O Macuru (Nonnula rubecula) é uma ave Galbuliformes da família Bucconidae. também chamada de freirinha-parda.
Seu nome científico significa: do (latim) nonnula = diminutivo de nonna = freira, pequena freira, freirinha; e de rubeus = espinheiro, espinho; e -cola = morador, habitante. ⇒ Freirinha habitante do espinheiro.
Mede 14 cm. Partes superiores marrom-acinzentadas; faixa supra-ocular brancacenta; peito pardo-acinzentado; abdome cinzento; bico relativamente fino e curto.
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O Pato-corredor (Neochen jubata) é uma ave Anseriformes da família Anatidae. Também é chamado de ganso-do-orinoco.
Seu nome significa: do (grego) neos = novo; e khën = ganso; e do (latim) iuba, iubatus = crista, com crista. ⇒ Novo ganso com crista.
Mede entre 61 a 76 centímetros. Tem flancos de cor castanha, cabeça e peito cinza-amarelados, manto e asas escuras com um espéculo branco. As pernas são vermelhas e o bico é preto e rosa. Tanto o macho quanto a fêmea apresentam as mesmas cores de plumagem. O macho é maior do que a fêmea.
Os indivíduos jovens possuem a plumagem muito similar a dos adultos, sendo difícil a identificação dos jovens pela sua plumagem (Hidalgo 2010). Esta é uma espécie em grande parte terrestre, mas se empoleira facilmente em árvores. Raramente voa, preferindo movimentar-se no solo. Ao contrário dos demais anatídeos (patos, gansos e cisnes), o pato-corredor também é raramente visto nadando. Prefere ficar nas margens, onde se desloca com agilidade e velocidade impressionantes para um pato. Seu voo parece com o voo de um ganso.
Registro feito em Fernandes Piheiro-PR.
A Codorna-amarela (Nothura maculosa) é uma ave Tinamiformes da família Tinamidae. Também conhecida como codorna, codorna-comum, codorniz (Euler 1900), inhambuí, perdirzinho, perdiz e perdizinho.
Seu nome significa: do (grego) nothos = falso; e oura = cauda; e do (latim) maculosa, maculosus = manchada, com mácula. ⇒ Pássaro manchado com cauda falsa.
Tem cerca de 23 centímetros e pesa aproximadamente 300 gramas. Suas cores são camufladas, confundindo-a com o ambiente. Todas as suas partes primárias são marrons barradas de amarelo.
Segundo informado na página 154 do livro Ornitologia Brasileira (Sick), o macho possui íris amarela e a fêmea possui íris pardo-laranja.
Vive em campos rupestres de altitude, campos ralos e baixos, pastos, culturas de milho, arroz e soja. Aparece em áreas rurais próximas às residências e, se não é importunada, acostuma-se facilmente ao homem. Não penetra nas matas ciliares e cerradões. Às vezes esconde-se em buracos e quando assusta-se, finge-se de morta.
Registro feito em Sacramento-MG. Esta espécie é muito especial para mim, lembro quando garoto ao correr nos campos sempre levava muitos sustos. Tínhamos muitos indivíduos em Curitiba, hoje elas não existem mais por aqui.
Obrigado Lenice e Osmar pela ótima viagem ao Parque Nacional da Serra da Canastra.
A cigarra-do-campo é uma ave Passeriformes da família Thraupidae. Também conhecida como tiê-do-cerrado e sanhaço-do-cerrado.
Seu nome significa: do (grego) neos = novo; e thraupis = pequeno pássaro desconhecido, algum tipo de tentilhão. Em ornitologia Thraupis significa sanhaçu. e do (latim) fasciata, fasciatus, fascia = com faixa, com banda, faixa, banda. ⇒ Novo sanhaçu com faixa.
Mede 16 cm de comprimento. Ao contrário da maioria das espécies da família Thraupidae, esse tiê é característico do Cerrado. Fácil de identificar pela máscara escura ao redor dos olhos e a garganta branca, a coloração é mais viva no macho do que na fêmea, especialmente, a máscara: negra no macho e cinza-escura na fêmea. Espécie endêmica do Bioma Cerrado, vive aos pares ou em grupos de três à sete indivíduos nos cerrados, cerradões e campos limpos. Chega a ocupar áreas ateradas de cerrado próximo à áreas urbanas. Um membro do grupo atua como sentinela, pousado em um galho exposto, enquanto os outros membros se alimentam no solo. Frequentemente estão juntos a outras espécies de aves, que podem se beneficiar de seu comportamento de sentinela.
Registro feito na Serra da Canastra - Sacramento-MG
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O João-bobo (Nystalus chacuru), é uma ave Galbuliformes da família Bucconidae. O hábito de ficarem parados, imóveis, mesmo com a aproximação de uma pessoa, deu-lhe os nomes comuns mais utilizados no centro-oeste. Essa sua estratégia dificulta a detecção, mas facilita o abate, vindo daí o nome de apara-bala ou joão-bobo. Também é conhecido pelos nomes comuns de capitão-de-bigode, chacuru, chicolerê, colhereiro, dormião, dorminhoco, fevereiro, jacuru, joão-tolo, jucuru, macuru, paulo-pires, pedreiro, rapazinho-dos-velhos, sucuru e tamatiá.
Apresenta 2 subespécies: Nystalus chacuru chacuru e Nystalus chacuru uncirostris.
Mede cerca de 18 centímetros. A cabeça é grande em relação ao corpo, com os tons negros e cinza amarronzados fazem forte contraste as áreas brancas ao redor do olho e bico, de cor avermelhada. A coleira branca da nuca liga-se ao tom cinza claro das partes inferiores, em contraste com o dorso amarronzado. A cauda é longa e fina, com uma série de listras finas mais escuras. Pousado, quase não se vê os pequenos pés. Íris amarelada.
A Paturi-preta (Netta erythrophthalma) . É uma ave Anseriformes da Família Anatidae. Uma característica bastante interessante da espécie, a qual lhe denomina, são os olhos vermelhos, onde erytho significa vermelho e, phthalma é a denominação para olho/olhos.
Possui 43 centímetros. De cor marrom bem escura, de bico azulado, asas com uma larga faixa branca, visível apenas em vôo, seus olhos são vermelhos ou amarelos. O dimorfismo sexual quanto ao colorido é pouco pronunciado. Não é muito impressionante. A vocalização do macho e da fêmea é distinta devido ao aparelho fonador diferente dos sexos.
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Vídeo do Reni Santos
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O Marrecão (Netta peposaca). É uma ave Anseriformes da Família Anatidae. É uma das espécies mais visadas por caçadores do Sul.
Mede 55 centímetros. O macho tem bico vermelho, um tanto intumescido na base, mas a fêmea tem bico preto e arredores dos olhos brancos. Ambos os sexos exibem espelhos alares brancos em voo.
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A Mãe-da-lua (Nyctibius griseus), é uma ave da ordem Nyctibiiformes da família Nyctibiidae. Conhecido também como Urutau, Urutau-comum, Kúa-kúa e Uruvati (nomes indígenas - Mato Grosso). O nome Urutau é tupi e significa “ave fantasma”. Há uma crendice na Amazônia de que as penas da cauda do urutau protegeriam a castidade. Por isso, a mãe varre debaixo das redes das meninas com uma vassoura confeccionada com estas penas.
Mede cerca de 37 cm de comprimento, 80 cm de envergadura e pesa entre 160 e 200 g (macho). De cor cinza ou marrom mesclando vários tons destas cores com o branco e o preto (rajado, no popular). Possui uma adaptação única em aves, chamada de “olho mágico”. São duas fendas na pálpebra superior, as quais permitem que fique imóvel por longos períodos, observando os arredores, mesmo de olhos fechados.
Registro feito em Neves Paulista-SP no dia 07/07/2013
Por vários dias, os moradores de um condomínio em Curitiba ficaram intrigados com algo que eles não conseguiam decifrar. Sobre um hidrante estava uma imagem que parecia de madeira e que ficava imóvel. Mas o mistério foi decifrado quando se identificou que ali havia um Urutau, uma ave que guarda diversos mistérios. Veja na reportagem de Cristina Graeml que o pássaro imóvel, parecido com uma estátua e de canto triste, ganhou o carinho de todos os moradores e em especial de um garoto que se tornou o guardião da ave até o momento em que ele bateu asas e voou. |
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A emocionante história do encanto de um lavrador por Sossego e Sosseguinho. Vídeo extraido do site Terra da Gente (2005). |
O Savacu-de-coroa (Nyctanassa violacea), é uma ave da Famíla Ardeidae e ordem Pelecaniformes. Conhecido também como Dorminhoco, Matrião (algumas regiões da Amazônia), Sabacu, Tamatião e Taquiri (Pará).
Mede de 60 a 70 cm de comprimento. Mais comum nos manguezais e estuários, é pouco freqüente em rios e lagos de água doce.
Registro feito em Guaratuba - PR
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O Savacu (Nycticorax nycticorax), é uma ave da Famíla Ardeidae e ordem Pelecaniformes. Conhecido também como garça-cinzenta, sabacu, savacu-de-coroa, sabacu-de-coroa (Bahia), taquari ou taquiri (Pará), taiaçu (algumas regiões da Amazônia), dorminhoco (Rio Grande do Sul), socó, garça-dorminhoca, guacurú ou guaicuru, arapapá-de-bico-comprido, garça-da-noite ou ainda socó-dorminhoco. O nome socó-dorminhoco deve-se ao fato desta ave passar boa parte do dia dormindo, no entanto, poucas pessoas sabem que na verdade trata-se de uma espécie predominantemente noturna.
Apresenta o alto da cabeça e o dorso negros, asas cinzentas, olhos grandes e vermelhos. O imaturo, que apresenta uma coloração marrom-clara malhada com tons mais escuros, pode ser confundido com os imaturos de socó-boi (Tigrisoma lineatum), que são maiores e mais alongados, mede cerca de 60 cm. É interessante notar que esta espécie quando jovem apresenta uma cor amarelada nos olhos e que após adulta fica avermelhada.
Curitiba possui 30 Parques e cerca de 81 milhões m² de área verde preservada. São 55m² de área verde por habitante, três vezes superior ao índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 16m². No Brasil, é a cidade onde a Mata Atlântica é melhor preservada.
Com aproximadamente 400 espécies identificadas na cidade, entre nativas, migratórias e exóticas, segundo livro publicado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, iniciamos nossas passarinhadas nestes Parques, queremos lembrar que não se trata de um trabalho científico e sim o registro da nossa paixão pelas aves.
Hierarquia dos taxons pertencentes à classe Aves de todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico).
Os Textos são de consulta do site: http://www.wikiaves.com.br/.