O Bacurau (Hydropsalis albicollis) é uma ave da ordem Caprimulgiformes da família Caprimulgidae. Conhecido também como curiango, curiango-comum, ju-jau, amanhã-eu-vou (em Minas Gerais), ibijau, mede-léguas, acurana e a-ku-kú (nomes indígenas - Mato Grosso).
Mede cerca de 30 centímetros de comprimento. O macho apresenta uma larga faixa nas asas (observada em voo) e os lados da cauda brancos e a fêmea possui uma estreita faixa amarelada nas asas e somente a ponta da cauda branca. Comum em bordas de florestas, capoeiras abertas, campos com árvores isoladas, cerrados, capões de mata podendo também ser encontrado em matas secundárias e em processo de reflorestamento. Vive no chão. Só é visto durante o dia somente se espantado. Nestas ocasiões, voa curtas distâncias e logo volta a sumir em meio à vegetação rasteira, procurando se camuflar em meio as folhagens no substrato.
Registro em Olímpia-SP na margem do Rio Turvo no dia 06/07/2013
O Gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis) é uma ave da ordem Accipitriformes da família Accipitridae. também conhecido pelos nomes de gavião-casaca-de-couro, gavião-telha (São Paulo), gavião-fumaça (Mato Grosso) e gavião-tinga (Pará), é um gavião campestre, que ocorre do Panamá à Argentina e em todo o Brasil, porém na Amazônia apenas em alguns locais, como o leste do Pará e a região do Baixo Amazonas. Comum em campos, pastagens, borda de alagados, manguezais, pequenas florestas de eucaliptos em áreas campestres e no cerrado.
A espécie mede cerca de 55 centímetros de comprimento, com plumagem ferrugínea. O adulto é todo marrom avermelhado, com a ponta das asas e cauda negras e penas longas. Possui uma faixa branca, estreita, na cauda. Pernas e pele nua das narinas, amarelas. Bico negro e olho marrom avermelhado. Como em outros gaviões, o jovem é muito diferente. Cores apagadas, cinza amarronzado nas costas e barriga creme, com riscos verticais escuros e uma semi-coleira escura. Sobre os olhos, uma listra clara. A cauda é creme, com finas listras escuras. Faixa larga subterminal negra. Penas longas das asas com listras finas e ponta negra.
Registro feito em Olímpia-SP | Sacramento-MG
O Chora-chuva-preto (Monasa nigrifrons), é uma ave Galbuliformes da família Bucconidae. É conhecido também como Tanguru-pará e Bico-de-brasa.
Mede cerca de 27,5 cm de comprimento. Maior espécie da família, tendo o porte de um sabiá grande. Uniformemente cinza-escuro, com rêmiges e retrizes negras e bico encarnado ou vermelho tijolo. Imaturo com fronte e mentos pardos. É comum nas bordas de florestas altas de terra firme e de várzea, capoeiras altas e palmeirais. Vive solitário, aos pares ou, mais comumente, em pequenos grupos, desde o sub-bosque até a copa. É mais ativo que os demais membros da família, trocando de poleiro com freqüência. Ao final da tarde, alguns indivíduos pousam lado a lado para cantar juntos, fazendo bastante barulho.
Registro feito em Olímpia-SP
O Fogo-apagou (Columbina squammata) é uma ave Columbiformes da família Columbidae.
O nome fogo-apagou é sem dúvida a melhor tradução escrita para o canto desta ave, um dos sons mais típicos da “roça”. Recebe os nomes populares de rolinha-carijó, fogo-pagô (onomatopeico), rola-pedrês, Felix-cafofo (Paraíba), paruru e galinha-de-Deus. Na região mais setentrional do Nordeste brasileiro, precisamente no interior dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, Columbina squammata é chamada pelos moradores locais de rolinha-cascavel ou rolinha-cascavilinha devido ao padrão da plumagem lembrar o aspecto das escamas da cobra-cascavel (Crotalus durissus)
Na música popular, deu nome à composição de Sá e Guarabyra Fogo Pagô, que traz os versos:
Fogo pagô que encantou
Levou embora
Ai, teus murmúrios na memória…
Cantada também por Luiz Gonzaga.
A característica mais marcante desta espécie é o padrão escamado da plumagem, que lhe proporciona camuflagem. A cor de base é o bege. Quando em voo é possível ver uma faixa branca na base da asa que seguida pela faixa branca da lateral da cauda. Mede cerca de 19 centímetros. A fogo-apagou é uma rolinha de hábitos geralmente discretos, que anda em casais ou pequenos grupos pelas bordas de matas, cerradões, pomares, parques e outros tipos de vegetação, excluindo-se os muito abertos ou muito fechados. Seu silêncio só é quebrado pela vocalização, que a ave só emite empoleirada em locais bem escondidos, e pelo ruído produzido pelas asas quando a ave alça voo, lembrando um gemido.
Registro em Olímpia-SP na margem do Rio Turvo no dia 06/07/2013.
Agradecimento a Lenice Amaral por nos levar neste local. Quero dedicar esta foto também ao amigo Renan Oliveira de Londrina que nos apresentou esta espécie pela primeira vez.
O Pica-pau-de-topete-vermelho (Campephilus melanoleucos) é uma ave Piciformes da família Picidae. Conhecido também como pica-pau-de-garganta-preta.
Mede entre 33 a 38 cm.; em torno de 250 g. Cabeça e topete vermelhos, base do bico com uma mancha branca e nódoa alvinegra subauricular. Fêmea com o alto e a parte de trás da cabeça pretos e uma larga faixa branca entre os olhos e a base do bico. Faixa branca em cada lado do pescoço indo até as escapulares. Partes superiores pretas com um “V” branco nas costas. Garganta, pescoço anterior e peito negros uniforme. Barriga branco-pardacentas barradas de preto. Ocorrem indivíduos com mancha esbranquiçada nas primárias. Macho jovem com penas encarnadas no alto da cabeça.
Registro feito em Olímpia-SP | 06/07/2013
A Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado (Myiarchus tyrannulus) é uma ave Passeriformes da família Tyrannidae. Esta espécie é denominada popularmente de maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado, devido à cor ferrugínea que suas retrizes e rêmiges apresentam.
Cerca de 1/3 maior do que as outras espécies do gênero, apresenta as penas da cauda com um largo bordo marrom na parte interna (os juvenis do gênero possuem uma faixa estreita nas duas margens e ponta). Nas asas fechadas, uma linha marrom avermelhada nas penas de vôo da parte mais externa. Essas características necessitam de excelente luz para serem notadas. Mede aproximadamente 22cm.
Registro feito em Olímpia-SP | 06/07/2013
A Garça-real (Pilherodius pileatus) é uma ave Pelecaniformes da família Ardeidae. Também conhecida como garça-morena, garcinha e garça-de-cabeça-preta. Apesar de sua ampla distribuição, não é abundante nas regiões onde ocorre.
Mede de 51 a 59 centímetros de comprimento. Alimentam-se de peixes, sapos, rãs. Aproximando das margens de rios ou lagoas, ficando paradas a espera da presa, que a pegam em um golpe certeiro. Habita rios e lagos com margens florestadas, além de áreas pantanosas, alimentando-se em lamaçais. Vive geralmente solitária ou, em menor freqüência, em grupos de 2 ou 3 indivíduos.
Registro feito em Olímpia-SP, na margem do Rio Turvo no dia 06/07/2013
A ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda) é uma ave Galbuliformes da família Galbulidae. É a espécie do gênero Galbula mais conhecida e com maior área de ocorrência. Também conhecida como ariramba-de-cauda-castanha, beija-flor-d'água, beija-flor-da-mata-virgem, beija-flor-do-mato-virgem, beija-flor-grande, bico-de-agulha, bico-de-agulha-de-rabo-vermelho, bico-de-sovela, cuitelão, fura-barreira (PE), fura-barriga (PE), guainumbi-guaçu, sovelão (MG) e barra-do-dia (MA).
À primeira vista, parece um grande beija-flor, devido tanto ao seu bico longo e fino, quanto à coloração verde-amarelada iridescente de grande parte da plumagem (semelhança responsável por um dos nomes comuns).
Nos machos adultos, a garganta é branca, enquanto na fêmea e nos machos juvenis ela é ferrugínea.
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A Figuinha-de-rabo-castanho (Conirostrum speciosum) é uma ave Passeriformes da família Thraupidae. Apresenta o seguintes nomes populares: sebinho-de-crisso-castanho, pula-pula, vira-folhas e figuinha-bicuda (Rio de Janeiro). É comum em campos com árvores e arbustos, florestas de galeria e de várzea, ilhas fluviais e vegetação à beira de rios.
O macho é mais colorido do que a fêmea, com o amarelo vivo do olho das aves adultas destacando-se contra o negro dominante na cabeça e lados do pescoço. Entre o olho e o bico, uma listra branca, mesma cor das partes inferiores. O dorso é cinza levemente azulado, assim como a cauda. As penas longas das asas são cinza escuro, ocasionalmente observadas na ave pousada. Já a fêmea possui a mesma distribuição geral de cores, exceto o negro da cabeça. A íris é amarelo mais apagado, assim como o cinza das costas. Partes inferiores com tom levemente amarronzado. O bico é amarelado, enquanto no macho é cinza na base com a ponta escura.
Tem cerca de 13 centímetros e pesa aproximadamente 14 gramas. Chama a atenção pelo branco puro do loro e do lado inferior que contrasta com o negro do píleo. Tem manto cinzento, íris e pernas amarelas. A fêmea não tem o desenho negro tendo o seu lado inferior amarelo e mandíbula branca.
Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.