O Bico-assovelado (Ramphocaenus melanurus) é uma ave Passeriformes da família Polioptilidae. Conhecido também como garrincha-do-mato-virgem (Minas Gerais), ma-träbinó (nome indígena - Mato Grosso) e balança-rabo-de-bico-longo.
Seu nome científico significa: do (grego) rhamphos = bico; e kainos = estranho; e do (grego) melas = preto; e oura = cauda. ⇒ (Ave com) bico estranho e cauda preta.
Mede cerca de 13 centímetros de comprimento e pesa 9 gramas.
Pula entre os emaranhados de vegetação em busca de insetos. Às vezes participa de bandos mistos de insetívoros.
Varia de incomum a localmente comum no sub-bosque de florestas úmidas e capoeiras, emaranhados de cipós e taquarais nas bordas e arbustos em clareiras. Vive solitário, aos pares ou em pequenos grupos familiares.
A Choquinha-cinzenta (Myrmotherula unicolor) é uma ave Passeriformes da família Thamnophilidae.
Seu nome significa: do (grego) murmos = formiga; e -thëras = caçador; myrmotherula = diminutivo de myrmothera = pequeno caçador de formigas, formigueiro pequeno; e do (latim) uni = um, único; e color = cor. ⇒ Pequeno caçador de formigas com cor únicaou pequeno formigueiro de uma só cor.
Mede 10 cm de comprimento. O macho é uniformemente cinza, tendo a garganta manchada de preto e a fêmea é uniformemente ruiva com a garganta manchada de branco.
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A corujinha-sapo (Megascops atricapilla) é uma ave Strigiformes da família Strigidae.
Seu nome científico significa: do (grego) megas = grande, e de scops = gênero Scops(Brünnich, 1772), coruja - referência a um gênero de corujas do Velho Mundo geralmente orelhudas; e do (latim) atricapillus = de cabelos negros; ater = preto; e de capillus, caput= cabelo da cabeça, cabeça. ⇒ Grande coruja Scops (que tem) o cabelo da cabeça preto ou Grande coruja Scops de cabelo preto.
Mede entre 23 e 24 centímetros de comprimento e pesa entre 115 e 140 gramas. Espécie similar à corujinha-do-mato, mas com os penachos maiores e uma distinta área negra na nuca e no alto da cabeça. A cor da íris varia do amarelo ao laranja e marrom. Apresenta uma fase de plumagem escura com olho marrom, outra ruiva e também uma terceira, cinzenta, estas últimas com a íris amarelada.
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O Cabeça-seca (Mycteria americana) é uma ave Ciconiiformes da família Ciconiidae. Conhecido também como passarão, cabeça-de-pedra (Mato Grosso), jaburu-moleque, trepa-moleque (Mato Grosso), João-grande (Rio Grande do Sul) e padre. Era uma das aves aquáticas mais comuns da Amazônia, mas teve seu número reduzido devido à caça.
Seu nome significa: do (grego) muktër, mukterizö = focinho, nariz, bico; e do (latim)americana = referente ao continente americano, américa. ⇒ Pássaro americano com focinho.
Mede entre 86 e 100 cm de comprimento e pesa em torno de 2,8 kg.Quando sobrevoa muito alto uma área, pode ser confundido com o Maguari. Diferente dos adultos, os juvenis possuem a cabeça e pescoço emplumados e o bico mais claro.
Habita manguezais, pantanais e alagados permeados de florestas. Pousa no chão ou no alto de árvores e plana a grandes alturas sem muito esforço. Vive em grupos. Os jovens da espécie associam-se em bandos distintos, vivendo à parte dos casais.
Registro feito em Tavares-RS
O Chimango (Milvago chimango) é uma ave Falconiformes da família Falconidae. Também conhecido como caracará, caracaraí, chima-chima, chimango-carrapateiro, chimango-do-campo e gavião-chimango.
Seu nome significa: do (latim) milvus = falcão; e -ago = anterior, semelhante; echimachima = onomatopeia argentina para o som emitido pelo caracará; Chimángo do (Azara (1802-1805)) (Milvago). ⇒ Falcão semelhante ao caracará.
Tem 38 centímetros, é totalmente pardo com a cabeça e partes inferiores providas de desenho claro. As penas superiores da cauda e algumas áreas das asas são brancas.
As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos, pesando cerca de 300 gramas. O peso dos machos é ligeiramente abaixo: 290 gramas. Seu tamanho varia de 37 a 43 cm.
Machos adultos possuem tarsos amarelos, enquanto fêmeas e jovens, tarsos azulados. Segundo Sarasola (2011), os tarsos nus de 81 (Milvago chimango) capturados no centro da Argentina entre 2005 e 2008 eram de coloração amarela ou azul-rosada. As diferenças na cor não foram relacionados com os níveis de carotenóides no plasma e não variou sazonalmente. Pelo contrário, a expressão das duas cores foi afetada pelo gênero e idade dos indivíduos. Tarsos de cor amarela foram registrados apenas em adultos do sexo masculino, enquanto as do sexo feminino ou de jovens apresentaram-se na cor azulada.
Têm coloração ocrácea e creme, uma mancha clara em cada asa, e lado ventral bruno-amarelado com estrias longitudinais escuras.
Diferencia-se dos seus “parentes”, o Carrapateiro (Milvago chimachima), pois suas penas são marrons com as franjas mais claras. A parte inferior das asas são de tonalidade castanha, com manchas escuras.
Registro feito na praia do Farol Tavares-RS
A Caturrita (Myiopsitta monachus), também conhecida como catorra ou cocota, é uma ave Psittaciformes da família Psittacidae. A caturrita é nativa das regiões subtropical e temperada da América do Sul. São encontradas no pantanal(população bastante numerosa) nos pampas à leste dos Andes na Bolívia, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil até a região da Patagônia na Argentina. A caturrita também é conhecida no Brasil por catorra, cocota, periquito barroso, papo branco e outros nomes, dependendo da região.
Seu nome significa: do (grego) mus, muos = camundongo, ratinho; e do (latim) psitta = periquito, papagaio; e do (latim) monakhos = monge; monos = solitário. ⇒ periquito monge com a cor de camundongo. Periquito do peito cinzento de Latham (1783) (Myiopsitta).
Não considerada como sendo ameaçada, embora o comércio local e internacional afete suas populações naturais.
As caturritas têm penas verdes no dorso, que contrastam com a barriga, peito, garganta e testa acinzentados. O bico é pequeno e alaranjado. No peito, a plumagem é escamada e nas asas e cauda possuem penas longas azuladas. As caturritas adultas têm 28 a 33 cm de comprimento total.
No sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai, a caturrita é considerada praga em zonas de cultivo de milho e sorgo e em pomares. Com o desaparecimento das matas onde viviam, as caturritas começaram a procurar alimento nas culturas que hoje ocupam seu habitat natural. Com alimento fácil e a extinção progressiva de seus predadores, como o gavião, a população da espécie aumentou facilmente.
Registro feito em Mostardas-RS
A Guaracava-cinzenta (Myiopagis caniceps) é uma ave Passeriformes da família Tyrannidae.
Seu nome significa: do (grego) muia = mosca; e de pagis, pagë = armadilha, cilada; e do (latim) canus = cinza; e -ceps = cabeça, parte de cima da cabeça. ⇒ Armadilha para moscas de cabeça cinza.
Ainda mais discreta do que as espécies do gênero Elaenia, é um pouco menor do que o Chibum ( E. chiriquensis). O formato geral do corpo lembra essa espécie, tendo as cores mais contrastadas. Uma área clara começa no bico e estende-se até acima dos olhos. Nas asas, três faixas claras, com as penas longas das asas de borda da mesma cor. A cor dominante nas costas é olivácea; cabeça mais acinzentada. Embaixo das penas da cabeça há uma listra amarela, cuja observação é muito rara, por não eriçar o topete com frequência. Vive na copa e bordas das matas secas e matas ciliares mais extensas. Associa-se aos bandos mistos de insetívoros de copa, usando as galhadas abaixo da folhagem.
Registro feito em Fernandes Piheiro-PR na Floresta Nacional de Irati.
O Canário-do-mato (Myiothlypis flaveola) é uma ave da ordem Passeriformes, da família Parulidae. Também conhecido como pula-pula, pula-pula-amarelo.
Seu nome significa: do (grego) muia = mosca; e thlupis = pequeno pássaro não identificado. Em ornitologia thlipis significa rouxinol ou tentilhao; e do (latim) flaveolus, flavusamarelado, amarelo, da cor do ouro. ⇒ Pequeno pássaro amarelado.
Canta muito alto, lembrando um canário-belga, origem para um dos nomes comuns. O outro refere-se ao fato de quase não ficar parado. Responde a uma boa imitação de seu canto ou à gravação do mesmo. Aproxima-se para procurar a fonte emissora e chega a poucos centímetros, se a pessoa não se movimentar. É característico seu hábito de cantar com a cauda entreaberta e movimentá-la lateralmente para o lado inverso de onde está a cabeça. O amarelo intenso da plumagem (outra razão para o nome canário-do-mato e origem do nome da espécie – flaveolus = amarelado) chama a atenção, ainda mais com o contraste do oliváceo das costas. A listra superciliar amarela também é grande auxiliar na identificação, junto com as longas pernas amareladas ou alaranjadas. Bico negro, continuando-se com uma estreita listra escura que passa pelos olhos. Não há dimorfismo sexual.
Registro feito em Sacramento-MG no Parque Municipal da Gruta dos Palhares
O Tapaculo-de-colarinho (Melanopareia torquata) é uma ave Passeriformes da família Melanopareiidae.
Seu nome significa: do (grego) melas, melanus = preto; e parëion = bochecha; etorquata, torquatus, torques = com colarinho, com colar, colar. ⇒ Pássaro com colar e bochecha preta.
Possui cerca de 14 cm de comprimento e 15,8 g de peso. Pode ser facilmente identificado pelo seu colar negro que atravessa a região da garganta e pela sobrancelha branca logo acima de uma larga faixa negra sobre os olhos que se estende da base do bico até a nuca, a parte inferior é branco-amarelada e a costas ferrugíneas. Possui ainda uma mancha ferrugínea mais avermelhada na nuca que se estende até o colar negro nos lados do pescoço. É uma ave de difícil visualização por permanecer a maior parte do tempo muito próxima do solo.
Registro feito na Serra da Canastra - Sacramento-MG
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O udu-de-coroa-azul (Momotus momota) é uma ave Coraciiformes da família Momotidae. Também conhecido como udu, juruva e duro-duro. A subespécie Momotus momota marcgraviana, do nordeste, está cada vez mais rara devido à redução de seu habitat, a Mata Atlântica..
O udu-de-coroa-azul pode medir entre 41 e 46 cm. A subespécie M. m. momota pesa 145 gramas. As partes superiores da ave são verdes, tornando-se azuis na cauda inferior, e as partes de baixo são verdes ou possuem coloração ferruginosa, dependendo da subespécie. A cabeça possui uma coroa negra, circundada por uma faixa roxa e azul. Há uma máscara negra e a nuca do animal é castanha. A cauda é longa, com as penas centrais mais compridas do que o corpo e com as demais menores e escalonadas. Na ponta das penas centrais aparecem duas raquetes, onde as franjas laterais da pena foram perdidas e restou somente a ponta. Essa estrutura chama ainda mais a atenção quando a juruva movimenta a cauda lateralmente, em especial quando sente-se observada. Ela origina-se da perda, natural, das estruturas laterais da pena após sua formação.
Manifestações sonoras: O canto é semelhante ao de uma coruja, emitido mais freqüentemente no clarear e escurecer, embora possa ser escutado a qualquer hora do dia e da noite. Começa com um chamado curto, grave, acelerado (entendido como udu ou duro). Quando outra juruva responde, aceleram o canto e aumentam o número de “udus” (a interpretação onomatopéica do canto passa a ser juruva).
Registro feito em Onda Verde-SP
Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.