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Passarinhada em Londrina 15 de dezembro

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Grupo Londrina

Para finalizarmos o ano, decidimos passarinhar em um local diferente. Escolhemos Londrina, no norte do Paraná devido a sua geografia e por terem sido registradas aves de diferentes ecossistemas como a Mata atlântica  e o cerrado.

Saímos na quarta-feira e durante todo o trajeto, o sol brilhou forte. Sinal que teríamos tempo bom. Ouvíamos o tempo todo o canto dos tico-ticos ao longo da estrada. Em uma parada de beira-de-estrada, vimos Andorinhas-grande-de-casa sobrevoando sobre a construção onde faziam seus ninhos. Já passava das 3 da tarde quando chegamos a Londrina sob forte chuva... pois é, o tempo quente fez desabar aquele temporal. Mas não perdemos o ânimo. Descarregamos as malas e aguardamos. Lá pelas 5 da tarde, o temporal se foi e com isso saímos para explorar as imediações do Lago Igapó, tradicional ponto de encontro da população Londrinense. Ali registramos a presença do Bem-te-vi rajado e uma grande quantidade de Pombas-de-bando. Na extremidade oposta de onde estávamos, um grupo de pescadores dividia espaço com as Garças que de tão habituadas ao convívio humano permitia que chegássemos muito perto. Assim, terminamos o dia já ansiosos pela manhã seguinte, onde nosso destino seria aquele onde esperávamos encontrar mais espécies.

entrada_da_mata_dos_godoyA quinta-feira ainda não havia amanhecido e estávamos de pé para irmos à Mata do Godoy. Nosso guia essa saída seria o Luiz Veríssimo, um passarinheiro que havíamos contactado e convidado para a empreitada. Cedinho encontramos o Luiz e seu filho o Lucas e nos dirigimos ao local destinado.

A mata do Godoy é uma das últimas reservas naturais de mata nativa do norte do Paraná. Abriga em seus 690 hectares de área 180 espécies de aves silvestres e 65 de mamíferos. Lá é possível encontrar jacús, papagaios, tucanos, anambés. Há três trilhas ecológicas abertas à visitação: Trilha do Projeto Madeira, Trilha Interpretativa ou das Perobas e Figueiras e Trilha Álvaro Godoy ou dos Catetos. A primeira tem um percurso linear de 540 metros. Começa no centro de visitantes, passa por uma área de reflorestamento de espécies nativas e acaba na área de descanso (Choupana).

Já na entrada do parque fomos recepcionados por um grande bando de Andorinhas-de-dorso-acanelado que pousadas nos fios formavam um varal de passarinhos!

Chegamos ao prédio da administração, fizemos nosso cadastro e partimos para a observação. Ali perto, encontramos um beija-flor Besourinho-de-bico-vermelho que visitava as flores. Nesse mesmo local uma vocalização diferente chamou a atenção. Como não conhecíamos a avifauna local, fizemos alguns registros e descobrimos tratar-se da Saíra-de-papo-preto fêmea. Um grande começo! Guiados pelo Luiz veríssimo em uma trilha, ouvimos o som de vários cantos das aves que acordavam com o raiar do dia... Nesta trilha, encontramos o amigo Renan Oliveira, outro colega de passarinhada, acompanhado do Gustavo Sanchez. Foi nessa hora que ouvimos o canto do Saci. Saímos todos à procura do pássaro que deu o maior trabalhão pra ser encontrado em meio aos galhos e o capim colonião. Mesmo assim fizemos o registro.

telefone_publicoAo longo das trilhas ouvimos vocalizações já conhecidas de saíras, do pula-pula, maritacas e dos Surucuás-variado. Nestas trilhas fizemos o registro do Variado. De volta ao nosso ponto inicial, avistamos outras duas aves. Segundo o que informou o Luiz, uma era a Maria-Cavaleira que pulava entre os galhos próximos e mais ao topo, uma Saíra-de-chapéu-preto. Não podemos deixar de assinalar o telefone público do parque em forma de tucano. Muito bom gosto! O sol ia alto e combinamos de depois do almoço nos encontrarmos no Lago Igapó. O Renan e o Luiz iriam nos guiar à procura do Carão, ave que queríamos muito encontrar. E assim foi feito. As 14h30min chegamos ao Igapó e fomos vasculhando ao longo da mata ciliar. Encontramos ai aves já nossas conhecidas como o Alegrinho, mas também registramos o Figuinha-de-rabo-castanho. Andamos até a represa e ai avistamos o Martim-pescador-verde, o Pica-pau-branco e uma família de Socozinhos... nada do Carão. Sem desanimar, fomos aos recantos mais afastados com a missão de encontrar a ave, mas novamente encontramos Pombas-de bando, as Andorinhas-do-rio e ao longe um Sovi voou e parou nos eucaliptos na outra margem do lago.

Nossa ultima tentativa foi feita na margem oposta do lago e aí finalizar do dia, caso não encontrássemos a ave.

E nossa procura foi recompensada. Ele estava pousado nas árvores próximas e voou. Mas ao menos avistamos o bicho... não era uma lenda!

esquina_em_londrina

pescadores_no_igapo

alegrinho

andorinha-grande-de-casa besourinho-de-bico-vermelho andorinha-de-dorso-acanelado
garca-branca-grande garca-branca-grande garca-branca-grande
figuinha-de-rabo-castanho5 saira-do-chapeu-preto saira-do-papo-preto
maria-cavaleira pica-pau-branco martim-pescador-verde
bem-te-vi-rajado surucua-variado surucua-variado
socozinho sovi sovi
andorinha-do-rio saci pomba-de-bando

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Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada. 

Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.


Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).

Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.