do Pantanal também é surpreendentemente rica e diversificada. Estima-se a existência de cerca de 1800 espécies de plantas, sendo que cerca de 250 são aquáticas. Algumas flutuam ao sabor das correntes, outras são fixas. Algumas vivem sobre outras plantas e outras são submersas. É impossível falar de plantas aquáticas do Pantanal sem citar o aguapé (Eichornia crassipes). É uma planta herbácea, aquática, perene. A palmeira-buriti (Mauritia flexuosa) é uma das mais singulares palmeiras do Brasil. Quando os Ipês-roxo ou Piuvas (Tecoma sp.) estão em flor, o Pantanal fica todo pintado de amarelo e rosa.
Peça filatélica que possui, necessariamente, três elementos nos quais deve ocorrer concordância de motivos (temáticas):
- Cartão Postal ou Bilhete Postal, chamados de suportes;
- Selo;
- Carimbo de 1º Dia de Circulação, Comemorativo ou datador de unidades postais que possuam referência com o selo.
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SOBRE OS SELOS
Cartela de selos auto-adesivos, prestam uma bela homenagem a essa obra-prima da natureza. São dez selos, cada um, focalizando uma espécie diferente que forma uma bela paisagem. Desenhados a aquarela e tratados por computação gráfica, os selos desta cartela foram distribuídos criando no espaço central uma panorâmica, tendo como pano de fundo o Maciço do Urucum, emoldurando a planície alagada. Algumas imagens formam closes, de modo que as que estão em segundo plano fiquem proporcionais às do primeiro plano. Em vista da grande diversidade biológica desse bioma, foram escolhidos elementos da fauna e da flora bastante representativos do Pantanal, dentre peixes, animais terrestres e vegetação.
Uma das mais espetaculares aves do Pantanal, o Colhereiro ( Platalea ajaja ) destaca-se pelas cores vivas do exemplar adulto. O colhereiro é uma ave indicadora da boa qualidade ambiental, pois é muito sensível e não resiste à poluição e à contaminação do meio ambiente, principalmente da água.
Espécie típica do Pantanal, a Biguatinga (Anhinga anhinga) é uma ave que se alimenta de insetos aquáticos, crustáceos e peixes. Quando mergulha, usa os pés vigorosamente para tomar impulso e seu pescoço longo permite que dê botes rápidos e certeiros como os de uma cobra. Vive em casais e constrói ninhos sobre árvores formando grandes colônias mistas.
A Garça-moura (Ardea cocoi) que, apesar de ser bastante comum, esteve fortemente ameaçada de extinção, no início do século XX. É a maior das garças do Pantanal, com mais de um metro de altura. Geralmente solitária e pouco ativa, muitas vezes não é percebida. Está presente tanto nas matas como em áreas abertas, alimentando-se exclusivamente de pequenos vertebrados e de vertebrados aquáticos.
Podendo ser encontrada em todo o Pantanal, a Garça-branca-grande (Casmerodius albus) vive em grupos de vários animais à beira de rios, lagos e banhados. É migratória, realizando pequenos deslocamentos locais ou mesmo se deslocando para além dos Andes durante os períodos de enchentes anuais. Alimenta-se de peixes, lagartos, anfíbios e insetos. Foi muito caçada para a retirada de egretas, penas especiais que se formam no período reprodutivo.
O Frango-d'água azul (Porphyrula martinica) vive nas margens dos rios e lagoas com densa vegetação flutuante. Geralmente aos pares, chega a formar grupos de até 50 indivíduos. Os adultos possuem forte coloração azul na cabeça e pescoço que contrastam com o bico vermelho e com a extremidade amarela. Alimenta-se de sementes de capim, insetos e outros invertebrados.
O Tuiuiú ou jaburu (Jabiru mycteria), uma das maiores aves da América do Sul e o símbolo do Pantanal. Ave de corpo robusto e chega a medir 1,15m de altura, com bico grosso e afilado na ponta, tem 30 cm de comprimento. O pescoço é preto e a parte do papo, dotada de notável elasticidade, é vermelha.
Outras espécies estampadas na cartela
O jacaré-do-pantanal (Caiman crocodilus yacare) é um dos maiores representantes da fauna de répteis, com 2,5 metros de comprimento, em média. Maior roedor do mundo, a capivara (Hydrochoerus hydrochoeris) forma no Pantanal grupos de até 40 indivíduos com um macho dominante e várias fêmeas. Habita os capões de mata, os campos abertos e passa várias horas do dia dentro d'água. É uma ótima nadadora. Exclusivamente herbívora, tem como principais predadores as onças e os as sucuris. Dentre os peixes da região, está o Pseudoplaystoma fasciatum, que pertence à família Pimelodidae. Esta espécie, conhecida por cachara, sorubim ou surubim, possui corpo alongado, roliço e revestido de couro com numerosas pintas inclusive nas nadadeiras, cabeça grande e achatada, coloração acinzentada no dorso, ventre esbranquiçado, faixas verticais alongadas e freqüentemente unidas umas às outras. Outro peixe que também se encontra no Pantanal é o Leporinus macrocephalus, uma espécie pertencente à família Anostomidae. Estes peixes, popularmente conhecidos por piau ou piavuçu, são herbívoros, porém podem consumir outros alimentos, como caramujos e caranguejos.
A flora do Pantanal também é surpreendentemente rica e diversificada. Estima-se a existência de cerca de 1800 espécies de plantas, sendo que cerca de 250 são aquáticas. Algumas flutuam ao sabor das correntes, outras são fixas. Algumas vivem sobre outras plantas e outras são submersas. É impossível falar de plantas aquáticas do Pantanal sem citar o aguapé (Eichornia crassipes). É uma planta herbácea, aquática, perene. Reproduz-se sexuadamente ou por multiplicação vegetativa Em águas fluviais e lacustres mais quentes, é grande o seu desenvolvimento vegetativo, chegando a povoar uma extensa superfície livre em poucos dias. Purificando a água, o aguapé contribui para a sua reoxigenação.
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Espécie endêmica do Brasil. A Jacucaca é uma ave galliforme da família Cracidae.
A jacucaca, endêmica da Caatinga, é a maior espécie de cracídeo deste bioma, vivendo preferencialmente na Caatinga arbórea e nas matas secas. Ocorria em quase todos os Estados do Nordeste brasileiro e em Minas Gerais, aproximando-se da costa em alguns locais.
Ameaçada de extinção devido ao desmatamento e à caça indiscriminada.
Grande, possui cor canela bem escuro, com riscos brancos. Testa preta, com largas sobrancelhas brancas unidas na frente. Coberteiras alares (penas que cobrem as asas), escapulares (penas dos ombros) e penas do peito orladas de branco. É bastante terrícola e corre mostrando o dorso bronze-brilhante. Mede aproximadamente 73 centímetros de comprimento.
Nas caatingas, prefere as áreas mais úmidas e próximas dos rios, temporários ou não. Tolera algum tipo de perturbação em seu ambiente, mas é bastante sensível à caça.
Pode ser visto sozinho, aos pares ou em pequenos grupos, que se deslocam rapidamente pelo solo ou pelas árvores, fazendo grande barulho. Essas aves vocalizam principalmente de madrugada e ao crepúsculo, quando se reúnem para dormir.
Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.