O Biguatinga (Anhinga anhinga), é uma ave da ordem Suliformes. da família Anhingidae. Ave aquática, conhecido também como carará (Amazônia), calmaria (Rio Grande do Sul), peru d'água, mergulhão-serpente, anhinga, arará, meuá, miuá e muiá.
Características
Apresenta um comprimento 88 centímetros, chegando a 120 centímetros de envergadura nas asas e um peso em torno de 1,2 kilogramas.
Ave aquática, lembra o biguá, mas apresenta asas esbranquiçadas (em tupi, “biguatinga” significa “biguá branco”), cauda maior e mais larga, pescoço mais estreito e comprido, além de bico reto, em forma de punhal. A espécie apresenta dimorfismo sexual, sendo que a fêmea difere do macho pela cor creme no pescoço, peito e dorso.
Suas penas não são impermeáveis como as dos patos e não segregam óleo que mantenha a água à distância. Em consequência, as penas podem armazenar quantidades de água que provocam a má flutuação do animal. Esta característica é no entanto uma vantagem, visto que permite um mergulho mais eficiente debaixo de água. Caça durante mergulhos em que fica totalmente submerso. Quando necessário, seca as penas abrindo as asas ao sol.
Registro feito no Parque Tingui
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O Quem-te-vestiu (Poospiza nigrorufa) é uma ave Passeriformes da família Thraupidae.
Mede 15 cm de comprimento.Espécie meridional ribeirinha, ocorre em áreas de mata ciliar e banhados no Sul. Freqüenta arbustos densos aos casais, voando entre essa vegetação com um ligeiro balançar da cauda. Seu nome popular é onomatopéico ( seu nome provém do som do canto emitido por ele).
Registro feito no Parque Iguaçu
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O Pia-cobra (Geothlypis aequinoctialis) é uma ave Passeriforme da família Parulidae. Também conhecido popularmente como canário-sapé, vira-folhas, caga-sebo, curió-do-brejo (Minas Gerais) e pia-cobra-do-sul.
O macho possui alto da cabeça cinza com uma máscara preta na região dos olhos. A fêmea tem as cores mais discretas e não possui a máscara preta. O pia-cobra possui aproximadamente 13,5 cm de comprimento e pesa 12 gramas.
Registro feito no Parque Iguaçu.
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O Pica-pau-anão-de-coleira (Picumnus temminckii), é um pica-pau muito pequeno, é uma ave da ordem dos Piciformes, pertencendo a família Picidae.Também conhecido como pica-pau-anão-de-pescoço-castanho.
Mede aproximadamente 9 centímetros. Apresenta uma região de coloração ocrácea na face e pescoço e tem a coloração geral castanha, especialmente nas partes superiores. O macho apresenta as manchas da testa vermelhas enquanto na fêmea estas são brancas. O macho imaturo, já próximo da maturidade, apresenta barras das partes inferiores quase definidas e a testa sem manchas brancas.
Seu canto é um trinado muito típico, lembrando um pouco o de alguns grilos.
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Sair da cidade muitas vezes traz grandes descobertas e estar perto das extensas florestas sempre proporcionou um contato mais próximo das aves que as habitam. Conforme temos relatado, nossos principais registros vem aqui mesmo da cidade, dos parques, tão ricos
Esse encontro anunciava o que iríamos encontrar mais adiante. Rumar de encontro ao litoral é estimular os sentidos, fazer da visão e da audição sentidos principais uma vez que rápidas olhadas pela janela denunciavam a presença dos nossos amigos alados a todo momento. Isso por si só era uma alegria. Já em Guaraqueçaba onde paramos em um acolhedor restaurante à beira do rio para almoçar, fizemos um registro promovido pelo olhar agudo do Roberto. Uma ave pousada serena no galho de uma árvore desfrutava dos últimos raios do sol, antes da tempestade que se anunciava. Mais que rapidamente, fizemos o registro e identificamos a ave como uma viúva. A sorte mais uma vez sorria para nós. Porém, a tempestade chegou com força e a chuva, intermitente. Parecia que o restante do trajeto seria mesmo sob chuva forte e isso se confirmou. Chegamos à chácara em baixo de chuva. Montamos o acampamento na casa-sede e ai ficamos, torcendo para que a chuva passasse e desse lugar ao tempo bom. Passou o tempo, chegou a noite e com ela nada de parar a chuva. Parecia mesmo que os céus tinham se aberto e resolvera chover o que não havia chovido em um mês. Restava somente esperar e acreditar na sabedoria do Kleber que conhecendo o clima local, afirmava que quanto mais chovesse naquele instante, melhor seria, pois no dia seguinte o sol apareceria. Acreditamos, jantamos, conversamos, rimos e depois disso, sobrou a escuridão da noite e o cansaço da viagem que bateu forte. Assim dormimos e sonhamos com o dia de sol que se faria a seguir. Veio a madrugada e a ansiedade fez com que acordássemos muito cedo, com os primeiros indícios de claridade.
A chuva do dia anterior, por milagre se fora deixando um tempo acinzentado... luz difícil de usar para fotografar. Os pássaros, esses sim acordaram com a aurora fazendo barulho, fazendo parecer que todos haviam se juntado em torno da casa só para atiçar nossa curiosidade. Nessa penumbra, ainda não era possível saber quem se apresentava, mas sabíamos que não eram poucos e que eram diversas espécies. Praticamente todas desconhecidas nossas. E o dia foi abrindo, abrindo e o sol apareceu, tal qual o Kleber havia previsto. O que víamos era puro encantamento. Uma imagem digna de uma National Geographic. A beleza das serras circundantes, do sol entrando em todos os cantos, da bruma que se abria, deixando o calor entrar e secar o que havia sido lavado com a chuva do dia anterior, das árvores da floresta de onde surgiam bandos de aves de todas as cores. Começamos nossos registros em um conjunto de flores nas quais os beija-flores disputavam territórios. Aí encontramos espécies que até então não havíamos ainda encontrado em Curitiba e outras que não conseguimos registrar. Em um pequeno espaço nunca vimos tanta vida pipocando. Outros bandos surgiam à todo momento... saíras-militares, tiês-galo, tiês-pretos, cambacicas, tirivas... todos com um colorido ímpar, comportamento amistoso, pois desfrutam da liberdade onde a mão do homem não os agride. Muitos registros foram obtidos aí e outros tantos ainda estão por fazer. Lamentavelmente, o tempo foi pouco e já estava na hora de retornar, mas sabemos que logo estaremos lá novamente para conhecer um pouco mais das aves daquele abençoado lugar, que temos a certeza, é um paraíso para os observadores de aves e amantes da natureza.
A Lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta) é uma ave Passeriformes da família Tyrannidae. também conhecida como lavadeira, noivinha, viuvinha (Zona da Mata MG), maria-branca, maria-lencinho, bertolinha ou pombinho-das-almas.
Seu nome científico significa: do (latim) fluvius, fluvii = rio; e do (tupy) nheengetá = pássaro sussurrando. ⇒ Pássaro ribeirinho que sussurra.
Mede Entre 14,5 e 15 centímetros de comprimento.
Sua coloração é principalmente branca contrastando com uma estreita faixa transocular preta que termina em uma leve curvatura para baixo logo após região auricular. A testa, coroa e nuca são brancas. O manto apresenta coloração clara levemente castanho-acinzentado. As asas apresentam coloração escura com tons castanho-acinzentado mais escuros que o manto. O uropígio e as penas supra-caudais são brancas. A cauda é preta e apresenta as porção distal com manchas brancas. A garganta, peito, ventre, crisso e infra-caudais são brancos.
O bico é curto fino e preto. Tarsos e pés são pretos. A íris também é preta.
Os jovens da espécie são similares aos adultos e apresentam uma leve comissura labial de coloração amarelo pálido.
Nome em Inglês - Masked Water-Tyrant
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O Carrapateiro (Milvago chimachima), é uma ave Falconiforme da Família Falconidae. É um dos gaviões mais conhecidos do Brasil. Também é conhecido pelos nomes de caracará-branco, caracaraí, caracaratinga, carapinhé, chimango, gavião-pinhé, papa-bicheira, pinhé, pinhém, chimango-branco e chimango-carrapateiro e chimango-do-campo. É encontrado em todo o Brasil.
Possui cerca de 40 centímetros de altura e 74 centímetros de envergadura, cabeça e corpo branco-amarelado, dorso marrom-escuro, listra pós ocular preta, asas longas com mancha branca perceptível quando em vôo. A cauda é longa com larga listra marrom escura na ponta. Alimenta-se principalmente dos parasitas de bovinos e equinos tais como carrapatos e bernes. Quando não encontra carrapatos, seu prato principal, se alimenta de lagartas e cupins, saqueia ninhos, se alimenta de carniça, frutas e outras opções.
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A Viuvinha (Colonia colonus) é uma ave Passeriforme da família Tyrannidae. Ocorre nas matas das Guianas e Equador até a Bolívia e Paraguai e, de forma local, no Brasil. Graciosa, com silhueta única, destacada pelas longas penas da cauda. É também conhecida como maria-viuvinha, viúva, viuvinha-tesoura e freirinha-da-serra (Minas Gerais).
O contraste entre o negro do corpo e o branco do alto da cabeça é exclusivo desta espécie. Quando voa, é possível ver a grande área branca nas costas, antes da cauda. As duas penas centrais da cauda são muito longas (chegam a 10cm nos machos) e destacam-se pelo comprimento e pelo alargamento nas pontas. As fêmeas possuem-nas menores, embora seja necessário observar o casal junto para ter certeza dos sexos.
Registro feito no Sítio do Kleber em Guaraqueçaba-PR
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O Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) é uma ave Passeriformes da família Thraupidae. Espécie endêmica do Brasil e ave símbolo da Mata Atlântica. Uma das mais espetaculares aves do mundo, também conhecido como sangue-de-boi, tiê-fogo e tapiranga. Reconhecida pela beleza de sua plumagem vermelha.
A plumagem do macho é de um vermelho-vivo, que lhe deu origem ao nome. Parte das asas e da cauda são pretas. A espécie apresenta dimorfismo sexual, sendo a plumagem da fêmea menos vistosa, de cor parda nas partes superiores e marrom-avermelhada nas inferiores. Pesa cerca de 31g e mede 19 cm de comprimento.
Registro feito em Guaraqueçaba-PR na chácara do Kleber e também em Guaratuba-PR.
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Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.