O Biguá (Phalacrocorax brasilianus ), é uma ave da ordem Suliformes, da família Phalacrocoracidae. Ave aquática, mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d'água, indo aparecer de novo bem lá na frente, mostrando apenas o pescoço para fora d'água. Para facilitar seus mergulhos, suas penas ficam completamente encharcadas, eliminando o ar que fica entre as penas e dificulta os mergulhos. Para secá-las é comum vê-los pousados com as asas abertas ao vento. Quase sempre visto em grandes bandos voando próximo d'água, em formação em “V”. Quando voam se assemelham a patos, sendo às vezes considerados como tais equivocadamente.
Também são conhecidas pelos nomes de biguá-una, imbiuá, mergulhão, miuá e pata-d'água. Por ser inteiramente negro, recebe o nome comum, também , de corvo-marinho.
É uma ave de cor preta em plumagem adulta e marrom-escura em juvenil. Atinge até 75 cm de comprimento e peso em torno de 1,3kg; possui pescoço longo, cabeça pequena, bico cinzento longo e fino, sendo que a ponta da maxila termina em forma de gancho.
Registro feito no Parque Iguaçu
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O Bico-de-lacre (Estrilda astrild) é uma ave Passeriformes da Família Estrildidae. Conhecido também como beijo-de-moça (Minas Gerais) e bico-de-lacre-comum.
É uma espécie exótica, proveniente da região sul da África.
Um fato curioso é que a espécie alimenta-se basicamente de sementes de gramíneas africanas, como o capim-colonião e o capim-elefante, introduzidos em nosso País para a formação de pastagens.
O Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) é uma ave Passeriformes da família Tyrannidae.
Conhecido também como bem-te-vi-de-coroa e bem-te-vi-verdadeiro, é provavelmente o pássaro mais popular de nosso país, podendo ser encontrado em cidades, matas, árvores à beira d'água, plantações e pastagens. Em regiões densamente florestadas habita margens e praias de rios.
É também muito popular nos outros países onde ocorre, recebendo nomes onomatopéicos em várias línguas como kiskadee em inglês, qu´est ce em francês (Guiana) e bichofêo em espanhol (Argentina).
Ave de médio porte, o bem-te-vi mede entre de 20,5 e 25 cm de comprimento para, aproximadamente, 60 gramas. Tem o dorso pardo e a barriga de um amarelo vivo; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca.
O seu canto trissilábico característico lembra as sílabas bem-te-vi, que dão o nome à espécie. Portanto, seu nome popular possui origem onomatopéica.
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Os beija-flores são sem dúvida um dos grupos de aves mais típicos do continente americano, com suas cores iridescentes, rapidez descomunal, capacidade de pairar no ar e tamanho reduzido. O beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura) pertence à Ordem Apodiformes e à Família Trochilidae. Talvez o integrante mais famoso desse grupo, ao menos no Brasil não amazônico, provavelmente pela sua abundância em locais urbanizados, pela beleza de sua coloração, pela tesoura facilmente reconhecível e principalmente pelos seu comportamento abusado, é um dos maiores e mais briguentos beija-flores. É também conhecido como beija-flor-rabo-de-tesoura e tesourão.
Um dos maiores beija-flores, podendo atingir 19 cm de comprimento e 9 g em peso, caracteriza-se pela cauda profundamente bifurcada que toma quase 2/3 do tamanho total. A cabeça e o pescoço são azuis e resto da plumagem verde-escuro brilhante.
Os beija-flores têm o metabolismo mais acelerado entre as aves. Podemos dizer que eles vivem em outro rítmo, pois tudo é acelerado. Quando em vôo podem bater as asas dezenas de vezes por segundo. O canto é muito agudo e rápido, parecendo um simples assovio para nossos ouvidos, mas quem estuda bioacústica sabe que quando a vocalização destas aves é analisada com cuidado em um sonograma esta mostra-se muito complexa e até melodiosa (para os ouvidos dos beija-flores).
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Conhecido popularmente como beija-flor-preto ou beija-flor-de-veste-preta, o (Anthracothorax nigricollis) pertence à Ordem Apodiformes e à Família Trochilidae. Destaca-se pela grande diferença entre o macho e a fêmea, que parecem ser espécies diferentes. Ocorre em todas as regiões do Brasil.
A fêmea e o macho são de plumagens tão diferentes que parecem ser duas espécies separadas. Geralmente é visto contra a luz, de modo que o macho parece ser todo negro. Na verdade, o peito, barriga e garganta são negros, enquanto o resto a plumagem é verde garrafa forte. A cauda é toda vinho escuro, finamente bordejada de negro. Às vezes, pode ser vista entreaberta e a luz, atravessando-a, deixa perceber esse tom avermelhado. Bico muito longo e fino, com a ponta levemente curva para baixo, em uma silhueta característica. Já a fêmea divide a forma do bico e a cor da cauda com o macho. Fora isso, destaca-se a longa listra negra, começando na base do bico e terminando na barriga, ladeada por faixas brancas largas. O resto da plumagem é verde claro.
Registro feito no Parque Iguaçu
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O anu-preto (Crotophaga ani), é uma ave da ordem Cuculiformes da família Cuculidae, Conhecido também como anu-pequeno e anum (Pará).
Corpo franzino - 36 centímetros, preto uniforme, de bico alto, forte e curto. Cauda comprida e graduada. Apesar de formar casais, vive sempre em bandos, ocupando territórios coletivos durante todo o ano. São aves extremamente sociáveis. Tem grande habilidade em pular e correr pela ramagem. O cheiro do corpo é forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófogos e animais carnívoros.
Possui mais de uma dúzia de vozes diferentes. Tem dois pios de alarme: a um certo grito todos os componentes do bando se empoleiram em pontos bem visíveis, examinando a situação; outro grito, emitido quando um gavião se aproxima, faz desaparecer num instante no matagal todo o grupo. Eles se divertem cavaqueando baixinho, de modo bem variado, causando às vezes a impressão de estar tentando imitar a voz de outra ave.
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O anu-branco (Guira guira), é uma ave da ordem Cuculiformes da família Cuculidae, Também conhecido como rabo-de-palha, alma-de-gato, pelincho e piririgua.
Corpo franzino, cauda comprida, graduada e com fita preta. Branco-amarelado, bico cor de laranja (cinzento no indivíduo imaturo ). Bico forte e curvo. Sexo sempre semelhante. O cheiro do corpo é forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófogos e animais carnívoros. Quando empoleira arrebita a cauda e joga-a até às costas. Anda sempre em bandos. São aves extremamente sociáveis. Mede cerca de 38 cm.
Sua vocalização é alta e estridente: “iä, iä, iä” (chamada e grito durante o vôo); “i-i-i-i” (advertência); seqüência fortemente descendente e decrescendo de melodiosos “glüü” (canto); cacarejo baixo.
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A andorinha-pequena-de-casa (Pygochelidon cyanoleuca) é uma ave Passeriformes da família Hirundidae. Está quase sempre presente em nosso dia-a-dia e na maior parte dos locais onde ocorre basta olhar para o céu em dias de tempo bom que elas estarão lá, dando um verdadeiro show com suas acrobacias aéreas enquanto caçam insetos voadores. A divisão das cores é bem nítida. Não há manchas brancas nas partes escuras, nem manchas escuras na parte branca, o que a diferencia das outras andorinhas brasileiras.
As partes superiores são azul-metálicas, mas dependendo da incidência da luz parecem negras. As asas e a cauda são negras, inclusive nas partes inferiores. A região negra da parte inferior da cauda vai até a altura da cloaca. Passam a maior parte do dia voando, só pousando em árvores, antenas e fios de eletricidade para descansar ou quando o tempo está ruim.
É migratória, especialmente nos locais mais frios, mas ao contrário de outras espécies de andorinhas não realiza migrações muito longas. Sobrevoam os mais variados tipos de formações vegetais, mas são especialmente abundante em campos, especialmente na época de revoadas de formigas e cupins alados, quando formam bandos de dezenas de indivíduos nas áreas dos formigueiros e cupinzeiros.
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A alma-de-gato (Piaya cayana), é uma ave da ordem Cuculiforme da família Cuculidae, Também é conhecida pelos nomes populares de alma-de-caboclo, alma-perdida, atibaçu, atingaçu, atingaú, atinguaçu, atiuaçu, chincoã, crocoió, maria-caraíba, meia-pataca, oraca, pataca, pato-pataca, piá, picuã, rabilonga, rabo-de-escrivão, rabo-de-palha, tincoã, tinguaçu, titicuã, uirapagé e urraca.
Sua cauda excepcionalmente grande a torna inconfundível, mede cerca de 50cm (contando a cauda).
Alimenta-se basicamente de insetos, principalmente lagartas, que captura ao examinar as folhas, inclusive em suas partes inferiores. É curioso notar que come até mesmo lagartas com espinhos aparentemente venenosos. Também consome frutinhas, ovos de outras aves, motivo pelo qual é muitas vezes afugentado por suiriris e outras aves que estejam com ovos e filhotes aves, lagartixas e pererecas.
Seu canto se assemelha ao gemido de um gato, por isto é conhecida como alma de gato. Voa rápida e silenciosamente entre os galhos da floresta à procura de insetos. Ainda, consegue imitar o canto de outras aves, especialmente o do bem-te-vi, que é de fato parecido com sua própria vocalização.
Registro feito no Jardim Botânico, no Parque Iguaçu, no Tingui
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O Alegrinho (Serpophaga subcristata) é uma ave Passeriformes da família Tyrannidae. Também conhecido como alegrinho-do-leste,É um pequeno papa-mosca arborícola do Brasil Oriental, quase sempre de píleo arrepiado, fácil de ser reconhecido, porém devido ao seu tamanho reduzido, suas cores apagadas e seus hábitos, é uma ave de difícil detecção.
Menor do que o risadinha, mede cerca de 11cm, quando eriça o topete pode-se notar a faixa clara ladeada de duas faixas cinza escuro. Costuma mantê-lo semi-ereto. Listra superciliar clara notável, com um fio escuro atrás do olho. Barriga amarelada, com o peito cinza. Duas faixas claras nas asas e penas longas de vôo com a borda clara. Espécie encontrada na folhagem entre 5 e 15 m de altura, dependendo do tipo de vegetação. Apresenta um topete com penas brancas escondidas pelas demais; durante disputas prolongadas, a mancha branca do alto da cabeça divide-se em duas partes laterais e eleva-se na porção posterior, tornando-a bem evidente. Ainda nas disputas de território, agacha-se, agita as asas e a cauda; quando em face a indivíduos da mesma espécie, emite um zumbido provocado pelo movimento das asas.
Registro feito na roseira em frente da minha casa, também avistado no Jardim Botânico e Parque Iguaçu
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Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.