No final de semana de 25 de julho, combinamos uma viagem a Irati. Em contatos feitos com novos amigos de passarinhada, planejamos conhecer lugares diferentes para encontrar espécies que não ocorrem em nossa região. Em pesquisas feitas, relacionamos algumas espécies que intencionávamos encontrar na cidade. Prioritariamente queríamos ver de perto uma Coruja-da-igreja, que há muito tempo sonhávamos registrar. Nosso amigo Elizeu Czekaski informou que teria disponibilidade de ser nosso anfitrião nessa saída e nos apresentar alguns locais bastante interessantes. Acordamos sair no sábado e no domingo pela manhã, sendo que no sábado, destinamos à saída para explorar a Floresta Nacional de Irati (FLONA); uma unidade de conservação e pesquisa pertencente ao Ministério do Meio Ambiente. Fazia um frio de rachar, e às 7h30 min partimos para a FLONA. As distâncias são pequenas e antes das 8 horas passamos pela portaria. No local, funcionava uma antiga serraria e ainda é possível observar as construções antigas, onde residiam os funcionários da empresa, a escola e a igreja da localidade. Como o clima não favoreceu muito à entrada na mata pelas trilhas, optamos permanecer ao longo da estrada que corta o parque. Nessa incursão, encontramos algumas espécies. Ficamos na FLONA até perto das 11 horas e depois o amigo Eliseu nos levou à conhecer as instalações do IAPAR em Fernandes Pinheiro. Qual foi nossa surpresa ao encontrar uma mansão abandonada, construída por um rico proprietário da madeireira a família Xavier de Miranda, conhecida como Palácio de Pinho, construída em 1912 e tombada como patrimônio histórico na década de 1990. Hoje ela está entregue literalmente às abelhas que ai fizeram dezenas de colmeias. Além disso, sua aparência remete àqueles filmes de terror americanos com as casas mal-assombradas. Brincadeiras à parte, a construção é imponente e certamente, no passado deve ter sido uma das residências mais lindas da região.
No domingo cedo, a programação foi a ida ao Cerro do Leão, entre os municípios de Irati e Inácio Martins, considerado o local de maior altitude do Paraná. Junto conosco foi o Michel Kengerski. Ao chegarmos ao local, encontramos também o Elinton Sloma e o Osmar Slompo que madrugaram para registrar os espécimes antes do raiar do dia. O frio da altitude aliada à neblina que não deu trégua fez com que a luz não ficasse perfeita para que pudéssemos avistar a paisagem ao longe, o que dizem ser magnífica. Como o objetivo era encontrar duas espécies específicas que ocorrem na localidade, a paisagem ficará para uma próxima vez. As espécies, bem dessas, uma delas foi encontrada, o que já valeu muito a pena.
Agradecemos muito a paciência do amigo Elizeu por ser um guia tão agradável em nossa estada na cidade.