Na ilustração de fundo, a mata simbolizando o Parque, a artista utilizou a cor verde em várias tonalidades para criar um efeito harmonioso ao sobrepor os elementos compreendidos nos selos, espécies típicas da fauna e da flora: o Beija-florde- fronte-violeta (Thalurania glaucopis), Saíra-sete-cores (Tangara seledon), Ouriço- cacheiro (Coendou insidiosus) e Laelia lobata (Hadrolaelia lobata), orquídea símbolo do Parque Nacional da Tijuca, espécie endêmica e ameaçada de extinção. Na parte superior à esquerda, a logomarca do Ano Internacional das Florestas e, à direita, a logomarca divulgando a Exposição Filatélica “Brasiliana 2013”. O desenho foi produzido pela técnica de ilustração digital, simulando a técnica guache.
O Parque Nacional da Tijuca, com seus 3.951 hectares de área, é um fragmento do bioma da Mata Atlântica e parte integrante da Reserva da Biosfera do Rio de Janeiro. Criado em 6 de julho de 1961, é atualmente o parque nacional mais visitado do Brasil, recebendo mais de 2 milhões de visitantes por ano. Representa cerca de 3,5% da área do município do Rio de Janeiro e é dividido em quatro setores: Floresta da Tijuca, Serra da Carioca, Pedra Bonita/Pedra da Gávea e Pretos Forros/Covanca. Situado no centro de uma metrópole com aproximadamente seis milhões de habitantes, para a qual oferece inúmeros serviços ambientais como a manutenção do manancial hídrico, o controle da erosão, a amenização de enchentes, a atenuação das variações térmicas, a regulação climática local, a redução das poluições atmosférica e sonora e a manutenção da estética da paisagem natural, o Parque destaca-se por constituir-se de um grande “maciço verde”. Possui uma beleza cênica única, contrastando o verde da mata com as superfícies rochosas e o mar, apresentando um relevo montanhoso e escarpas muito íngremes, com destaque ao Pico da Tijuca, com 1.021m, à Serra da Carioca, onde se localizam o Corcovado, com 710m, ao conjunto da Pedra Bonita/Pedra da Gávea e à Serra Pretos Forros/Covanca.
No decorrer dos anos, o Parque tornou-se uma importante área de lazer, proporcionando meios para a prática de esportes e a contemplação da natureza. A existência de alguns marcos e símbolos da cidade do Rio de Janeiro, e mesmo do País, como a estátua do Cristo Redentor, a Pedra da Gávea, a Vista Chinesa, a Capela Mayrink, a Mesa do Imperador e o Parque Lage, transformaram-no em um ponto de atração turística de nível internacional.
Com as múltiplas interfaces entre a cidade e a floresta, a gestão do território apresenta-se de maneira complexa e intensa. O dia-a-dia da unidade é permeado pela coexistência de temas tão diversos quanto segurança pública, incêndios florestais, pesquisa, monitoramento, manejo, imprensa, produções cinematográficas, esportes, turismo, assistência social, educação ambiental, fiscalização, política e outros.
Para enfrentar esse desafio o Parque é subordinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, autarquia do Ministério do Meio Ambiente, e sua gestão é realizada de maneira compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal.
Nesse sentido, a relação harmoniosa com a cidade do Rio de Janeiro, e seus interesses, torna-se crucial para que o Parque Nacional da Tijuca cumpra com seu objetivo básico de criação que é “a preservação do ecossistema natural, possibilitando a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”.
Com a emissão desse bloco, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos dissemina a missão do Parque de conservar o ecossistema, proporcionando mecanismos sustentáveis, vitais à manutenção e à evolução da biodiversidade.
MARIA DE LOURDES DE OLIVEIRA ANDRADE FIGUEIRA
Chefe do Parque Nacional da Tijuca