O Trinta-réis-boreal (Sterna hirundo) é um Charadriiformes da família Sternidae.
Seu nome significa: do (inglês) stern, stearn ou starn = nome inglês específico para a andorinha do mar; e do (latim) hirundo = andorinha. ⇒ Andorinha do Mar.
Mede de 33 a 38 cm de comprimento. Pesa em média 136 g e possui uma envergadura de asas de 79 cm. O adulto reprodutor apresenta coloração cinzenta pálida na parte superior do corpo e branco na região ventral. Possui uma mancha preta (boné) na cabeça que em plumagem nupcial se estende da testa até a nuca. O bico estreito e pontudo é vermelho com a extremidade negra ou completamente preto, dependendo da subespécie. A cauda é branca e bifurcada e o lado inferior das asas apresenta um bordo preto ao longo das primárias. As patas são curtas e com uma coloração vermelho escuro.
Espécie migrante do hemisfério norte, presente no Brasil apenas como visitante. Penetra no interior do País subindo grandes rios como o Araguaia, Tocantins e São Francisco. Acompanha também o litoral até o Rio Grande do Sul, onde é encontrado em grandes números na Lagoa do Peixe.
Registro feito em Tavares-RS
O Chimango (Milvago chimango) é uma ave Falconiformes da família Falconidae. Também conhecido como caracará, caracaraí, chima-chima, chimango-carrapateiro, chimango-do-campo e gavião-chimango.
Seu nome significa: do (latim) milvus = falcão; e -ago = anterior, semelhante; echimachima = onomatopeia argentina para o som emitido pelo caracará; Chimángo do (Azara (1802-1805)) (Milvago). ⇒ Falcão semelhante ao caracará.
Tem 38 centímetros, é totalmente pardo com a cabeça e partes inferiores providas de desenho claro. As penas superiores da cauda e algumas áreas das asas são brancas.
As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos, pesando cerca de 300 gramas. O peso dos machos é ligeiramente abaixo: 290 gramas. Seu tamanho varia de 37 a 43 cm.
Machos adultos possuem tarsos amarelos, enquanto fêmeas e jovens, tarsos azulados. Segundo Sarasola (2011), os tarsos nus de 81 (Milvago chimango) capturados no centro da Argentina entre 2005 e 2008 eram de coloração amarela ou azul-rosada. As diferenças na cor não foram relacionados com os níveis de carotenóides no plasma e não variou sazonalmente. Pelo contrário, a expressão das duas cores foi afetada pelo gênero e idade dos indivíduos. Tarsos de cor amarela foram registrados apenas em adultos do sexo masculino, enquanto as do sexo feminino ou de jovens apresentaram-se na cor azulada.
Têm coloração ocrácea e creme, uma mancha clara em cada asa, e lado ventral bruno-amarelado com estrias longitudinais escuras.
Diferencia-se dos seus “parentes”, o Carrapateiro (Milvago chimachima), pois suas penas são marrons com as franjas mais claras. A parte inferior das asas são de tonalidade castanha, com manchas escuras.
Registro feito na praia do Farol Tavares-RS
O Maçarico-grande-de-perna-amarela (Tringa melanoleuca) é uma ave Charadriiformes da família Scolopacidae.
Seu nome significa: do (grego) trungas = pássaro branco que sacode a cauda mencionado por Aristóteles sem ser completamente identificado, mas tomado por autores posteriores como sendo um maçarico ou alvéola; e do (grego) melas = preto; e leukos = branco. ⇒Maçarico branco e preto.
Os adultos têm pernas longas e amarelas e um bico fino, longo e escuro ligeiramente recurvado para cima e cujo comprimento é maior que a cabeça. A plumagem é preta e branca e muito malhada (inverno). Vive às margens de lagos e pântanos costeiros.
Uma maneira de diferenciá-lo do Maçarico-de-perna-amarela (Tringa flavipes) é através do seu porte maior e do seu bico mais longo e levemente curvado para cima.
Registro feito em Mostardas-RS
A Caturrita (Myiopsitta monachus), também conhecida como catorra ou cocota, é uma ave Psittaciformes da família Psittacidae. A caturrita é nativa das regiões subtropical e temperada da América do Sul. São encontradas no pantanal(população bastante numerosa) nos pampas à leste dos Andes na Bolívia, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil até a região da Patagônia na Argentina. A caturrita também é conhecida no Brasil por catorra, cocota, periquito barroso, papo branco e outros nomes, dependendo da região.
Seu nome significa: do (grego) mus, muos = camundongo, ratinho; e do (latim) psitta = periquito, papagaio; e do (latim) monakhos = monge; monos = solitário. ⇒ periquito monge com a cor de camundongo. Periquito do peito cinzento de Latham (1783) (Myiopsitta).
Não considerada como sendo ameaçada, embora o comércio local e internacional afete suas populações naturais.
As caturritas têm penas verdes no dorso, que contrastam com a barriga, peito, garganta e testa acinzentados. O bico é pequeno e alaranjado. No peito, a plumagem é escamada e nas asas e cauda possuem penas longas azuladas. As caturritas adultas têm 28 a 33 cm de comprimento total.
No sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai, a caturrita é considerada praga em zonas de cultivo de milho e sorgo e em pomares. Com o desaparecimento das matas onde viviam, as caturritas começaram a procurar alimento nas culturas que hoje ocupam seu habitat natural. Com alimento fácil e a extinção progressiva de seus predadores, como o gavião, a população da espécie aumentou facilmente.
Registro feito em Mostardas-RS
O Japacanim (Donacobius atricapilla) é uma ave Passeriformes da família Donacobiidae. Também conhecido como batuquira ou assobia-cachorro (Minas Gerais).
Seu nome significa: do (grego) donax = junco, cana; e bios = habitação, morador, aquele que habita; e do (latim) ater = preto, preto fosco; e capilla, capillus = cabelo da cabeça. -Ave com cabeça preta que habita o junco.
É uma ave paludícola, ou seja, está sempre associada a ambientes aquáticos. Possui a cauda longa e graduada, tendo as asas curtas e redondas. A cabeça, dorso e asas são pretas. O peito e ventre são amarelos, inclusive a íris. O bico e pernas são negros. Possui uma nódoa amarela no pescoço. Quando jovem o japacanim tem a íris parda em vez de amarela e não possui a nódoa amarela no pescoço.
Emite gritos fortíssimos e bem variados: “schrra-tschrra”. “krä-krä”, “bíäk-buík, bíä-buík”, tzä-tzä-tzä…”, “tü-tü-tü…”, “gui-gui-gui”,…
Registro feito em Londrina-PR
O Arapaçu-escamado-do-sul (Lepidocolaptes falcinellus) é uma ave Passeriformes da família Dendrocolaptidae. Também é conhecido pelo nome de trepadeira (Sul do Brasil).
Seu nome significa: do (grego) lepis, lepidos = com escala, com marcações, com escamas; e kolaptës = bicador, pica-pau; e do (latim) falcinellus = diminutivo de falx, falcis = foice. ⇒ Ave bicadora escamada com formato de pequena foice ou pica-pau escamado falciforme.
Mede 19 cm de comprimento. Coloração marrom-ferrugíneo no dorso e asas, cabeça e ventre barrados de marrom com branco e garganta esbranquiçada. Ponta da cauda endurecida e envergada para dentro.
Tem o alto da cabeça e nuca escuro a negro, com pintas branco sujo, que vão se transformando em listras até o alto das costas. Sendo que, as listras da cabeça e partes inferiores são de branco sujo a cor de couro.
Registro feito em Curitiba-PR no Parque Iguaçu
O Arapaçu-liso (Dendrocincla turdina) é uma ave Passeriformes da família Dendrocolaptidae.
Seu nome significa: do (grego) dendron = árvore; e do (latim) cinclus = tordo, sabiá; esta palavra tem origem no (grego) kinklos = pássaro não identificado; e do (latim)turdinus, turdina, turdus = como um tordo, como um sabiá. ⇒ (Ave das) árvores, não identificada parecida com um tordo ou (pássaro) das árvores, não identificado parecido com um sabiá.
No passado era considerado conspecífico com o arapaçu-pardo (Dendrocincla fuliginosa), que ocorre na Amazônia.
Mede de 19 a 21 cm. É um arapaçu de tamanho médio, com bico curto. Ao contrário de muitos arapaçus, a plumagem do corpo é basicamente uniforme cor marrom-oliváceo, sem estrias claras ou pintinhas. A cauda possui tom ferrugem suave. As fêmeas costumam ser menores que os machos.
Registro feito em Morretes-PR
A juriti-pupu (Leptotila verreauxi) é uma ave Columbiformes da família Columbidae. Conhecida também como pu-pú (Rio Grande do Sul).
Seu nome significa: Leptotila do (grego) leptos = esbelto, delgado, fino, magro; e ptilon= plumagem (ref. formato das remiges primárias esternas do gênero); e de verreauxihomenagem aos naturalistas e coletores de espécies franceses Edouard Verreaux (1810-1868) e Jules Pierre Verreaux (1808-1873). ⇒ (Ave com) plumagem esbelta de Verreaux.
Tem 29 centímetros e pesa entre 160 e 215 gramas. Sua plumagem é marrom, com peito claro, cabeça cinzenta com alguns reflexos metálicos na nuca e alto dorso. Possui ainda, uma coloração azulada ao redor dos olhos.
Muito arisca, logo voa e se esconde, sendo que na maioria das vezes notamos sua presença pelo canto característico que é melancólico e repetitivo: “pu… puuu”, de onde seu outro nome juriti-pupu.
Registro no Parque Iguaçu, Curitiba-PR
O Azulão (Cyanoloxia brissonii) é uma ave Passeriformes da família Cardinalidae. Também é conhecida pelos nomes de azulão-bicudo, azulão-do-nordeste, azulão-do-sul, azulão-verdadeiro, guarundi-azul, gurandi-azul, gurundi-azul e tiatã.
Seu nome significa: do (grego) kuanos = azul escuro; e loxia = bico cruzado, tentilhão de bico forte; e de brissonii. brissonia = homenagem ao ornitólogo francês, Mathurin Jacques Brisson (1723-1806). ⇒ (Pássaro) azul escuro com bico forte de Brisson. Em ornitologia, loxia é usado para uma ampla variedade de “tentilhões” com bico forte ou aves parecidas com “tentilhões”.
Existem cinco subespécies de azulão, sendo três no Brasil:
Cyanoloxia brissonii brissonnii: Ocorre na região Nordeste, do Piauí ao sul da Bahia e no norte de Minas Gerais. De coloração azul claro.
Cyanoloxia brissonii sterea: Subespécie existente no sul e sudeste do Brasil, do sul de Minas Gerais e Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, Uruguai e nordeste da Argentina . Nessas regiões é conhecido por azulão e azulão do Paraná. É um pouco menor e sua cor é um azul mais escuro que a forma nominal.
Cyanoloxia brissonii argentina : No extremo oeste do Mato Grosso, no leste da Bolívia, no norte da Argentina e na região do Chaco no Paraguai. Esta subespécie é a de maior tamanho entre todas e também de um azul escuro, como a anterior. Difere, ainda, da forma nominal, por possuir, na face, uma faixa de cor cobalto prateado que se estende da sobrancelha à nuca.
Cyanoloxia brissonii caucae: Chapman, 1912 - Sudoeste da Colômbia. Difere da forma nominal por ser menor e ter uma tonalidade de azul nas costas mais brilhante.
Cyanoloxia brissonii minor Cabanis, 1861 - Montanhas do norte da Venezuela. Difere da forma nominal por ter o uropígio de uma cor azul mais brilhante.
As populações do Sul do Brasil, possuem tamanho corporal mais avantajado, quando comparado com as do Nordeste.
É encontrada na beira de pântanos, matas secundárias e plantações. Esta ave é territorialista. Não é possível vê-la em bando. Se existe um casal em certa localização, só será possível encontrar outro casal em uma certa distância.
Registro em Antonina-PR
A Marreca-pé-na-bunda (Oxyura vittata) é uma ave Anseriformes da família Anatidae.
Seu nome significa: do (grego) oxus = com ponta, pontuda; e oura = cauda; e do (latim)vittatus, vittata, vitta = listrado, com faixas, banda. ⇒ Ave com faixa e cauda pontuda.
A marreca-pé-na-bunda é uma ave pequena, medindo aproximadamente 40 centímetros de comprimento e pesando cerca de 640 gramas. Apresentam dimorfismo sexual: o macho possui a cabeça negra, plumagem do corpo castanho-avermelhada e bico azul; a fêmea possui plumagem do corpo castanho-escura, pescoço branco, coroa e faixa os lados da cabeça negras.
Registro no Parque Iguaçu, Curitiba-PR
Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.