As corujas (Tytonidae e Strigidae) têm olhos grandes voltados para a frente o que lhes confere uma visão binocular; a audição é muito especializada e algumas espécies possuem os ouvidos dispostos assimetricamente na cabeça, auxiliando na localização das fontes de som. A habilidade de localizar um animal em movimento, apenas por intermédio de uma parte do espectro de frequências que compõem o seu ruído, se deve a um ouvido muito especial. Para explicá-lo, os ornitólogos costumam compará-lo a um microfone de radar colocado no foco de uma parabólica. A parabólica é o disco facial de penas que a coruja apresenta ao redor do ouvido; o microfone, o próprio ouvido. Movendo-se sob a ação de músculos, esse disco de penas amplia o volume e dirige o som para o ouvido como se fosse uma parabólica, facilitando a localização do ruído. As falsas orelhas ou penachos, além de ornamentais, assustam os inimigos; as rêmiges são macias tornando possível um voo silencioso.
São aves tímidas, geralmente solitárias, consideradas entre os predadores mais sofisticados do mundo. Na Grécia antiga eram cunhadas moedas com a imagens de corujas, como uma associação a sabedoria da Deusa Atena.
Família Tytonidae Mathews, 1912 - Coruja-da-igreja
Família Strigidae Leach, 1820 - Corujas