O último fim de semana de janeiro foi dedicado à uma visita à chácara do amigo Kléber
Fizemos as paradas estratégicas para comer o tradicional pastel no quiosque ao final da descida e explorar alguns cantos visitados pelos pássaros. Foi ai que registramos o Pula-pula-ribeirinho, que secava suas penas no sol tímido da manhã. A viagem prosseguiu e o sol se fez forte, mostrando a força do calor de verão. Paramos para o almoço, sempre agradável ao lado do rio em um restaurante típico. No caminho ainda registramos o Sanhaçu-de-encontro-amarelo, o Caneleiro-preto e o Caneleiro. Antes de chegarmos à chácara paramos para tirar fotos dos Búfalos muito rústicos que serviam de pouso para algumas espécies. Já em Tagaçaba montamos acampamento e nos preparamos para iniciar a exploração nos locais que já conhecíamos. A temperatura beirava os 30ºC e diante de um rio de águas plácidas e gelada, não tivemos dúvida e deixamos os pássaros para depois e nos deixamos refrescar por horas. De dentro do rio, observamos que um casal fazia seu ninho dependurado na árvore que estendia seus ramos na margem. Ao que supostamente parece, trata-se de um casal de Bem-te-vi-pirata, mas não conseguimos registrar a contento as aves. Depois do banho de rio, tudo melhorou, ou quase tudo... o verão é uma estação em que devido ao calor e a floresta, faz a população de insetos triplicar. Para nossa sorte, um temporal desabou a noite toda fazendo com que o sono fosse agradável.
Na manhã seguinte, uma neblina cobria as montanhas em volta e ainda um leve chuvisco caía. Com essas condições não pudemos sair, pois a água poderia danificar os equipamentos. Ficamos esperando o melhor momento para nos pôr
Diante das dificuldades de registros locais, nos propomos partir e observar aves durante o caminho de volta. A estrada, por cortar uma imensa área de floresta e propriedades rurais é propícia ao avistamento, o que realmente aconteceu. Foi em uma dessas paradas que encontramos no alto de uma embaúba o Tucano-de-bico-preto com seu colorido amarelo, preto e vermelho. Mais adiante, um bando de Jacuaçus cruzavam os altos das árvores. paramos duas vezes para registrar o Carrapateiro e o Gavião-bombaxinha, nestas paradas a Meg corria de um lado para outro e tomava um pouco de mágua para refrescar. Algumas espécies migratórias também apareceram durante o caminho, penduradas nos fios de energia, como a Andorinha-de-bando.
Em uma das nossas paradas, pudemos também observar o tão cobiçado Tiê-Sangue, mas novamente ele se esgueirou dentro da mata nos deixando com ares de decepção. Resolvemos então almoçar em Antonina, uma linda cidade do litoral famosa por seu casario bem preservado, sua história e o povo acolhedor. No Mercado Público, que fica em frente à baía, registramos belas imagens da Garça-Azul. Um almoço regado a muita conversa, bons amigos e boa comida foi nosso combustível para enfrentarmos a viagem de volta.