O final de semana foi marcado por novos registros e tamém conhecer o novo amigo do Wikiaves Luciano Coelho.
Na sexta-feira com a companhia do Luciano Coelho depois de alguns dias de visita ao Jardim Botânico fizemos o registro do Jacuaçu (Penelope obscura), foi uma grande emoção estar tão perto desta espécie.
No sábado o Luciano Coelho foi conhecer o Parque Iguaçu, o dia estava cinzento e com muita neblina, ao avistarmos uma Garcinha-branca (Egretta thula ), três Chopim-do-brejo (Pseudoleistes guirahuro), saíram voando do meio do mato, rapidinho pegamos nossos equipamentos e corremos atraz deles, foi uma emoção pois me atraquei no brejo atolando até os pés na lama. Ainda fiz novos registros do Curutié (Certhiaxis cinnamomeus), e também do Biguá (Phalacrocorax brasilianus ). Ainda na parte da tarde quando fui pegar o Luciano, tivemos a grata alegria de na frente da casa dele uma alma-de-gato (Piaya cayana) muito chegadinha pulava nos galhos da cerejeira que iniciava sua floração com chegada do inverno.
Domingo saímos eu e o Luciano em direção ao Parque Passaúna ( foto do urubu na chaminé da Olaria desativada ), foi uma certa decepção pois observamos poucas espécies, o dia estava cinzento e com muita neblina, voltaremos lá mais perto da Primavera. Não contente com nossa saída da manhã, resolvemos dar uma passada no Parque Iguaçu, lá registramos a Marreca-cricri (Anas versicolor), e também observamos os espertinhos Garibaldi (Chrysomus ruficapillus).
Hoje, segunda-feira, os Garibaldi (Chrysomus ruficapillus) não saiam da minha cabeça então fui ao Iguaçu e registrei os bichos. Eles tem um comportamento muito interessante. Estavam em um bando de uns 20 indivíduos que ficavam escondidos nos aguapés e somente um ficava de guarda eespiando para ver se não tem nada de errado, quando certificam que está tudo certo, o bando inteiro voa para outro local !!!
Postado por Roberto Cirino
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A Marreca-cricri (Anas versicolor). É uma ave Anseriformes da Família Anatidae. Também são chamadas de pato-argentino e quiri-quiri.
Apresenta plumagem castanha, carijó, com capuz negro, flancos estriados de alvinegro e bico azul com base amarela. Chegam a medir 40 centímetros.
Registro feito no Parque Iguaçu
O Chopim-do-brejo (Pseudoleistes guirahuro) é uma ave Passeriformes da família Icteridae. Também conhecida por pássaro-preto-do-brejo, dragão-do-brejo, melro-amarelo, melro d’angola, melro mineiro, melro-pintado-do-brejo ou mesmo pássaro-preto-soldado..
É uma ave de canto melodioso, que é um assobiar forte. Dragona, uropígio, barriga e lado inferior das asas amarelos, bico preto e pontiagudo, tornam fácil sua identificação. Possui o olho anegrado. Espécie do Brasil central e meridional com cerca de 24cm e 70g.
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O Jacuaçu (Penelope obscura), Também conhecida como jacuguaçú. O desmatamento e a caça indiscriminada reduziram drasticamente essa espécie.. É uma ave Galliformes da Família Cracidae.
Espécie meridional de tamanho avantajado, medindo 73 centimetros e pesando 1.200 quilogramas. Coloração verde-bronze bem escura; manto, pescoço e peito finalmente estriados de branco; pernas anegradas. O macho possui a íris vermelha, ao contrário da fêmea. Espécie grande e barulhenta. Notáveis pelo ruído esquisito e fortíssimo que produzem com as asas enquanto voam.
Registro feito no Jardom Botânico e também observado no Parque Barigui, Parque Iguaçu, Registrado em Campina Grande do Sul no Caminho do Imperador.
Estamos disponibilizando um novo WALLPAPER com a imagem de um Príncipe Jovem, ele se encontra nas seguintes configurações:
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Príncipe Verão
Foi no tempo em que os soldados ibéricos andavam ao encalço dos índios, como quem caça feras, durante a conquista da terra americana. Encuralados entre um rio e uma montanha intransponível, um grupo de índios guaranis defendia-se bravamente. Uns se jogavam no rio, outros morriam na luta. E um jovem cacique muito ferido, para não cair em mãos inimigas rasgou profundamente o próprio peito e de lá arrancou o coração sangrando, que se transformou em uma ave, chamada Príncipe Vermelho do Verão (Pyrocephalus rubinus).
O Curutié (Certhiaxis cinnamomeus) é uma ave Passeriforme da família Furnariidae. Conhecida por vários nomes populares, como: casaca-de-couro, curuira-do- brejo, corrucheba.
Geralmente o furnarídeo paludícola mais freqüente.As partes superiores pardo ferrugíneas, partes inferiores esbranquiçadas, mento com uma manchinha amarelo-sulfúrea que pouco se destaca à distancia. Mede cerca de 14 cm.
Duro “krip”; estrofe monótona, dura e descendente terminalmente, o casal canta em dueto.
Vive nas proximidades de ambientes aquáticos. Locomove-se no solo pulando quando está a procura de alimento.
Registro feito no Parque Iguaçu, também observado no Parque Barigui.
A Saracura-do-banhado (Pardirallus sanguinolentus), é uma ave Gruiformes da família Rallidae.
Mede 32 centímetros. Muito semelhante a saracura-sanã (Pardirallus nigricans), mas com a base da maxila superior azulada e a base da mandíbula vermelha. Tem as pernas castanho-avermelhadas ou marrons. Habita brejos e banhados extensos. Oculta-se de dia nos brejos e sai ao anoitecer para áreas abertas e campos de cultivo a fim de capturar minhocas, insetos e grãos.
Registro feito no Parque Iguaçu
O Arredio-oliváceo (Cranioleuca obsoleta) é uma ave Passeriformes da família Furnariidae. Muito irriqueto pulando rapidinho entre os galhos das árvores.
Mede 15 cm de comprimento. Apresenta apenas as coberteiras superiores das asas e a cauda ferrugíneas.Vivem em matas mesófilas, matas subtropicais e matas de araucária até 1000m de altitude, no estrato inferior. Nas matas de araucária, é vizinho do ameaçado Grimpeiro, mas não depende dessa árvore.
Registro feito na frente da casa do Luciano mas ele é encontrado em todos os lugares em Curitiba.
O Pica-pau-anão-carijó (Picumnus nebulosus), é um pica-pau muito pequeno, é uma ave da ordem dos Piciformes, pertencendo a família Picidae.
Mede 11 cm de comprimento. Suas marcas mais distintas são a cor branca das penas centrais da calda, as manchas brancas na cabeça e a fronte vermelha nos machos. É provavelmente a espécie de distribuição mais austral na América, atingindo o sul do Uruguai, além de incluir os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A 45° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Curitiba, realizada em 8 de junho de 2010 aprovou, por unanimidade, o projeto de lei de autoria da vereadora Renata Bueno, que designa o grimpeiro (Leptasthenura setaria) como ave-símbolo de Curitiba. Abaixo, algumas informações sobre esse belíssimo representante de nossa avifauna, agora transformado em ícone da capital paranaense.
O “grimpeiro”, também conhecido como “grimpeirinho”, é um pequeno pássaro aparentado ao joão-de-barro, ou seja, da família dos furnarídeos. O seu nome popular vem da sua íntima relação com as espinhentas folhas do pinheiro que, aqui no Paraná, são chamadas grimpas. Quem já fez sapecadas de pinhão, certamente já usou grimpas secas de pinheiro, para assá-los. É uma manifestação genuinamente paranaense, profundamente arrigada em nosso povo.
O complicado nome científico do pássaro – Leptasthenura setaria – logo fica mais fácil de falar e entender, desde que aprendamos as palavras que o compõem: “leptos” significa fino ou estreito; “stenos” é pontiagudo; “ura” é cauda. O primeiro nome está desvendado. Refere-se a um pássaro que tem a cauda fina e pontuda. Já “setaria”, refere-se ao pequeno penacho que tem na cabeça que, frequentemente arrepiado (sedoso), consiste de uma de suas características mais importantes.
O grimpeirinho vive apenas em uma pequena região onde também ocorre o nosso pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), árvore-símbolo de Curitiba. Sua área de ocorrência vai do centro-norte do Paraná até o norte do Rio Grande do Sul, bem como uma limitada parcela do nordeste da Argentina (Província de Misiones). Também pode ser encontrado em alguns pontos isolados do estado de São Paulo (Serra do Paranapiacaba), todos perto da divisa com Minas Gerais (Serra da Mantiqueira) e Rio de Janeiro (Serra da Bocaina). Desta forma, trata-se de um pássaro quase que exclusivo do planalto meridional brasileiro, onde pode ser encontrado em grandes quantidades, mas, somente onde existem pinheiros. Segundo o renomado ornitólogo Helmut Sick, há uma frase conhecida de todos: “onde não tem pinheiro, não tem grimpeiro!”.
De uma forma geral, prefere locais de clima frio e úmido, com quedas de temperatura à noite, neblina pela manhã e um belo céu azul ao meio-dia. Qual, então, a cidade mais apropriada para ele viver? Curitiba é a única capital brasileira que tem esse privilégio! Graças a isso, é também a única sede estadual do Brasil onde o pássaro pode ser encontrado com grande facilidade, inclusive em pinheiros isolados no centro da metrópole.
O grimpeirinho, como dito, gosta e precisa de lugares onde existam florestas de pinheiros. Entretanto, ele também vive nas cidades, desde que ali haja esse tipo de árvore, quer seja protegida nos quintais de algumas casas, quer seja como componente da arborização urbana. Basta um único pinheiro, às vezes bem defronte à janela de um edifício, e lá estará o passarinho, passando de ramo em ramo, cumprindo sua rotina diária na majestosa árvore.
Trata-se de um dos raríssimos casos, dentre todas as aves do Mundo, em que um pássaro depende quase que exclusivamente de uma única espécie de planta. O grimpeiro não somente aprecia as espinhentas ramagens do pinheiro, como dela é inteiramente dependente e também colabora com sua preservação. Ali encontra abrigo, alimentação e proteção para construir seu ninho. Em troca, pode realizar a polinização da árvore, contribuindo para a formação dos pinhões, elemento integrante na alimentação e do folclore paranaense.
É que o pequeno pássaro, em sua busca incessante por pequenos insetos e larvas, esbarra nas flores masculinas do pinheiro, ficando com a plumagem cheia de pólen. Ao voar para outra árvore do pinheiro realiza a polinização, transferindo esse pólen para as flores femininas. Dali o milagre da vida produz e faz crescer as pinhas, que contêm pinhões. Ao cair, após a maturação, essas sementes germinam e formam novas árvores. Fecha-se o ciclo vital dos pinheiros e do pequeno e laborioso pássaro.
O grimpeiro é, por várias razões, o pássaro que mais se aproxima do povo curitibano. Primeiro porque vive apenas nos pinheiros, a árvore mais importante da simbologia paranaense e que tem Curitiba como a capital brasileira onde pode ser encontrada em maiores números. Não à toa, essas árvores deram o nome indígena à cidade, ou seja, “terra de muitos pinheiros” e, também, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Não à toa, se trata da árvore-símbolo da cidade e que, por questão de máxima honra e coerência, orna o brasão de armas municipal. Qual pássaro seria mais adequado para simbolizar o povo curitibano?
Segundo porque é nesta cidade que qualquer observador poderá facilmente encontrá-la, justamente por termos aqui uma grande quantidade de pinheiros, que são protegidos pelo Poder Público e pelas próprias pessoas conscientes da necessidade de preservação da natureza.
Pouco visto pelas pessoas, o grimpeirinho não é daqueles pássaros multicoloridos que costumeiramente aparecem na mídia e que não condizem com o perfil típico do curitibano. Cumprindo sua função na natureza de maneira tímida mas zelosa e competente, o pássaro passa sua vida convivendo com o clima frio e percorrendo com agilidade as espículas do pinheiro. Ali alimenta-se dos insetos que encontra no meio das folhas e, além disso, colabora com a polinização da árvore, retribuindo a proteção que a majestosa planta lhe oferece.
Se muitos curitibanos não conhecem o pássaro, isso deve-se somente ao fato de que a população raramente é instruída para a observação dos mais genuínos integrantes de nossa natureza. Essa é uma razão importante para oficialização deste pássaro como símbolo da cidade, servindo – inclusive – como estímulo para que as pessoas passem a o olhar com mais atenção para os seus companheiros do dia-a-dia e, especialmente, como fonte inspiradora para múltiplas atividades de educação ambiental.
Vamos ajudar a divulgar esse símbolo e com isso, contribuir para o conhecimento de todos os elementos que compõem a natureza curitibana.
Texto:
Fernando Costa Straube
Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.