A Gralha-do-campo, (Cyanocorax cristatellus) é uma ave Passeriformes da família Corvidae. Conhecida também como gralha-do-peito-branco, cancão-da-chapada (MA) e pega (Piauí). A denominação cristatellus é relativo à crista. C. cristatellus é o “corvo-azul-de-crista”.
Asas longas e cauda curta. Tem um característico topete frontal alongado. Plumagem azul-escura; parte interior do pescoço e garganta preta; barriga e ponta da cauda brancas. Alcança até 35 centímetros de comprimento.
Assim como outras gralhas brasileiras apresenta a parte inferior branca e a superior negra e azul. Pode ser confundida com a gralha-picaça (Cyanocorax chrysops), mas enquanto a última apresenta uma crista mais alta na nuca, íris amarela e uma região azul ao redor dos olhos, a gralha-do-campo apresenta um topete mais alto na região próxima ao bico, a íris vermelha e a cabeça inteiramente negra.
Vive em bandos e voa alternando o ritmo das batidas com vôos planados. Arborícola, locomove-se facilmente entre os galhos fechados de uma árvore, dando pulos e fazendo vôos curtos.
A gralha-do-campo, também conhecida como gralha-de-topete, é uma das nossas gralhas mais barulhentas. Como se não bastasse o barulho que uma gralha faz sozinha elas vivem em grupos de 4 a 8 indivíduos. Os bandos costumam ter um território e normalmente percorrem um mesmo trajeto todos os dias, tornando previsíveis seus horários de visita a certos locais em alguns casos. São encontradas em vários locais, mas raramente descem ao solo. Passam a maior parte do tempo em árvores altas, até mesmo de espécies introduzidas como o eucalípto e pinheiros.
Registro feito em Neves Paulista-SP e Sacramento-MG
O Urubuzinho (Chelidoptera tenebrosa) é um Galbuliformes da família Bucconidae. É conhecido também como Andorinha-do-mato, Miolinho, Taterá na Amazônia, Andorinha-cavadeira no ES, (nome indígena) Taperaí no MT.
Mede cerca de 16 cm de comprimento. Bico curto, fino, curvo e preto; plumagem que vai do negro ao cinzento-escuro. Com uropígio e coberteiras inferiores das asas brancas, abdome amarelo ferrugíneo; pálpebra inferior branca contrastando com a face escura. Asas desproporcionalmente longas e largas, em vôo mantém as pontas abertas como fazem os urubus e gaviões, cauda bem curta.
É localmente comum em bordas de florestas de terra firme e de várzea, capoeiras abertas, margens de rios e rodovias em regiões florestadas. Vive solitário, aos pares ou, mais freqüentemente, em grupos de 3 a 6 indivíduos. Pousa desde o chão até o topo de árvores altas na borda da floresta, fios e postes ao longo de estradas. É excelente planador, voa a longas distâncias ativamente por cima da floresta e desce a pique das copas até o solo; tem potência de vôo suficiente para atacar andorinhas e gaviões que passam voando, sendo o Bucconidae mais adaptado à vida em locais pouco fechados e expostos ao sol. Devido à sua capacidade de levar a asa à frente é capaz de verdadeiras acrobacias.
Registro feito em Onda Verde-SP
O udu-de-coroa-azul (Momotus momota) é uma ave Coraciiformes da família Momotidae. Também conhecido como udu, juruva e duro-duro. A subespécie Momotus momota marcgraviana, do nordeste, está cada vez mais rara devido à redução de seu habitat, a Mata Atlântica..
O udu-de-coroa-azul pode medir entre 41 e 46 cm. A subespécie M. m. momota pesa 145 gramas. As partes superiores da ave são verdes, tornando-se azuis na cauda inferior, e as partes de baixo são verdes ou possuem coloração ferruginosa, dependendo da subespécie. A cabeça possui uma coroa negra, circundada por uma faixa roxa e azul. Há uma máscara negra e a nuca do animal é castanha. A cauda é longa, com as penas centrais mais compridas do que o corpo e com as demais menores e escalonadas. Na ponta das penas centrais aparecem duas raquetes, onde as franjas laterais da pena foram perdidas e restou somente a ponta. Essa estrutura chama ainda mais a atenção quando a juruva movimenta a cauda lateralmente, em especial quando sente-se observada. Ela origina-se da perda, natural, das estruturas laterais da pena após sua formação.
Manifestações sonoras: O canto é semelhante ao de uma coruja, emitido mais freqüentemente no clarear e escurecer, embora possa ser escutado a qualquer hora do dia e da noite. Começa com um chamado curto, grave, acelerado (entendido como udu ou duro). Quando outra juruva responde, aceleram o canto e aumentam o número de “udus” (a interpretação onomatopéica do canto passa a ser juruva).
Registro feito em Onda Verde-SP
O Encontro (Icterus pyrrhopterus) é uma ave Passeriformes da família Icteridae. Conhecido também como primavera, inhapim (Pantanal), encontro (Rio Grande do Sul), melro, merro e soldadinho (Paraná e São Paulo), pega, soldado, maria-pretinha, gorricho, guacho (algumas localidades de Goiás), rouxinol-da-amazônia e xexéu-de-banana e alguns o chamam também de xexéu-soldado.
O corpo longilíneo, terminado por uma longa cauda, produz uma silhueta característica, ainda mais sublinhada pelo bico fino. Sobre as asas, no encontro (razão de um dos nomes comuns) apresenta uma área de penas diferenciadas: castanhas para subespécie valenciobuenoi(Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina) ou amarelas para a subespécietibialis (no Nordeste, do Maranhão até a Bahia, e Espírito Santo e Rio de Janeiro). Comum nos ambientes florestados, também utiliza-se de capões de cerradão e árvores ou arbustos isolados próximos à mata. Vive solitário, aos pares e, eventualmente, em bandos, às vezes junto a bandos mistos. Nas manhãs frias, gosta de pousar em galhos expostos para tomar sol nas primeiras horas do dia.
Informações de Fernando Straube esta espécie pode ser classificada de acordo com a coloração:
"de acordo com a literatura, temos um problema justamente nessas áreas do sudeste-sul e que teria como características diagnósticas na cor do encontro: "valenciobuenoi"(amarelo), "pyrrhopterus" (castanho) e periporphyrus (marrom-amarelado)."
Registro feito em Onda Verde-SP
O Pica-pau-anão-escamado (Picumnus albosquamatus) é uma ave Piciformes da família Picidae. Conhecido também como pica-pau-de-garganta-preta.
O macho possui o alto da cabeça com penas vermelhas. Os membros de um casal costumam estar próximos, comunicando-se entre si através de assobios finos, longos, muito característicos e mais fáceis de detectar, depois de aprendidos, do que as aves. Além desse chamado, como os outros pica-paus também tamborilam nas árvores para demarcar território. Em um galho oco batem rapidamente uma sequência de pancadas com o bico. Esse som vai a grandes distâncias, avisando os vizinhos da presença dos donos do território.
Registro feito em Neves Paulista-SP | 07/07/2013
A Sanã-carijó (Porzana albicollis), é uma ave Gruiformes da família Rallidae. Conhecida também como franguinho-d'água (Rio Grande do Sul) e saracura-sanã.
Mede cerca de 27 centímetros de comprimento. Partes superiores malhadas de negro, pernas pardacentas ou esverdeadas e bico sem vermelho algum. Comum em alagados, pântanos, lagos com gramíneas e campos de arroz.
Registro feito em Neves Paulista-SP
O Petrim (Synallaxis frontalis) é uma ave Passeriformes da família Furnariidae.
Destaca-se pelo marrom avermelhado do alto da cabeça, asas e cauda, fazendo contraste com o marrom oliváceo do corpo. Área ventral cinza clara. Entre o bico e o alto da cabeça avermelhado está outra marca registrada da espécie, a testa marrom oliváceo. Uma listra superciliar mais clara aparece em boas condições de luz, bem como os olhos amarelo alaranjados, circundados por algumas penas cinzas mais claras.
Vive em casais no meio dos arbustos dos cerrados, cerradões e matas secas. Aparece nas partes sempre secas da mata ciliar.
Sua voz é composta por duas notas, a segunda mais alta, sendo o canto repetido continuamente, em especial no começo da manhã.
Registro feito em Neves Paulista-SP
O Choró-boi (Taraba major) é uma ave Passeriformes da família Thamnophilidae. É uma espécie comum, que habita a vegetação densa do estrato baixo de capoeiras, clareiras e bordas de florestas com vegetação arbustiva, tanto em regiões úmidas quanto secas. Vive geralmente aos pares, pulando em meio a emaranhados de cipós e arbustos a uma altura de 1 a 5 m, o que o torna difícil de ser observado. Seus nomes comuns são os mais variados: piorim, choca, choca-boi, chororó-olho-de-fogo, cã-cã-de-fogo.
O macho é negro no dorso, em forte contraste com o branco da região ventral. Asas com faixas brancas notáveis e cauda com bolas brancas, também destacadas. Na fêmea, toda a plumagem negra é substituída por marrom avermelhada, sem haver o branco das asas e cauda. Nos dois sexos, destaca-se o vermelho intenso dos olhos da ave adulta.
No juvenil, os olhos são marrom escuro, embora a plumagem já seja do sexo correspondente ao sair do ninho. Mantém as penas da cabeça eriçadas quando ativas, em um topete característico. Mede cerca de 20 cm.
Registro feito em Neves Paulista-SP
O Garrinchão-de-barriga-vermelha (Cantorchilus leucotis) é uma ave Passeriformes da família Troglodytidae. Conhecido também como marido-é-dia e garrinchão-trovão. Recebia o nome científico de Thryothorus leucotis.
Mede cerca de 14,5 cm de comprimento. Varia de incomum a localmente comum na vegetação em beiras de rios, clareiras em regeneração e matas de galeria, sendo mais freqüente próximo a água, inclusive em manguezais. É difícil de observar.
Registro feito em Mirassol-SP
O Chorão (Sporophila leucoptera) é uma ave Passeriformes da família Thraupidae. Conhecido também como bico-vermelho (Espírito Santo), boiadeiro (Minas Gerais), cigarra-bico-vermelho, cigarra-rainha, patativa-chorona, chorona (São Paulo) ou apenas patativa (Sertão da Paraíba). Como todos os outros membros do gênero Sporophila, pode ser chamada de “papa-capim” acompanhada de algum outro adjetivo. Sporo é semente e, phila provem de phyllo que significa afinidade. seriam realmente os “que tem afinidade com sementes” ou “papa-capim”. O termo leucoptera significa “asa-branca” onde, leucos é branco e, pteros é asa.
Mede cerca de 12,5 centímetros de comprimento. O macho é cinza nas partes superiores e branco nas inferiores e a fêmea é marrom-olivácea nas partes superiores e bege-amarronzada nas inferiores; os jovens são pardos. A parte característica do canto é um assovio melancólico ascendente, repetido sem pressa. É espécie comum, que habita áreas de gramíneas com arbustos e emaranhados de vegetação, quase sempre próximo à água, em áreas pantanosas e margens de rios e lagos. Vive solitária ou em pares espalhados e raramente se associa a outras espécies.
Registro feito em Mirassol-SP
Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.