O Tico-tico (Zonotrichia capensis) é uma ave Passeriformes da Família Passerellidae. É um dos pássaros mais conhecidos e estimados do Brasil. Seu nome vem do tupi e deriva do seu canto. Esta ave e o pardal são duas espécies comuns em áreas urbanas e muitas pessoas as confundem apesar de terem diferenças facilmente percebíveis. Conhecido em PE com “solta-caminho”.
Pássaro de porte médio que mede 15 cm de comprimento. Possui o corpo compacto, com asas e cauda de tamanhos regulares, pernas e pés delgados e bico cônico e forte. A coloração dorsal é pardo-acinzentada, tendo a cabeça cinza com 2 tiras negras que partem da base da maxila indo até à nuca, com parte central cinza, também partindo da mesma base e alargando-se para a nuca.
As faces são de cor cinza, com 2 tiras negras de cada lado que vão até a região do pescoço, uma partindo do canto posterior do olho e outra do canto do bico. Pescoço com uma faixa cintada de cor vermelho-ferrugínea que desça até os lados do peito alto, onde se encontra com uma mancha negra.
Porção intermediária dorsal de cor pardo-cinza com coberteiras, inclusive das asas com manchas negras e restante do baixo dorso pardo-cinza. No encontro das asas as penas terminam com faixa branca. Garganta branca, peito e abdômem cinza-esbranquiçados, sendo mais claro na parte central. Apresenta um pequeno topete com desenho estriado na cabeça. Não existe diformismo sexual.
Canto noturno e canto de susto: ao cair a noite emite um canto diferente, forte, caracterizado por prolongamento e acentuação das últimas notas, como: “hü, djü, djü ziü-ziü-ziü”. O canto noturno causa impressão tão diferente do canto diurno que o leigo no assunto pode tomá-lo por vocalizaçõa de outra espécie de pássaro. O canto noturno ocorre de dia em situação de extremo susto, sendo produzido uma vez só, com todo o vigor.
Registro feito no Parque Iguaçu, observado em toda Curitiba.
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A Sabiá-una, (Turdus flavipes) é uma ave Passeriforme da Família Turdidae. É conhecida também como Sabiá-preta e Sabiá-da-mata.
Mede cerca de 20,5 cm de comprimento e pesa: macho 64 g; fêmea 72 g. O macho é preto com as costas e barriga de coloração cinza; a fêmea é marrom-oliváceo nas partes superiores e marrom-amarelado nas partes inferiores, com a garganta estriada de marrom-escuro. Canto bem variado, rico em motivos dos mais diversos e de duração diferente. Capaz de imitar outras aves.
Registro feito no Jardim Botânico e também observada no Centro Politécnico e parque Iguaçu.
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O Beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris) pertence à Ordem Apodiformes e à Família Trochilidae. Também conhecido como beija-flor-do-canto.
Mede cerca de 12,1 cm de comprimento. Habita cerrados, restingas, paisagens abertas e planaltos acima da linha das florestas. Emite seu canto ao pôr-do-sol. No outono migra localmente das regiões mais altas para os vales.
O Pitiguari (Cyclarhis gujanensis) é uma ave Passeriformes da família Vireonidae, Também denominado popularmente de gente-de-fora-vem, segundo a sonoridade de seu canto. No Ceará é chamado de mané-besta ou, mais intimamente, de "pit bull alado" pois a bicada desse animal dá uma dor descomunal. É referenciado na música “Meu Pitiguari” de André & Mazinho.
Mede cerca de 16,5 cm, tem cabeça e bico desproporcionais ao corpo. O bico é todo acinzentado com leve tom róseo, de aspecto poderoso e terminando com uma ponta fina, virada para baixo, parece um bico de uma ave de rapina em um pássaro. As cores são únicas, com a cabeça e nuca acinzentadas, uma nítida e característica faixa marrom avermelhada sobre os olhos (laranja escuro nos adultos, marrom uniforme nos juvenis). Alto da cabeça oliváceo ou cinza escuro. No peito, uma larga faixa amarelada separa a barriga e garganta cinza claro, quase branco. Dorso pardo esverdeado. Macho e fêmea são idênticos.
Registro feito no Parque Barigui, observado no campus da UFPR e também no Jardim Botânico, Parque Iguaçu.
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O Grimpeiro (Leptasthenura setaria) é uma ave Passeriformes da família Furnariidae, também conhecido como rabo-de-espinho-da-araucária, é uma espécie totalmente associada ao pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). É considerado quase ameaçado de extinção pela IUCN, devido à drástica redução da Floresta Ombrófila Mista (IUCN 2006).
Alimenta-se de pequenos artrópodos, como insetos e suas larvas e pequenas aranhas encontrados nas folhas e galhos do pinheiro-do-paraná. Vive na copa do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), onde vive todas as fases de sua vida, eventualmente utiliza outras árvores no deslocamento de um pinheiro para o outro.
A Saíra-preciosa (Tangara preciosa) é uma ave Passeriformes da família Thraupidae. Também chamada de saíra-de-cara-suja .
Seu nome científico significa: do (tupi) Tangará = dançarino; ata = andar; e carã = em volta; e do (latim) preciosus = precioso, preciosa. ⇒ Dançarino precioso.
O macho é uma das saíras mais coloridas possuindo a cabeça, pescoço, crisso e dorso marrons claro dai vem um de seus nomes comuns saíra-de-cara-suja, uropígio e coberteiras da asa creme, garganta, peito e barriga verde-água, rêmiges e rectrizes azul claro, bico preto e uma faixa preta que vai do olho ao bico e pernas cinzas. As fêmeas são menos coloridas só possuem a cabeça marrom claro e o resto do corpo em tons verdes. Jovens e filhotes são pardos com asas e cauda esverdeados. Tanto machos como fêmeas medem 15 cm.
Registro feito no Parque Iguaçu e Parque Barigui, também observado no jardim Botânico e a fêmea foi registrada no Centro Politécnico.
Também conhecido por maria-preta, chopim, chupim, melro e godero, o Vira-bosta (Molothrus bonariensis) é uma ave Passeriforme da família Icteridae. É provavelmente a ave mais odiada do Brasil, principalmente por causa de seus hábitos reprodutivos parasitários, pois nunca cuida de seus próprios ovos, sempre os botando nos ninhos de outras aves para que elas criem seus filhotes. Nada menos do que 55 espécies já foram listadas como hospedeiras, desde aves maiores até menores do que o vira-bosta.
Mede cerca de 20 cm. O macho adulto é preto-azulado, mas dependendo da iluminação só se enxerga a cor negra. A fêmea é marrom-escura.
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O Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), pertencente ao grupo dos abutres do Novo Mundo. Conhecido também como urubu-de-cabeça-preta, corvo, urubu-preto e apitã, é uma ave da ordem dos Cathartiformes, pertencendo a família dos Cathartidae.
Dentre os urubus, é o de menor envergadura. Apesar de seu tamanho, é o mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies. Não possui o olfato apurado do gênero Cathartes, localizando a carniça pela visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer. Costuma deslocar-se a grande altura, usando as correntes de ar quente para diminuir o custo energético do vôo. Sua visão é excepcional, tendo boa acuidade para objetos a grande distância. Para diferenciá-lo dos outros urubus, em vôo, destaca-se o formato mais curto e arredondado das asas, com a ponta mantida um pouco à frente da cabeça. Quase no final de cada asa, forma-se uma área mais clara, quase um círculo. Exceto por essa área mais clara, adultos e jovens são totalmente negros, inclusive a pele nua da cabeça e pescoço. Além do planeio passivo, batem ativamente as asas, produzindo um ruído forte e característico. Outro som único é produzido pelas asas, soando como se fosse um avião a jato. Deixam-se cair de grande altura, em vôo picado, para frear nas proximidades do solo ou da vegetação, abrindo as asas. O ar passando rapidamente pelas penas das asas produz o som.
O urubu-preto-comum, possui de comprimento 62 cm e de envergadura cerca de 143 cm com peso de 1,6 kg.
O sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca), é uma ave Passeriforme da família Thraupidae. Também conhecido como sanhaço-do-mamoeiro, sanhaço, sanhaço comum, sanhaçu, sanhaço da amoreira, e no Nordeste como pipira-azul. É uma das aves mais comuns do país, conhecida pelo de realizar acrobacias quando na disputa por frutas com outros pássaros
Com tamanho aproximado de 18 cm e 42g de peso(macho), tem o corpo cinzento, ligeiramente azulado, com as partes inferiores um pouco mais claras. A cauda e as pontas das asas são azuis-esverdeadas, porém pouco contrastantes. Os imaturos são esverdeados. Pode ser confundido com o sanhaço-de-encontro-azul, porém o último é muito mais azulado, especialmente no encontro da asa e também possui o bico maior. É sem dúvida o sanhaçu mais comum em nosso país. Tem um canto longo, entrecortado pelo som de notas altas e baixas.
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Ave símbolo do Brasil, o sabiá-laranjeira, (Turdus rufiventris) é uma ave Passeriformes da Família Turdidae. também conhecido como sabiá-amarelo ou de peito-roxo é uma ave popular, citada por diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor ou seja, a primavera. Foi imortalizado na “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, juntou-se oficialmente aos outros quatro símbolos nacionais – a bandeira, o hino, o brasão de armas e o selo, tendo a mesma importância deles na representação do Brasil em 3 de outubro de 2002, por decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o ornitólogo Johan Dalgas Frisch (mentor do decreto de 3 de outubro), são 12 as espécies de sabiás no Brasil, sendo que o pássaro assume outras denominações em regiões diferentes. Assim, ele tanto pode ser caraxué (AM), sabiá-coca (BA), sabiá-laranja (RS) e ainda sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-ponga e sabiá-piranga em lugares diferentes.
Seu nome significa: do (latim) Turdus = tordo; e rufi, rufa; rufus = castanho, vermelho; em ornitologia rufus, rufa e rufum cobrem um amplo espectro de cores de amarelo, laranja, marrom, vermelho e roxo. e venter, ventris = ventre, barriga; - (Tordo com a barriga castanha).
Em tupi Sabiá significa “aquele que reza muito”, em alusão à voz dessa ave. Segundo uma lenda indígena, quando uma criança ouve, durante a madrugada, no início da Primavera, o canto do Sabiá será abençoada com muita paz, amor e felicidade.
Mede 25 centímetros de comprimento e pesa, o macho 68 gramas, a fêmea: 78 gramas. Tem plumagem parda, com exceção da região do ventre, destacada pela cor vermelho-ferrugem, levemente alaranjada, e bico amarelo-escuro. Não há dimorfismo sexual, pois, ambos são iguais. É ave de canto muito apreciado, que se assemelha ao som de uma flauta. Canta principalmente ao alvorecer e à tarde. O canto serve para demarcar território e, no caso dos machos, para atrair a fêmea. A fêmea também canta, mas numa frequência bem menor que o macho. O canto do sabiá-larajeira é parcialmente aprendido, havendo linhagens geográficas de tipos de canto, e se a ave conviver desde pequena com outras espécies, pode ser influenciada pelo canto delas e passar a ter um canto “impuro”.
O que é leucismo?
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.